Aniversário de Gravatá

Uma homenagem da ex-assessora de imprensa de Gravatá, Eliane Macedo

De repente me lembrei: Uma ode a Gravatá.

MEU LUGAR

Minha terra é
Cidade de nome de planta, forte
Espinhosa que produz flor

Gravatá de mandacaru, avencas, russinhas, palmeiras
Natureza em todos os seus pontos cardeais

Contente nas suas serras,
Mel que derrama nas alturas
De Uruçu Mirim .........nome de bicho ,
Terra de gente dos cabelos amarelos e expressão doce

Que também está no Agreste, nos olhos claros das bordadeiras de avencas
Planta delicada como os desenhos traçados no linho das artesãs

E nessa terra tem palmeira onde a música se derrama em cachoeira pelas rochas
Inspirando os sanhaçus e sabiás

Gravatá morada dos santos,
De Sant’ana, avó de Jesus,
que embala milhares de pernas e sonhos pelas ruas da cidade,
Que acende as velas da esperança e ilumina as noites frias

De São Severino, que abençoa os agricultores que não derramam veneno pelo chão
Mas colorem as suas montanhas com um verde deslumbrante
E flores de cores mil

Aqui, brotou a inspiração de uma obra de amor
Em palavras e gestos de um frei italiano,
Damião que veio de BOZANNO

E a prova que a fé não remove montanhas,
Mas escala e atravessa serras....túneis

Em Gravatá, ruças é só nome de desafio
E cascavel é nome de aventura, conquista
Caminho prá chegar na estação.

E bonequinha é sinônimo de sorte
Que sai das mãos das artesãs em forma de delicadeza
E atravessa oceanos para encantar corações solidários

Em Gravatá, 15 de novembro não é data..... mas nota musical
Que fez desabrochar a limeira pelas mãos de Adelsom
Embalado pelas cantorias e serestas de Ênio
que também inspiram o resgate de tradições
das respeitáveis senhoras do CAIC e dos meninos do GAMR

Por isso o meu tempo em Gravatá
Não marcarei por minutos, por anos
mas por pessoas, paisagens e música em todos os tons.

Eliane Macedo -Dezembro de 2009.