A contribuição dos costumes indígenas na alimentação atual é, sem dúvida, imensa. Citamos alguns exemplos:
* O uso da polpa do buriti no preparo de refrescos e outros alimentos.
* O uso da mandioca na produção dos mais variados alimentos: tapioca, farinhas, cauim (vinho indígena).
* Refresco de guaraná. Os aborígines costumavam tomar essa bebida para ter disposição para caçar. Acreditavam também que o guaraná curava febres, dores de cabeça e cãibras. O seu efeito diurético já era conhecido.
* A paçoca, alimento preparado com carne assada e farinha de mandioca esmagados numa espécie de pilão. Tornou-se o farnel dos bandeirantes por ser próprio para as viagens pelo sertão.
* O hábito de comer camarão, lagosta e caranguejo com molho seco de pimenta. Tal costume foi herdado tanto dos índios quanto dos africanos.
* A moqueca. Para os índios referia-se unicamente ao modo de preparo dos peixes, feitos então no moquém (utensílio para cozinhar peixe). Hoje em dia, tem grande variedade de ingredientes, seja no tipo de molho, tempero ou carne utilizada.
* O caruru, um prato à base de vegetais como o quiabo, mostarda ou taioba, que acompanha os mais diferentes tipos de carne, como peixe, cozidos, charque, galinha, siri etc.
* Mingau, pirão, beiju, pimenta (amarela e vermelha), chimarrão.
* A cozinha brasileira sofreu uma série de influências, mas a culinária indígena não se dissolveu na aculturação, como a culinária negra, hoje dificilmente legítima. A comida indígena permaneceu relativamente fiel aos modelos quinhentistas e aos padrões da própria elaboração das farinhas, assados de carne e peixe, bebidas de frutas.
FONTES:
Cultura Indígena (http://www.culturaindigena.org.br/)
Manual do índio do Papa-Capim (Mauricio de Sousa)
Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre)
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