A U.V.A (Universidade Estadual Vale do Acaraú) em Gravatá, proporcionou neste sábado (19) uma aula-passeio, com a temática da disciplina Gestão Escolar e Empresarial, lecionada pelo Profº José Carlos, voltada para a Gestão Ambiental, no sítio Camocim de Gravatá, especificamente na Pousada Ecológica Sempre Verde. É válido ressaltar que a U.V.A é uma das precursoras nas disciplinas de Educação no Campo, além de Educação e cultura Indígena, no curso de Pedagogia. A instituição apresenta uma das grades curriculares mais contemplativas para a questão ambiental do país.
O trabalho realizado teve como um dos objetivos, responder a seguinte pergunta: é possível gerenciar uma atividade que "explora" o meio ambiente, sem causar danos a natureza, ou pelo menos, que este impacto seja o mínimo possível, e de que forma isso é feito?
O trabalho realizado teve como um dos objetivos, responder a seguinte pergunta: é possível gerenciar uma atividade que "explora" o meio ambiente, sem causar danos a natureza, ou pelo menos, que este impacto seja o mínimo possível, e de que forma isso é feito?
Pela ordem, uma espécie nativa apresentada por Mallin; trilha ecológica feita pela turma do 3º período da U.V.A- Gravatá; Prof. José Carlos
Durante nossa visita, pudemos constatar as formas alternativas de se utilizar os recursos naturais de forma sustentável, como por exemplo, os recursos hídricos, os quais, todos já sabemos, que são finitos. Desta forma, todas as casas que fazem parte da propriedade da Pousada Sempre Verde, possuem calhas para coleta de água da chuva, que são armazenadas em grandes cisternas. Essa água é utilizada para irrigação, durante o período de estiagem.
Outra matéria-prima reutilizada é a urina de cavalos. Por existir baias na propriedade, foi pensada uma forma de utilizar esse material na irrigação de capim, com intuito de fortalecer as plantas e combater pragas. A empresária nos contou que fez diversas pesquisas acerca da utilização desse material. Durante a exposição e explanação feita por Mallin e sua família , pudemos constatar e responder nosso questionamento: Sim, é possível "explorar" a natureza sem destrui-la.
Após uma trilha, com passos lentos e diversas paradas, de aproximadamente 4 horas, foi possível tomar banho de cachoeira, chupar laranja-cravo tirada do pé, na hora, visitar hortas orgânicas e uma casa com ecotecnologia, onde todos os aparelhos e a energia são fornecidos por placas solares - a energia solar. Tem rádio, lanterna, secador de bananas para preparar passa-de-banana, etc. Este modelo de energia utilizado na propriedade, é único na região.
Uma forma interessante de sustentabilidade e de gestão, são as parcerias que a empresária procurou fazer com produtores locais, especialmente orgânicos, cujas propriedades fazem parte do roteiro da trilha. É uma maneira inteligente de agrupar pessoas com os mesmos objetivos e interesses, distribuir melhor os lucros, pois todos saem ganhando, além de envolver a comunidade em um trabalho de preservação e conservação do meio ambiente.
Pela sequência: D. Maria, agricultora orgânica e artesã, um dos banhos de cachoeira e o serviço de rádio amador.
A aluna Vanessa, do 3º período de Pedagogia da U.V.A utilizando a bicicleta que bombeia água para irrigação, movida exclusivamente pela energia do corpo!
A turma enfrentou um trajeto de 10 km, em estrada de barro, num caminhão, chamado no interior de pau-de-arara. Além de tudo que pudemos aprender, também utilizamos a mão-de-obra do local, compramos artesanato e frutas, almoçamos na propriedade, valorizando de fato o trabalho dos moradores do sítio e, das pessoas que prestam serviço na pousada, em parceria com Mallin.A caminhada é suave, podendo ser realizada por qualquer pessoa. Não precisa ser praticante de esportes radicais, ou ter porte atlético.
Certamente, essa aula ficará para a posteridade! Valeu turma! Obrigada Professor José Carlos e U.V.A!!!
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