MAIS DE 700 KM DE ÁREA RURAL NÃO RECEBEM INCENTIVO E APOIO PARA DESENVOLVER AÇÕES SUSTENTÁVEIS, EM CONSONÂNCIA COM A ECONOMIA QUE ESTÁ SENDO DIFUNDIDA DO MUNICÍPIO
Uma das muitas belezas naturais de São Severino de Gravatá, pouco conhecida.
Enquanto o governo municipal investe pesado para colocar Gravatá na rota do turismo, beneficiando os grandes empresários do setor, muitos deles sequer residentes da cidade, a população que é de MAIORIA rural, não vê um centavo desse dinheiro que passa por aqui, especialmente em épocas de maior movimento. Gravatá recebe semanalmente uma grande população flutuante, integrantes das classes A e B, que utilizam os serviços dos hóteis luxuosos, além dos donos de residências nos diversos condomínios e privês da cidade , que no máximo, utilizam nossos serviços de gastronomia e realizam algumas compras no pólo moveleiro.
Hoje, o estudante das escolas de Uruçu-Mirim, Mandacaru e Avencas, que atendem a jovens de diversos setores (sítios adjacentes), ao concluir o 9º ano (antiga 8ª série), não tem nenhuma perspectiva de vida. Por faltar-lhes recurso, muitos não concluem o ensino médio, e por terem que realizar trabalho braçal no horário que seria dedicado aos estudos, continuam tocando suas vidas sem fazer uso do que viram na escola, tornando o ensino ocioso, fadado a afirmação dos pais do século passado, de que "a escola de que seus filhos precisam, e que lhes garante comida na mesa, é uma enxada".
Recordo de ter escutado muitas vezes minha avó (in memorian) afirmar que, não pôde concluir seus estudos, porque seu pai lhe abrigava a ir para o roçado, ajudar na lavoura que era o sustento da casa. Já se passou mais de 60 anos, e muita coisa não mudou por aqui.
A escola atual, e a política praticada em nosso município, não tem apresentado o verdadeiro dever do ensino, que é de proporcionar qualidade de vida as pessoas. O que precisa ficar claro é que, nem todos (a maioria, diga-se de passagem) serão médicos, advogados, GUIAS TURÍSTICOS, TURISMÓLOGOS, comerciantes ou funcionários públicos. A cidade hoje mal tem estrutura para abrigar os atuais moradores, cujo quadro econômico os deixa abaixo da linha da pobreza, como já foi relatado pelo Jornal do Commércio há pouco.
O que precisamos é de Projetos Políticos e ações educativas voltadas para o homem do campo, pelo fato de ser esta nossa potencialidade maior. Ao contrário de Campos do Jordão, cidade que "inspirou" o ex-prefeito para implantar no município a disciplina Noções de Turismo, nós temos uma alta produção agrícola. Enquanto lá o Turismo representa o único meio de renda e sobrevivência, aqui, nós dependemos diretamente da agricultura.
Não precisa ser nenhum técnico para saber disso, basta não ser nércio. É só observar diariamente a quantidade de caminhões que passam pela cidade, no início da manhã, carregados de produtos hortifrutigranjeiros, vindos de nossos brejos, para compreender meu apelo e revolta. Todos os dias, de acordo com as safras, dezenas de caminhões saem deste município carregados de inhame, laranja, chuchu, feijão, repolho, pimentão, banana, cenoura, entre outros produtos, para abastecer a CEASA. Pouco do que se produz no município é consumido aqui. As escolas, quando oferecem algum produto vegetal, são adquiridos em outros estados! Não há incentivo para os pequenos agricultores, que em sua maioria, praticam uma agricultura de subsistência.
Visivelmente, nossa cidade tem perdido a característica que a tornou tão desejada e amada por muitos: de cidade do interior, com aquele arzinho rural. Do Alto do Cruzeiro, é possível constatar que hoje existem duas Gravatás: a dos visitantes - luxuosa, com casas confortáveis, locais de lazer com segurança e projetos paisagísticos mirabolantes - e a cidade dos quase 80 mil moradores - sem saneamento, sem escolas decentes para nossos filhos, sem perspectiva de futuro, sem emprego, sem lazer, sem DIGNIDADE!
