Em 2010, um trabalho desenvolvido na Escola John Kennedy foi destaque na Revista Brasileiros de Raiz, pela abordagem e tratamento dado a temática indígena na escola. Através de uma proposta que apresentamos, e apoiada pela direção (na época, Denise Batista), conseguimos desevolver um estudo mais elaborado, com várias turmas, durante uma semana, que chamamos de SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS. Além de apresentar aspectos do presente, da atualidade, pudemos desmistificar a figura do indígena, inclusive, realizando esta atividade no mês de maio, fugindo do pragmática 19 de abril.
Hoje, me encontro em outra escola, e desde fevereiro, vivenciamos atividades alusivas a temática indígena, não apenas com intuito de cumprir a Lei 11.645/08, mas para possibilitar a discussão acerca de preconceito e discriminação para com os povos indígenas, gerados ainda, por imperar em nosso meio, a versão do colonizador/explorador, e não dos que foram explorados,e continuam até os dias atuais.
Hoje, andando pelas ruas de Gravatá, quase infarto, vendo as crianças saindo das escolas, com o rosto pintado com dois tracinhos coloridos, parecendo mais uns palhacinhos, que embora graciosos, e com todo respeito aos palhaços, em nada lembram os indígenas brasileiros. E como aquela saiazinha, então? Caramba, custa ao menos pesquisar acerca das pinturas corporais e representá-las expressando o significado delas? Por que os professores resistem tanto a implementação da Lei 11.645/08? Será que desconhecem, ou acham que não "pega"? E a nossa responsabilidade histórica e social, diante dos povos indígenas (e afro)?? Cabe uma reflexão!
Por enquanto, o dia 19 de abril, serve apenas para "perpetuar" o folclorismo, preconceito, discriminação e ignorância sobre os nativos brasileiros. Nada mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário