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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DIVULGAÇÃO: DUAS CONQUISTAS IMPORTANTES PARA A CULTURA INDÍGENA BRASILEIRA

PRIMEIRA:


Maitei Karai/Karia (Olá Senhor/Senhora)!

Índios ligados à Organização Social e Etno-Cultural Indígena Teko Ñemoingo, conhecida também como OSCIP Guarany, lançam projeto de criação do dicionário da língua para quem fala português e mostra cultural “Já falamos guarani”, nesta quinta-feira (28/10), no Museu do Jardim Botânico, às 13h30. Esse dicionário será interativo e estará disponível na Internet.
O lançamento do projeto começa com uma cerimônia religiosa guarani, que Cabrera definiu como “batismo”. Os índios consideram tão importante que o presidente da OSCIP, Simão Tupã Reta Vilialva virá com toda a sua família e trará o “Chamyi”, “Tupã Ñevangaju”, líder religioso que vai oficiar o “batismo”. Seu nome português é Guilherme Rocha e a tribo afirma que tem 116 anos de idade. Virão também lideranças espirituais e indígenas dos três países. Após a cerimônia estarão à disposição da mídia.
Esse evento tem o apoio do da Prefeitura Municipal de Curitiba, FIEP, AAJBC, FUNDACEN e Fundação ANINPA, que tem acordo de parceria e desenvolvimento técnico Educacional pedagógico e cultural com a OSCIP Guarany.

Com informações do site http://elkunumi-guarani.blogspot.com/2010/10/indios-guarani-lancam-projeto-de.html


SEGUNDA:


Cinep lança livro “Olhares Indígenas Contemporâneos” com temas sobre mobilização, resistência, educação, linguística e direitos indígenas

O Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep) lança o livro Olhares Indígenas Contemporâneos, uma coletânea que reúne seis artigos de autores indígenas produzidos a partir de teses de doutorado e dissertações de mestrado, defendidas entre 2008 e 2010, e de uma pesquisa sobre o perfil dos estudantes universitários indígenas no Brasil.

Rita Gomes do Nascimento, da etnia Potiguara, abre o volume com o artigo “Performances e experiências de etnicidade: práticas pedagógicas Tapeba”, em que discorre sobre as razões da proeminência dos professores indígenas como mediadores políticos e representantes das comunidades indígenas junto à sociedade envolvente.

Edilson Martins Melgueira, da etnia Baniwa, investiga os classificadores nominais da língua baníwa, do rio Içana, buscando discutir conjuntamente léxico, morfossintaxe e contexto discursivo, bem como refletir a maneira Aruák Baníwa de ver, sentir e organizar os elementos que constituem seu universo.

Florêncio Almeida Vaz Filho, do povo Maytapu, faz uma etnografia dos processos de mobilização étnica envolvendo cerca de 40 comunidades na região do baixo rio Tapajós, na Amazônia, que passaram a se identificar publicamente como indígenas no final da década de 1990.

Vilmar Martins Moura Guarany, indígena Guarani, realiza uma análise sobre a relação das áreas de meio ambiente e de direitos indígenas. Para isso, faz uma descrição dos principais instrumentos e acordos internacionais relacionados à definição do conceito de “desenvolvimento sustentável”.

Rosani de Fátima Fernandes, da etnia Kaingang, trata dos processos de resistência e luta pela sobrevivência dos Gavião Kyikatejê, desde sua transferência do atual estado do Maranhão até a constituição da reserva Mãe Maria, no Pará, abordando a recuperação da sua autonomia, em 2000, em relação aos Parkatejê.

O artigo final, assinado pelo Cinep, apresenta o perfil do estudante indígena na universidade, montado a partir de uma pesquisa realizada pela instituição com 481 acadêmicos indígenas, dentro de um universo estimado hoje de 6.000 estudantes indígenas matriculados no ensino superior em todo o Brasil.

Mesmo com uma presença crescente de indígenas no ensino superior, as teses e dissertações produzidas por estes estudantes não têm recebido apoio para divulgação e publicação. Muitas são as razões para este anonimato, uma das quais é a forte concorrência das produções não indígenas sobre a temática indígena, imperando no imaginário brasileiro a visão de que são os estudiosos brancos que possuem os conhecimentos e as verdades sobre os povos indígenas.

É com o propósito de dar um primeiro passo para mudar este cenário, que o Cinep lança a coletânea Olhares Indígenas Contemporâneos que constitui o primeiro volume da Série Saberes Indígenas, na qual pretende oferecer aos estudantes, pesquisadores e profissionais indígenas um canal de divulgação dos resultados de seus estudos e pesquisas, além de propiciar uma oportunidade aos estudiosos e à opinião pública brasileira de conhecer um pouco mais do mundo e da realidade indígena a partir do olhar e do pensamento dos indígenas.

Serviço:

Cada exemplar custa R$30,00 à venda na sede do Cinep, em Brasília: SRTVS – Centro Empresarial Assis Chateaubriand – Quadra 701 – Conjunto 01 – Bloco 01 – nº38 – Sobreloja – Salas 25 e 26.

Pedidos podem ser feitos pelo email jo@cinep.org.br ou pelo telefone (61) 3225.4349, tratar com Jô Oliveira.

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