P.S:
Até nossas praças, que foram reformadas recentemente, a peso de ouro, não dispõe de um local onde nossas crianças possam brincar no final da tarde. Aliás, até as árvores que nos ofereciam sombra, nesse sol escaldante, enquanto aguardávamos o ônibus de Uruçu, uma moto, ou simplesmente um amigo para um bate-papo, foram arrancadas pelo PROGRESSO!
Recordo de ter escutado muitas vezes minha avó (in memorian) afirmar que, não pôde concluir seus estudos, porque seu pai lhe abrigava a ir para o roçado, ajudar na lavoura que era o sustento da casa. Já se passou mais de 60 anos, e muita coisa não mudou por aqui.
A escola atual, e a política praticada em nosso município, não tem apresentado o verdadeiro dever do ensino, que é de proporcionar qualidade de vida as pessoas. O que precisa ficar claro é que, nem todos (a maioria, diga-se de passagem) serão médicos, advogados, GUIAS TURÍSTICOS, TURISMÓLOGOS, comerciantes ou funcionários públicos. A cidade hoje mal tem estrutura para abrigar os atuais moradores, cujo quadro econômico os deixa abaixo da linha da pobreza, como já foi relatado pelo Jornal do Commércio há pouco.
O que precisamos é de Projetos Políticos e ações educativas voltadas para o homem do campo, pelo fato de ser esta nossa potencialidade maior. Ao contrário de Campos do Jordão, cidade que "inspirou" o ex-prefeito para implantar no município a disciplina Noções de Turismo, nós temos uma alta produção agrícola. Enquanto lá o Turismo representa o único meio de renda e sobrevivência, aqui, nós dependemos diretamente da agricultura.
Não precisa ser nenhum técnico para saber disso, basta não ser nércio. É só observar diariamente a quantidade de caminhões que passam pela cidade, no início da manhã, carregados de produtos hortifrutigranjeiros, vindos de nossos brejos, para compreender meu apelo e revolta. Todos os dias, de acordo com as safras, dezenas de caminhões saem deste município carregados de inhame, laranja, chuchu, feijão, repolho, pimentão, banana, cenoura, entre outros produtos, para abastecer a CEASA. Pouco do que se produz no município é consumido aqui. As escolas, quando oferecem algum produto vegetal, são adquiridos em outros estados! Não há incentivo para os pequenos agricultores, que em sua maioria, praticam uma agricultura de subsistência.
O Turismo Rural favorece a economia local, criando novos empregos em diversas áreas como: no próprio turismo ou ligadas à atividade agrícola, comércio de artesanato, serviços auxiliares e construção civil. Possibilitando a instalação de pequenas indústrias, por exemplo para a produção de alimentos regionais típicos como doces, agregando valor aos produtos do estabelecimento.
A atividade também traz vantagens ambientais, já que as propriedades prezam pela conservação do meio ambiente, e passam isso a cada turista que visita o local. Além disso, desperta a atenção para a recuperação de áreas degradadas e da vegetação florestal e natural.
Visivelmente, nossa cidade tem perdido a característica que a tornou tão desejada e amada por muitos: de cidade do interior, com aquele arzinho rural. Do Alto do Cruzeiro, é possível constatar que hoje existem duas Gravatás: a dos visitantes - luxuosa, com casas confortáveis, locais de lazer com segurança e projetos paisagísticos mirabolantes - e a cidade dos quase 80 mil moradores - sem saneamento, sem escolas decentes para nossos filhos, sem perspectiva de futuro, sem emprego, sem lazer, sem DIGNIDADE!
P.S:
Até nossas praças, que foram reformadas recentemente, a peso de ouro, não dispõe de um local onde nossas crianças possam brincar no final da tarde. Aliás, até as árvores que nos ofereciam sombra, nesse sol escaldante, enquanto aguardávamos o ônibus de Uruçu, uma moto, ou simplesmente um amigo para um bate-papo, foram arrancadas pelo PROGRESSO!
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