MAIS UMA PÉROLA
Perante as leis Brasileiras todos são iguais, mas em Gravatá alguns são mais iguais que os outros!
* Transporte universitário
Caro Castanha,
Dois meses se passaram e a novela do transporte público para os universitários de gravatá não chega a um final, ou melhor, acho que já sabemos qual o fim dessa dantesca história, o lado mais fraco sempre perde!
É lamentável perceber como a coisa pública é tratada em nossa cidade. O desrespeito às leis prepondera, os que governam a cidade pouco se importam com os que de fato necessitam de auxílio para buscar novas oportunidades, com os que sonham com um futuro melhor, alcançado através do esforço, da educação, porque não dizer, da única possibilidade que lhes é conferida para romper a barreira da pobreza e da desigualdade.
Assisto a tudo que acontece em nossa cidade como muita tristeza e indignação. A prefeitura alega não ter recursos financeiros para custear um programa que foi criado por ela própria, promessa de campanha do atual prefeito, diga-se de passagem. Coloca a culpa nos vereadores que votaram contra a redução do IPTU, como se tal redução fosse garantia de que os devedores de tal imposto iriam se tornar adimplentes do dia pra noite, em um passe de mágica, os recursos surgiriam nas contas do município e seriam suficientes para custear o transporte.
O renomado administrador, como o foi alardeado durante a campanha, parece que se perdeu em sua, permitam-me a brincadeira e o neologismo, MÁ-TEMÁTICA. Coitados de nós que temos os direitos subtraídos por esta perversa matemática! Acho que em meio a tantos cálculos, o prefeito Ozano Brito deve ter esquecido seus tempos de faculdade, onde nas aulas de contabilidade pública, se aprendia que despesas e receitas devem ser equivalentes, ou de que se deve planejar e fazer projeções de receitas antes de se criar despesas, se não as contas não fecham prefeito! Olha que esses são princípios básicos de administração...
Pergunto ao prefeito: será que se enxugasse a máquina, serei mais explícito, se reduzisse as despesas com pessoal contratado, com aluguéis de prédios particulares para abrigar órgãos públicos, se fossem reduzidos os salários dos comissionados... Será que não sobraria dinheiro para custear um serviço tão importante para a população? Ahhh! Cortar na carne dói não é prefeito? De quanto será o aluguel do prédio onde funciona a secretária de finanças? Por sinal, está subutilizado. Quantas secretarias poderiam ser hospedadas ali? Mas ai não seriam recompensados aqueles que ajudaram a elegê-lo não é mesmo? Lembro de ter lido aqui, que o vereador Fernando Resende havia pedido a relação dos contratos de locação dos imóveis feitos pela prefeitura. Será que o vereador teve acesso? Não sabemos.
Sem fazer juízo de valor, leio perplexo o que uma professora do ensino público municipal, cujas afinidades políticas mudaram do dia pra noite, postou em seu blog. Reproduzo um trecho a seguir:
“UMA NOVA ETAPA DA MINHA VIDA: CURSO DE HISTÓRIA PELA UFRPE”
Teve início neste sábado (18) o curso de Licenciatura em História, pela UFRPE, através da Plataforma Paulo Freire, projeto do governo federal (UAB-Universidade Aberta do Brasil), no município de Carpina. A Secretaria Municipal de Educação de Gravatá, na pessoa da secretária ROSA DA SILVA MELO, disponibilizou o transporte, tornando possível minha participação no curso. Dos professores municipais de Gravatá, fui a única que foi locada no município de Carpina. Vale salientar que apenas outros cinco professores (dos 500 efetivos) de Gravatá realizaram inscrição para a Plataforma Freire, sendo localizados em Recife.
Como assim? Disponibilizou o transporte? Quer dizer que a prefeitura está pagando o transporte para levar uma universitária até Carpina, cidade localizada na zona da mata? São aproximadamente 80 quilômetros até lá! É meus caros, enquanto eu, você e a sociedade como um todo paga, somente alguns têm acesso ao transporte gratuito. A que ponto chegamos? Percebam vocês que em gravatá alguns têm um tratamento privilegiado, enquanto os que mais precisam lhe são negados direitos básicos e garantidos em lei.
Por fim, gostaria de agradecer a você castanha pelo espaço disponibilizado para que se discutam questões tão importantes para a nossa cidade, como a questão do transporte universitário. Espero que a prefeitura encontre uma solução para o caso, pois muitos colegas estão precisando desse apoio para prosseguir em seus estudos. Dizer também que acredito que um dia essa nuvem negra que encobre a nossa cidade será solapada pelos ventos da justiça e da verdade. Não é possível que Deus não esteja vendo tamanha injustiça.
Universitários, não se dêem por vencidos, vão a luta, exponham o caso a opinião pública, não se apequenem diante dos desmandos e da injustiça que está sendo praticada em nossa cidade, vocês são o futuro de Gravatá!
ACORDEM, LEVANTEM, LUTEM!
Gustavo Emanoel Morais ( guga_em_tjs@yahoo.com.br )
RESPOSTA PARA GUSTAVO EMANUEL MORAIS
Caro Gustavo,
As secretarias que não dispõe de transporte estão pagando a passagem dos educadores, que tem o direito de receber formação. Procure se informar antes de emitir julgamentos precipitados.
Fui sozinha na 1ª aula, mas estarei com mais 3 amigas na próxima. A secretaria de educação nada tem a ver com a questão dos transportes universitários, apenas está fazendo sua parte em cumprir uma determinação federal. Se há privilégio, agradeço de joelhos se for preciso ao meu querido Presidente LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA!! Como educadora, tenho total consciência que merecemos este tratamento diferenciado por parte de nossos governantes municipais, estaduais e do governo federal.
Não precisava estardalhaço. se tivesse perguntado, teria respondido sem o menor problema. Não temos nada a esconder, tanto é que coloquei na internet.
Obrigada pelo acesso, e continue nos visitando. lembre do que ensinou Einstein: "Uma mente que se abre a novas ideias, jamais voltará a seu tamanho original".
Um forte abraço.
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P.S:
Enviei este mesmo texto para o email do jornalista que divulgou esta carta em seu blog, no entanto, por ser ele extremamente tendencioso, certamente não divulgará.
Não divulguei o endereço do site, por ter tido um texto meu exposto no blog deste jornalista sem a devida referência.
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