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quarta-feira, 15 de abril de 2009

NA BAHIA TEM... ÍNDIO, MEU REI!

Índio da etnia Pataxó - BA


O estado da Bahia é famoso devido aos artistas que projeta, alguns já renomados mundialmente, como é o caso de Caetano, Gal, Gil, Bethânia, dentre outros grandes nomes da música popular brasileira, como também da literatura, como é o caso de Jorge Amado.

Com bem menos repercussão na imprensa, tanto escrita quanto televisiva, estão os aborigínes baianos, que ao que me consta, só foram mencionados pela mídia em virtude da comemoração dos 500 anos do "achamento" do Brasil, fato este que causou diversos protestos e, a manutenção da posição soberba da igreja católica em não pedir perdão aos nossos sobreviventes das catequeses.
Estima-se que haja uma população de aproximadamente 16. 715 indivíduos, distribuídos em pelo menos 10 etnias.

Mas, entre mortos e feridos ... eis alguns dos nossos verdadeiros "reis" que lutam para se salvar, descobertos de fato, por um pesquisador não -brasileiro (pra variar):





KIRIRI. Mirandela, BA.
Cerca de 1000 índios Kiriri, protegidos pelo SPI, vivem na área próxima ao Posto de
Mirandela. O Posto, criado há relativamente pouco tempo, mantém uma escola primáría para os índios. Mirandela fica a 40 quilômetros de Cícero Dantas e a 15 à direita da rodovia que leva à Ribeira do Pombal. Pode-se chegar até ela por meio de caminhão ou jipe, em boas estradas.
João Manoel Domingo, de 70 anos, pôde lembrar-se de 100 palavras da língua Kiriri.
Foi o único a recordar algo do idioma, não havendo qualquer evidência de retenção da cultura indígena.

KAIMBÉ. Massacará, BA.
Cerca de 500 descendentes da tribo Kaimbé vivem no subposto de Caimbé em Massacará, aproximadamente a 40 quilômetros de Mirandela. Saindo-se de Mirandela, o acesso a essa aldeia pode ser feito somente por jipe ou cavalo.
O Posto do SPI auxilia os índios em forma de medicamentos e outros serviços, mas não mantém escola. Tanto a língua como os costumes tribais parecem haver desaparecido. O velho Pajé foi capaz de relembrar apenas meia dúzia de palavras, que é possível que sejam Kaimbé. Umas outras que ele forneceu talvez sejam Kiriri. Parece que tanto a comunidade indígena como a brasileira de Massacará se desintegram, pois há muitas casas abandonadas.

PATAXÓ. Itaju, BA.
Os descendentes dos Pataxó (Hahaháe), que somam cerca de duas dúzias, vivem no Posto Caramuru do SPI, a 3 quilômetros de Itaju, Bahia. Itaju, também conhecido por Itagüira, fica a 25 milhas da rodovia pavimentada entre Itabuna e Santa Cruz da Vitória.
Por ocasião da nossa visita ao Posto Caramuru, o encarregado estava sendo substituído, estando temporariamente em seu lugar um dos empregados do Posto. Foi muito útil e gentil, fazendo todo o possível para facilitar o trabalho com os índios. Os Pataxó são inteiramente sustentados pelo Posto, que lhes concede uma pensão semanal. Não necessitam trabalhar. Um dos índios freqüentemente vai pescar no Rio Pardo, no outro lado da serra. Há apenas dois adultos genuinamente indígenas: Raco, com quase cem anos, e Tšitši'a, com cerca de 50 anos. Raco, embora fisicamente bem conservado, parece ter perdido um pouco a sua capacidade mental. Contando uma história, o português que empregou era ininteligível. Não foi capaz de dizer uma única palavra na sua própria língua. Tšitši'a, o mais ativo dos índios de seu grupo, lembrou muitas palavras isoladas, mas não foi capaz de combiná-las em frases.

BAENÃ. Itaju, BA.
Dos poucos índios Baenã, que, de acordo com Ribeiro (op. cit. p. 71), foram levados para os Postos de Caramuru e Paraguassu, apenas uma mulher foi encontrada. É casada com Tsitsi'a, o índio Pataxó aludido no item anterior. Não foi capaz de relembrar qualquer palavra Baenã.

KAMAKÃ.
Nada foi encontrado com respeito aos Kamakã que, de acordo com Ribeiro (op. cit.,
p. 77), foram levados para o Posto Caramuru. Várias investigações foram feitas também em Camacã, Bahia, cidade cuja denominação provém do nome da tribo.

GUERÉN. Olivença, BA.
Cinco mil descendentes da tribo Guerén (Botocudo) vivem ao longo das costas do mar nas proximidades de Olivença, Bahia, que fica mais ou menos 18 quilômetros ao sul de Ilhéus. O prof. Antônio Teixeira e o Padre Amaral muito auxiliaram nas informações sobre a tribo. Os índios estão completamente aculturados, tendo deixado de existir como tribo por algumas gerações. Adotaram a língua nacional e muitos deles se casaram com brasileiros.
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FONTE:
Robert E. Meader - Tradução do Inglês por Yonne Leite
Revista por Aryon D. Rodrigues
PUBLICAÇÃO DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE LINGÜÍSTICA - CUIABÁ, MT.
disponível em: http:// www.sil.org/americas/brasil/publicns/ling/IndNord.pdf

2 comentários:

Blacklu disse...

Todas las Culturas del Mundo tiene que ser preservada. Este es uno legado historico que devemos dejar para el Futuros

Anônimo disse...

Hola Cacique Lazaro, como esta o Senhor? E todos da aldeia:

Leninha
Maria e seu neto
Lorival
Sandra, Patricia, a mae e a irma estao bem?
E minha afilhada? como vai? ´r a filha de Pedrao, Maria Lucia, eu mando um beijo para neninha e todos daí.
meu e-mail é: black-lu@hotmail.com.
Perdao, por nunca mais ter ido na aldeia é que faz 4 anos quesaí do Brasil.
Me cansei de tanta demagogia de alguns projetos de participar da demagogia brasileira, onde o rico fica sempre mais rico e o pobre, sempre na miseria.
como ja dizia Cazuza: "Ideologia! Eu quero uma para viver"!!!!!!!!!!!!!!!
Um beijo para cada um mebro da aldeia KIRIRI DE mirandela - RIBEIRA DO POMBAL, BAHIA, BRASIL

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