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terça-feira, 6 de abril de 2010

Mês de Abril: Antes tarde...


Educador/a, é hora de rever (pré)conceitos sobre nossos parentes indígenas!

Infelizmente, a maioria dos brasileiros desconhece a verdadeira história dos nativos brasileiros, contentando-se com a medíocre informação adquirida na escola do século passado, com a imagem daquele índio apresentado pelo romantismo da época, ou da forma estereotipada e preconceituosa, propagada pela mídia, de que, são povos “ignorantes”, “selvagens”, “não-civilizados”, dentre outros termos grosseiros e rudes.

Embora dia 19 de Abril não tenha nenhum real significado para a maioria dos mais de 200 povos indígenas que vivem no Brasil, para nós educadores, é uma oportunidade de reaver diversos conceitos equivocados a respeito dos nossos parentes, responsáveis diretos pelos bons hábitos de higiene que temos, diversas palavras e termos que utilizamos, conhecimento sobre a flora e fauna e seus usos terapêuticos, algumas formas de festejar, a receptividade e maneira acolhedora muito peculiar do brasileiro (especialmente do nordestino), além da rica culinária e variedade lingüística.

O desconhecimento sobre a situação atual dos povos indígenas, está associado basicamente à imagem do índio que é tradicionalmente veiculada pela mídia: um índio genérico com um biótipo formado por características correspondentes aos indivíduos de povos nativos habitantes na Região Amazônica e no Xingu, com cabelos lisos, pinturas corporais e abundantes adereços de penas, nus, moradores das florestas, de culturas exóticas, etc. Ou também imortalizados pela literatura romântica produzida no Século XIX, como nos livros de José de Alencar, onde são apresentados índios belos e ingênuos, ou valentes guerreiros e ameaçadores canibais, ou seja, “bárbaros, bons selvagens e heróis” (Silva, 1994).

A desinformação, os equívocos e os pré-conceitos motivam a violência cultural contra os povos indígenas. Resultado das idéias eurocêntricas de “civilização”, do etnocentrismo cultural e da determinadas a serem engolidas pelo “progresso” da nossa sociedade capitalista.

Cabe ao/a professor/a de História, aos/as educadores/as de uma forma em geral, buscar superar tal situação, atualizando seus conhecimentos sobre os povos indígenas, para compreendê-los como sujeitos participantes na/da história, em uma perspectiva do (re)conhecimento que vivemos em um país pluricultural, plurilinguísitco e com uma sócio diversidade enriquecida pelos povos indígenas.

Para começar, esqueçam a música da Xuxa “...índio quer apito”. Índio não quer apito: quer respeito. E todos nós, devemos isso a eles, gostando ou não!


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Texto consultado: HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE)CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSIDADE CULTURAL – Profº Edson Hely Silva (UFRPE)

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