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domingo, 31 de maio de 2009

UM GRITO DE MILHARES DE VOZES CONTRA A INJUSTIÇA E EM APOIO AO POVO XUKURU







A cada dia, felizmente, mais pessoas se unem em torno de uma causa, que torna-se um ideal de uma sociedade que não admite mais ações mercenárias, gananciosas, torpes e vis, de burgueses, totalitários, inescrupulosos e loucos, que insandecidos pelo poder a qualquer custo, ou promoção em cima da desgraça alheia, buscam nas frágeis leis brasileiras, e na falta de seriedade de alguns setores jurídicos, incriminar de forma atroz um líder e seu povo, a fim de desarticular não apenas o movimento de retomadas legítimas de suas terras, mas também, enfraquecer a apropriação de direitos, criticidade e autonomia de um povo.



Felizmente, os que ainda se mantém contrários a esse grito de liberdade, representam uma minoria capitalista, insana, esdrúxula na falta de caráter, incoerente e, que para o bem da sociedade brasileira, tal qual um câncer, devem ser identificados e extirpados de nosso meio.




NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO XUKURU DO ORORUBÁ




Nós Pesquisadores, Professores e Estudantes do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ e da Universidade Federal de Pernambuco, que trabalhamos com a temática da Saúde e Ambiente na Etnia Indígena Xukuru do Ororubá:
• Conhecemos os processos históricos de esbulhos, perseguições, violências, assassinatos e prisões de lideranças do povo Xukuru que se organiza, se mobiliza e se articula para reivindicar e garantir seu território e seus direitos;
• Sabemos que apesar da demarcação de considerável parte do território tradicional Xukuru, continuam as perseguições àquele povo;
• E, em razão dos 43 indígenas processados, dos 31 condenados, dois presos e da recente condenação judicial de seis xukurus, incluindo o Cacique Marcos, expressamos a nossa grande indignação pelas contínuas ingerências externas de grupos e forças econômicas e políticas que objetivam a desmoralização do povo Xukuru e de suas lideranças, provocando conflitos e procurando impedir o pleno desenvolvimento desse povo.
Identificamos a criminalização como um problema de saúde pública que acarreta, além das repercussões psicológicas e psicossomáticas das lideranças, de seus familiares e de outros membros da etnia, o grande aumento de medicalização de antidepressivos constatado inclusive pelas autoridades sanitárias.
Vimos manifestar publicamente a nossa solidariedade ao povo Xukuru do Ororubá, diante do contínuo processo de criminalização de suas lideranças.
Esperamos que as decisões judiciais levem sempre em conta o amplo e livre direito de defesa, os processos históricos, os contextos políticos e as atuais situações vivenciadas pelo povo Xukuru.
Por fim, reafirmamos o nosso propósito de continuar colaborando com o povo Xukuru para conquista, garantia e consolidação de seus direitos junto à comunidade científica, os poderes públicos e a sociedade em geral, que devem ter em consideração as formas socioculturais próprias Xukuru.




Recife, 28 de maio de 2009




André Monteiro Costa
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Doutor e Chefe do Departamento de Saúde Coletiva

Idê Gomes Dantas Gurgel
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisadora Doutora

Paullete Cavalcanti de Albuquerque
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ e Universidade de Pernambuco – Pesquisadora e Professora Doutora

Edson Hely Silva
Colégio de Aplicação e Centro de Educação/UFPE – Professor Doutor


Rafael da Silveira Moreira
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Mestre

Tatiane Fernandes Portal de Lima
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Colaboradora/Assistente de pesquisa Mestre

Ederline Suelly Vanini Brito
Universidade de Pernambuco – Enfermeira, colaboradora/Assistente de pesquisa

Ana Lucia Martins de Azevedo
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Doutoranda

Ludimila Raupp de Almeida
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Bióloga, colaboradora/Assistente de pesquisa

Angélica Sá
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Odontóloga, residente em Saúde Coletiva

Ana Catarina Veras Leite
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Mestranda

Juliana Siebra
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Residente em Saúde Coletiva

Marcondes Pacheco
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Sociólogo, colaborador/Assistente de pesquisa

Simone Brito
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Psicóloga, colaboradora/Assistente de pesquisa

Carlos Fernando dos Santos Júnior
Universidade Federal de Pernambuco – Bacharelando em História

Alyne Isabelle Ferreira Nunes
Universidade de Pernambuco – Licencianda em História

Luiz Paulo Pontes Ferraz
Universidade Federal de Pernambuco - Licenciando em História

Bruna Fernandes Teixeira Cavalcanti
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História

Júlia Ribeiro da Cruz Gouveia
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História

Edmundo Cunha Monte Bezerra
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciado em História

Denise Batista de Lira
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciada em História


LIBERDADE PARA O POVO XUKURU!

Como professores e alunos da Universidade Federal da Paraíba, vimos de público manifestar nossa solidariedade ao Povo Xukuru do Ororubá, em Pesqueira – PE, que vem sofrendo seguidos ataques e violações dos seus direitos sociais, por parte da ganância do latifúndio e da insensibilidade da Justiça, que tem penalizado seguidamente diversas lideranças e outros membros do Povo Xukuru.
Até o presente, tem-se conhecimento de 43 Indígenas processados, 31 condenados, dois presos, ao que se soma a recente condenação de mais seis, inclusive o Cacique Marcos Kukuru, sempre com o aval e a ingerência de poderosas forças econômicas e políticas da região, como numa orquestrada do processo de criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, em curso no País.
Reivindicamos que a Justiça cumpra seu papel, inclusive assegurando ampla defesa aos acusados, o que nem sempre tem ocorrido.

João Pessoa, 30 de maio de 2009
Alder Júlio Ferreira Calado
Marcos Antônio Freitas de Araújo
Eízia de Assis Romeu
Thayse Carla Barbosa Ribeiro
Ana Maria Fernandes da Silva
Glaucineth C. de Albuquerque Lima
Cristiane Cavalcanti Freire
Elismar Maria Nunes de Sousa
Márcio de F. Lucena Lira
Almira Almeida C.
Jussara F. de Sousa
Fernanda Wachesi
Juliana Carneiro do Nascimento
Enyjeanny Machado
Surya A. de Barros
Marcelo Xavier de Oliveira
João Paulo da Silva
Amanda M. Vaz de Lima
Waldomiro Cavalcanti da Silva
Alexandre Gadelha Reis
Edvaldo Carvalho
Rejane G. Carvalho
Edilane A. Heleno
Rubens Elias da Silva
Rolando Lazarte
Flávio Nascimento
Gabriela de Souza Arruda
Henry Tavares de Araújo
Wanessa Belarmino de Morais
Giulia Carolina de Melo
Francisco Xavier Pereira da Costa
Yure Silva Lima
Mara Edilara B. de Oliveira
Shousne Itoinhora Freire Nunes
Paula A. Coelho
Márcio Marciano
Jacqueline Alves Carolino
Ariana N. R. Oliveira
Adathiane Farias de Andrade
Emanuel Luiz Pereira da Silva
Josefa Adelaide Clementino Leite
Ângela Maria Pereira
Custodia Brito de Araujo
Felipe Baunilha T. de Lima
Paulo Jorge Barreira Leal
Maria de Fátima Pereira Alberto
Coralina Morais
Jailton dos Santos Silva
Cleonice Lopes
José Inaldo Chaves Jr
Jonathan Elias Teixeira Lucena
Nilza Maria Fernandes Barreto
Raissa Vale Miranda Cavalcante
Kelly Samara do N. Silva
Francisco Ramos de Brito
Anselmo de Oliveira Nunes
Edgard Afonso Malagodi
Maria Patrícia ? Pereira
Tâmara Ramalho de Sousa
Gabriel Pereira de Sousa
Tamires R. Sousa
Melissa R. G. Sousa
Laís Azeredo Alves
Eymaral Mourão Vasconcelos
Bruno Pontes da Costa
Ana Elvira S.S. Raposo
Isabelle Maria Mendes de Araújo
Thiago F. de Castro
Maria Socorro Silva Miranda
Maria Rosangela da Silva
Abrahão Costa Andrade
Ivana Silva Bastos
Nathália Aquino de Carvalho
Arturo Gouveia de Araújo
Maria de Lourdes S. Leite
Marilene Inácio Pereira
Fernanda Gomes Mattos
André Berquó
Fellipe Souza
Artur Cavalcanti
Núbia Roberta A. da Costa
Francisca Rodrigues
Josimery Amaro de Melo
Kallyne Lígia Dantas e Dantas
Rebeca Medeiros da S. Santos
Lívia Lima Pinheiro
Lucas Trindade da Silva
Artur Barbosa L. Maia
Serge Katembera
Romero Antonio de M. Leite
Lucicléa Teixeira Lins
Maria Costa
Jorge Mário Fernandes
Marlene Eduardo dos Santos
Solange P. Góes Silva
Camila Maria Gomes Pinheiro
Mayk Andrade do Nascimento
Emilia de Rodat F. Moreira
Janilson Nóbrega
Araújo Nascimento
Janaína Brasileiro Formiga
Maria do Socorro Xavier Batista
/Luiz Gonzaga Gonçalves
Ernandes de Queiroz Pereira
Maria da Conceição Miranda Campelo
Romero Venâncio Júnior
Germana Alves Menezes
Maria do Socorro Xavier Batista
Luiz Gonzaga Gonçalves
Ernandes de Queiroz Pereira
Maria da Conceição Miranda Campelo
Romero Venâncio Júnior
Germana Alves Menezes




Olinda, 29 de maio de 2009







Carta Circular: Apoinme Nº 002/2009





Carta em apoio ao Povo Xukuru de Ororúba e
contra a Criminalização de lideranças Indígenas.

A APOINME - Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo vêm repudiar publicamente mais um grave atentado da justiça Brasileira contra os povos indígenas do país, vitimando, desta, e mais uma vez, o povo Xukuru do município de pesqueira, Agreste de Pernambuco.

A arbitrariedade foi, agora, contra a mais alta liderança deste povo, o cacique Marcos Luidson de Araújo (conhecido por Marquinhos Xukuru), e outros 04 indígenas: Paulo Ferreira Leite, Armando Bezerra Coelho, Rinaldo Feitosa Vieira e Ronaldo Jorge de Melo. Quando, no último dia 21 de maio, foi anunciada a sentença de cinco dos processos resultantes dos incidentes ocorridos no dia 07 de fevereiro de 2003, quando o cacique Marcos Xukuru foi vítima de um atentado contra sua vida. Na sentença publicada os processados foram todos condenados, em um inquérito onde falta clareza, transparência e justiça (sem ao menos testemunhas de defesa terem sido ouvidas). As penas para os 04 indígenas citados foram de quatro anos e oito meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, mais multa de R$ 50.000,00. O cacique Marcos teve pena de 10 anos e quatro meses de reclusão, além da mesma multa.

Como se não bastassem as inúmeras e históricas violências e atentados contra os povos indígenas do Brasil, a injustiça e a impunidade nos assolam mais uma vez. As tentativas das elites políticas e econômicas de desestabilizar e enfraquecer a luta dos povos Indígenas por seus direitos não é realmente nenhuma novidade, a criminalização de lideranças indígenas tem sido constante, e no caso do povo Xukuru há 43 processos em andamento (31 tendo sido já condenados) e dois casos de prisão. Onde sabemos que seu único crime foi, nas palavras do próprio povo Xukuru: “O de lutar para garantir os nossos direitos, especialmente o direito à terra e à sobrevivência física e cultural do nosso povo”.

Nossa batalha é por um país que cumpra com o dever de defender seu povo, respeitando a Constituição Federal e os Tratados Internacionais a que se submeteu. Queremos acreditar que é possível um governo diferente das elites e oligarquias que governaram no passado e que dizimaram tantos. Um país que realmente considere a cultura e os costumes de vida de cada grupo étnico, respeitando as diferenças de sua nação e reconhecendo o Brasil como um país multicultural em sua diversidade, dando as condições necessárias a seu pleno desenvolvimento.

Assim, viemos declarar nossa insatisfação e indignação! Viemos manifestar nosso apoio e solidariedade ao povo Xukuru. Viemos deixar claro que continuamos na luta e que não será agora que aceitaremos tamanha barbárie. E, por fim, viemos convocar todos os parceiros das causas Indígenas, Direitos Humanos, Movimentos Sociais e da democracia e liberdade a juntarem-se a nós contra a criminalização, injustiça e abuso de poder. Convidamos todos a se manifestarem em defesa desses homens guerreiros.



Coordenação Executiva da Apoinme.





Senhores e Senhoras,





Eu sou Domilto Inaruri Karajá, estudante de direito na Universidade Federal do Tocantins, licenciado em Ciencias Matematicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso, atualmente, eu estou fazendo o curso de especializaçao em Povos Indígenas, Direitos Humanos e Cooperaçao Internacional na Universidade Carlos III de Madrid em Espanha, sou membro da Uniao dos Estudantes Indígenas do Tocantins, Membro do Iny Mahadu Coordenaçao (Organizaçao Karaja), Instituto Teribre (organizaçao na aldeia Teribre).
O que acontecendo com os povos indígenas no Brasil, o fato é preocupante, qual pela estou se preparando melhor com intuito de enfrentar nos tribunais, estamos na era de enfrentamento ou de luta pelo qual os indigenas estao nao preparados. Pelos quais os jovens indigenas estao se aventurando em buscando dos conhecimentos juridicos e de outras areas que atendem necessidades dos povos.Entendo que a educaçao a melhor forma de preparar os jovens para enfrentarem novos desafios nas atualidades...
Os povos indigenas tem garantia constitucional no artigo 231 e que preveleça a favor, que nao acontecer de outra forma de colonizaçao, se refere as instituiçoes ou a administaçao de justiça no Brasil esta sendo usado pelos descedentes dos colonizadores ou matadores indígenas ,porque as instituiçoes foram os produtos de politica colonial. Espero que se aplicar a justiça historica, devolvendo a terra aos povos indígenas dessas terras e assim manter a dignidade humana como necessidade basica e o Estado garante a Paz para esse povo dando o direito a terra ja permanencia há muitos seculos antes da chegando dos colonizadores que mataram os indígenas aos defenderem as suas terras, esse tempo ja estrategia da resistencia dos povos indígenas.
E mantenha seguridade juridica e valores dos povos indigenas nos seus habit natural, e organizaçoes indigenas vem lutando intensamente na proteçao dos direitos indigenas, podemos considera isso descolonizaçao, democratizando o acesso a universidade federais e estaduais e desmercantizaçao, devemos buscar a emancipaçao, autonomia, democracia e a justiça social...
E que se aplique a justiça historica, chegar de matança dos lideranças indigenas...
Bom, eu vou elaborar carta de apoio junto colegas indigenas do Chile, Peru, Venezuela, Equador, Panama, Guatemala, Honduras,Colombia e Bolivia. Peço as informaçoes endereço eletronico para distribuir o apoio a esse Povo Indigena.
Saudaçoes Indígenas

Bill Karaja

___________________________________
NOTA:

AMANHÃ, SEGUNDA-FEIRA, POSTAREI AS CARTAS ESCRITAS PELOS ALUNOS DAS 3ª E 4ª SÉRIES DA ESCOLA JOHN KENNEDY, QUE CONHERAM MÊS PASSADO OS XUKURU, E A PARTIR DE ENTÃO SE AUTOPROCLAMARAM COMO INTEGRANTES DESTE POVO, DE ALMA E CORAÇÃO.

2 comentários:

Anônimo disse...

+
Ó Senhor, dá-nos paciência
Nesses sombrios, tumultuosos dias
Para suportar a perseguição
E as torturas de nossos carrascos.

Dá-nos força, Ó Deus tão justo,
Para perdoar a maldade de nossos vizinhos
E receber a sangrenta, pesada cruz,
Com Tua humildade.

Nesses dias de sediciosa agitação
Quando nossos inimigos nos roubam,
Que Cristo, o Salvador, nos ajude
A suportar o insulto e a vergonha.

Senhor do mundo, Deus do universo,
Abençoa-nos com oração
E concede paz à alma humilde
Nesta insuportável e terrível hora.

E à beira da sepultura
Sopra um poder que transcende o homem
Nos lábios de Teus escravos
Para que rezem humildemente por seus inimigos.

11.jan.1918

(No que pertine à decisão do dia 21-05-2009, há outra situação, muito distinta do caso de JOSÉ.)

ANYA

Unknown disse...

Se a vida fosse uma poesia...ou uma canção: "...e dizer bem alto que a injustiça dói, nós somos madeira de lei que o cupim não rói".

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