Atualmente, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), vivem em Pernambuco um total de 25.726 remanescentes dos povos indígenas que primitivamente habitavam no Estado.
Eles estão assim distribuídos:
*Pankararu, 4.062 pessoas;
*Kambiwá, 1.400;
*Atikum, 4.506;
*Xucuru, 8.502;
*Fulni-Ô, 3.048;
*Truká, 2.535;
*Tuxá, 47;
*Kapinawá, 1.035;
*Pipipãs, 591 pessoas.
Sobrevivendo em situação precária e, muitas vezes, sendo mortos em emboscadas como vem ocorrendo desde 1986 com os Xucurus, no município de Pesqueira, esses remanescentes indígenas ainda guardam um pouco da cultura dos índios pernambucanos, massacrados ao longo dos séculos.
Veja, aqui, um resumo da história de cada uma dessas tribos de Pernambuco:
- As tribos Fulni-Ô: Também conhecidos como Carnijó ou Carijó, vivem do artesanato e agricultura de subsistência no município de Águas Belas. Conservam o idioma Yathê e alguns rituais como o Ouricuri.
- Kambiwá: O grupo ocupa uma área de 27 mil hectares de terra entre os municípios de Ibimirim, Inajá e Floresta, desenvolvendo agricultura de subsistência.Pankararu: Seus remanescentes estão distribuídos em 14 mil hectares de terra entre os municípios de Tacaratu, Jatobá e Petrolândia, conservando algumas de suas festas tradicionais como a Festa do Menino do Rancho e o Flechamento do Umbu.
- Atikum: Esses índios ocupam uma área de 16 mil hectares no município de Carnaubeira da Penha, vivem da agricultura de subsistência.
- Xucuru: Vivem na região da Serra do Ororubá, município de Pesqueira, conservam algumas festas religiosas como a de Nossa Senhora da Montanha e praticam a agricultura de subsistência.
- Truká: Grupo de remanescentes indígenas que vivem da agricultura no município de Cabrobó.
- Kapinawá: Vivem na localidade de Mina Grande, no município de Buíque.
- Tuxá: Grupo de 41 índios assentados em um acampamento da Chesf, no município de Inajá, depois que suas terras foram inundadas pelo lago da hidrelétrica de Itaparica.
- Pipipã: Esses índios viviam nas caatingas entre os vales dos rios Moxotó e Pajeú e foram praticamente dizimados em meados do século XVIII. Atualmente, existe um pequeno grupo de remanescentes no município de Floresta, na região do Rio São Francisco.
- Os índios Pankará habitam os municípios de Carnaubeira da Penha e Floresta. Tem uma população de aproximadamente 1.025 pessoas. É a única tribo que tem uma mulher como cacique!
- Acerca dos Pankaiuká, sabe-se apenas que habitam no município de Jatobá, e o número de pessoas da tribo é desconhecido.
FONTES:
"A retomada Indígena" em:
(htpp://www2.uol.com.br/jc/sites/indios/cultura2.htm)
http://www.pe-az.com.br/indios/indios.htm
htpp://maniadehistoria.wordpress.com
Mapa 1: História - Pernambuco (Francisco M.P. Teixeira)
Mapa 2: Organização e pesquisa: a editora
10 comentários:
Olá Sunamita,
A alguns anos, descobri num livro na biblioteca pública de Gravatá, uma tribo de índios, que habitavam o agreste de Gravatá e Passira. Essa tribo se chamava BAMBÁ. Acontece que não encontro relatos em lugar nenhum, a não ser um povoado no Sítio Esquerdo (também agreste de Gravatá), onde umas tantas famílias usam o sobrenome BAMBÁ, mas não sabem de onde surgiu.
Como adorar contar histórias, criei várias lendas sobre essa tribo suposta, inclusive, criamos no GAMR uma banda chamada IUIRI-BAMBÁS, que fez um relativo sucesso entre os jovens, chegando a fazer várias viagens.
Estamos na fase de pesquisa para produzir um curta em animação sobre a Odisséia Bambás.
Caso tenha alguma informação sobre esses índios, gostaria de receber, pois ninguém sabe nada.
Posso ser encontrado no GAMR, acho que vc sabe onde é. Obrigado.
Que prazer caro amigo! Postei aqui no blog um texto sobre os Fulni-ô, que tiveram sua passagem registrada em nossa terrinha, todavia, repassei seu e'mail para um especialista da UFRPE. Assim que obtivermos retorno, entro em contato com você.
Grande abraço.
PS. Estou preparando texto sobre "Mestre Librina", e seu trabalho no GAMR. Entro em contato breve.
Olá Profª Sunamita, eu sou filha natural de Ibirajuba que fica no agreste pernabucano. Vi hoje seu blog e achei interessante seu trabalho e divulgação sobre os povos indígenas de Pernambuco. Sempre tive curiosidade acerca de quais teriam sido os povos indígenas que habitaram aquela região. Se a senhora tiver algum material que fale desses povos ficaria muito grata se pudesse me enviar. Moro em João Pessoa , estou na Paraiba há mais de 20 anos, mas continuo conectada com minhas origens. Sou Psicologa e terei um imenso prazer em contribuir também. Um grande abraço!
Risonete
Caríssima Risonenete, é um imenso prazer e alegria receber seu relato. Pesquisarei com acerca dos nativos de Ibirajuba, e assim que tiver maiores informações lhe repasso. Se puder deixar um email, comunico-a assim que for publicar sobre o assunto. Obrigada pelo carinho e continue conosco.
Abraços a todos de João Pessoa.
Com carinho,
Sunamita Oliveira
Bom dia, professora Sunamita Oliveira. O motivo desta mensagem é para parabenizá-la por este espaço informativo, interativo e democrático sobre os nossos queridos povos indígenas. Querida, meu nome é Jair Moura, tenho 39 anos, segundo grau completo, sou vendedor, solteiro e adoro pesquisar sobre a cultura e as tradições indígenas. Quando mais novo tinha o sonho de me casar com uma índia, fato que não se concretizou em minha vida e continuo procurando realizar este sonho. Gostaria de saber da possibilidade de eu achar uma comunidade indígena onde eu conseguisse um relacionamento sério, duradouro e feliz com uma mulher indígena. Peço sua ajuda nesta orientação. Um abraço carinhoso. Muito obrigado! O meu e-mail é o jaimems164@gmail.com
É preciso fazer uma observação.
Os Fulni-ôs, que habitam Águas Belas, possuem uma população maior que a mencionada acima.
E não vivem de agricultura de subsistência, pelo contrário, são arrendatários de suas terras, onde pequenos agricultores tiram seu sustento e pagam pelo direito de usar a terra.
Muitos Fulni-ôs, são como grandes latifundiários, pois suas terras improdutivas são arrendadas. Aqueles que possuem terras nas proximidades da sede da cidade, vendem lotes para construção de casas e cobram anualmente um valor superior ao IPTU, e assim acumulam riquezas, pois, muitos possuem terras onde são construídas ruas inteiras. Os mais simples dos Fulni-ôs não precisam trabalhar diariamente, pois conseguem viver bem sem dificuldades.
Sim eles mantêm viva a sua lingua nativa, possuem uma escola Bilingue, onde estudam sua lingua paralelamente as séries inciais, o Yathê.
Só tenho uma coisa a dizer...
Parabéns pelo belíssimo trabalho!!!
Ótimo trabalho, me ajudou bastante em minhas pesquisas...
Parabéns!!!
Parabéns pelo trabalho...
Ótimo!!!
Meu caro André, muito obrigada pelo carinho!! Volte sempre!!!Abraços.
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