Até aqui, não há novidades! Mas, e quando o bullying cometido parte de quem deveria intervir, combater e proteger as crianças dessas agressões?
Com muito pesar, recebi a denúncia de uma mãe, que por motivos óbvios não quis se identificar, na qual afirmou categoricamente, embora desconheça a palavra de origem inglesa que caracteriza a agressão, que "as crianças que não sabem ler são chamadas de burras pela professora. Ela (a professora) inclusive separou a classe em três filas - 1. os alunos que sabem; 2. os que sabem um pouco; 3. os burros, que não sabem nada.
É mais do que lamentável constatarmos a ocorrência de um crime deste nível, ao desenvolvimento psicológico das crianças em nossas escolas, partindo de uma "colega" que certamente não dimensão do estrago que está causando a diversas crianças.
Aqui, não estou para julgar, condenar ou simplesmente denunciar. Meu trabalho vai além. Provavelmente, isso está ocorrendo por falta de qualificação desta professora, por seu despreparo e desinformação. Desta forma, vamos discutir e conhecer o que, é como ocorre e, principalmente, como evitar o fenômeno bullying.
O que é Bullying?
O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos | Fazer sofrer Discriminar Excluir Isolar Ignorar Intimidar Perseguir Assediar Aterrorizar Amedrontar Tiranizar Dominar | Agredir Bater Chutar Empurrar Ferir Roubar Quebrar pertences |
Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.
- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.
As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
____________________________NOTA DO EDITOR:
É importante que os pais conversem com os filhos a respeito de agressões sofridas por colegas, e por parte de qualquer outra pessoa. Acompanhe o trabalho da escola como um todo. Pergunte, ouça. Conversem com outros pais para identificar se o fato pode ser confirmado, se ocorreu com outros alunos e, confirmando-se: DENUNCIE! A saúde mental de nossas crianças precisa ser preservada! BULLYING É CRIME!!
Disponível em: www.bullying.com.br
Acesso em: 09 de maio/2009
3 comentários:
Estou chocado com essa notícia, é verdadeiramente absurdo a prática do bullying no âmbito escolar, principalmente quando o agressor é quem deveria coibir esse terrorismo, ou seja, o professor. Não podemos aceitar isso, uma educadora? Realizando uma arbitrariedade dessas, garanto que tal educadora é uma desqualificada, não tem competência alguma para trabalhar com crianças. Vale apena lembrar que se tratando de crianças, ou seja, a fase de formação moral dos indivíduos isso pode ocasionar problemas psicológicos gravíssimos, LEVANDO A CRIANÇA A NÃO TER UMA BOA SOCIALIZAÇÃO.
Também considero lamentável ter sido a portadora desta notícia e, constatado esse fato!!
Parabéns pelo texto e aproveitando a oportunidade pergunto: Onde estão as pertinentes enquetes do blog? Já senti falta. Obrigado.
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