"Acreditando na magia que existe na educação! Buscando ser a mudança que quero ver no mundo"!
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ainda sobre o Concurso de Gravatá 2008: contratados ocupam lugar dos aprovados

 Nota de esclarecimento ao escritor/leitor, anônimo:

Recebi um email de um leitor do blog (possivelmente) fazendo uma reinvindicação acerca das nomeações para professor, referente ao concurso realizado em 2008, e prorrogado por mais dois anos pelo prefeito Ozano Brito.
No email, além da reinvindicação, fui acusada de defender o prefeito e a atual gestão, e tendo portanto deixado de cobrar a efetivação dos concursados. Me foi "lembrado", no email de que, ano passado, enquanto meu marido ainda não tinha assumido, eu ajudei a organizar manifestos, com os aprovados e um advogado do SINPRO-PE, além de ter colocado um chamado em carro de som para protestar contra a não convocação dos concursados, tanto professores quanto outras funções, incluindo guardas municipais.
Me foi dito, de forma "bem delicada", que tinha certeza de que eu não publicaria o email.
Quero esclarecer que, defendo o que acredito, quando acredito.Conversei há algum tempo com a secretária de educação, Maria da Paz, e ela informou que não havia vagas para professor I, mas que chamaria para professor II (fundamental II). Acredito que, tanto a secretaria d eeducação, quanto o prórpio prefeito, tem total interesse em resolver essa questão, e informar quantos professores foram chamados até agora e se as vagas mencionadas em seu email procedem. Não defendo, se não houver defesa. O que é certo, deve continuar sendo certo, não concorda?

Segue publicação de trecho do email:


Cara Professora,
Venho através deste, pedir sua ajuda, para com uma injustiça que estamos passando.Tal qual os aprovados no concurso da guarda municipal que não foram convocados, da mesma forma, várias pessoas que prestaram concurso para PROFESSOR e foram aprovadas, e até hoje não foram convocadas. Sou parente de uma professora aprovada, que prefiro não identificar para evitar retaliações, algo costumeiro nesse município. A secretaria de educação diz que não tem vagas, que todas as vagas foram ocupadas, contudo, em cidade do interior não é muito dificil descobrir as coisas.
Perguntando daqui e dali, descobrimos que há dois contratados na Escola Laura Vicuna, que fica no Bairro Maria Auxiliadora. Trabalham em parceria com o Círculo Operário, como acontece com a Escola Irmã Judith, mas são pagos pela prefeitura, portanto, são funcionários da prefeitura. Soubemos ainda de contratos na escola Irmã Judith, na Escola Adalgisa Soares.
Já cansamos de ir na secretaria de finanças para saber sobre quando vão chamar, e escutamos a mesma coisa. Pedimos encarecidamente que nos ajude. Não estamos pedindo nada além do cumprimento da lei, que determina que, enquanto houver vagas, estas devem ser preenchidas por concursados, lembrando que o próprio prefeito promulgou a validade do concurso.
Não estamos pedindo favor a ninguém. É um direito nosso (dos aprovados por concurso) de sermos nomeados para nossas funções. Essa politicagem de contratos, precisa acabar. Os contratos só são justificados em caso de licença-médica, licença-maternidade. Pedimos ainda que, se outras pessoas souberem, por favor, comuniquem. Nos ajude. Um dia você pode estar no nosso lugar, reivindicando um direito que não está sendo respeitado.


‘Professor precisa e merece ganhar bem’, afirma Alexandre Garcia

 O que temos hoje é uma educação medíocre, formação sofrível de professores e salário péssimo. Fora da educação, não há salvação.

 

Piso do professor passando para R$ 1.451? Baixíssimo para a profissão que constrói o futuro. Foi valorizando o professor em meados do século 19 que a Argentina deu um salto. Cinquenta anos depois, ela era um dos países mais ricos e prósperos do mundo.
A educação é solução para tudo: para o desemprego, para a violência urbana e até para a concorrência dos produtos chineses. Aliás, perguntem aos chineses qual o segredo? Educação. Prefeitos, paguem o professor que o município vai ganhar. Que economizem no controle da corrupção, no excesso de "comissionados", porque o dinheiro da educação é o mais bem aplicado.
Enfim, o que temos hoje é uma educação medíocre, formação sofrível de professores e salário péssimo. Parafraseando a ameaça religiosa de séculos: fora da educação, não há salvação.

 http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/02/professor-precisa-e-merece-ganhar-bem-afirma-alexandre-garcia.html

ESPETÁCULO NO CIRCO DOS HORRORES COMEÇOU!!

29/02/2012 às 10:42h

Prefeitos Vão à Brasilia Protestar Contra Decisão do MEC em fixar o Piso salarial Professores


    Uma marcha com aproximadamente setecentos Prefeitos foram no dia de ontem  à Brasilia para precionar contra a decisão do Ministério da Educação e Cultura em cumprir uma determinação do Supremo Tribunal Federal em relação ao pagamento do Piso Nacional dos Professores Fixado em 1.451,00 para quem trabalha quarenta horas.
    Para a maioria dos Prefeitos, Este aumento de 22,22% põe em risco as finanças de grande parte das Prefeituras de pequeno porte.

 http://180graus.com/luis-correia/prefeitos-vao--a-brasilia-protestar-contra-decisao-do-mec-em-fixar-o-piso-salarial-profess-500993.html

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Nota da editora:

É desrespeitoso, revoltante ler esse tipo de noticia. Há muitos anos, a categoria luta pela implantação de um piso salarial digno, e encontra pela frente esses politicozinhos, a maioria envolvida em escândalos, denúcias de corrupção, com as contas rejeitas pelo Tribunal de Contas, fazendo esse discurso hipócrita, de que temem pelo desequilibrio das contas públicas.
Por que estes senhores (e deve ter alguma senhora no meio), não DESINCHAM as máquinas que administram, DEMITINDO os cargos comissionados que só oneram as prefeituras? Por que não usam a verba do FUNDEB corretamente, destinando apenas para a educação? Há casos de municipios que foram denunciados, usando a verba do Fundeb para pagar até farmácia e pet shops!!!

Agora, prezado/a PROFESSOR(A)/LEITOR(A)/ELEITOR(A): Procure saber quem são esses 700 que foram a Brasília protestar, com as passagens e hospedagens pagas por você. 
LEMBRE-SE: EM OUTUBRO, HAVERÁ ELEIÇÕES MUNICIPAIS EM TODO O PAÍS!! NÃO ESQUEÇA O NOME DELES!! 

Email recebido e compartilhado

Se realmente é do Romário(ex-jogador atual deputado federal), não sei, mas,vale apena ler até o final!!

Às vezes, certas pessoas nos surpreendem.


Romário:
QUE PAÍS É ESSE?
Parte de entrevista do ROMÁRIO ao jornalista Cosme Rimoli - TV Record .
- Você foi recebido com preconceito em Brasília?
Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.
- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?
Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.
- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...
Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.
- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?
Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.
- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.
Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.
- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?
Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio.
O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.
- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?
Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.
- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?
Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...
Entrevista concedida ao repórter Cosme Rímoli, da TV Record.
A África apresentou há alguns meses o resultado final da Copa do Mundo: deu prejuízo e grande. Agora é a vez do Brasil. Fifa, CBF, políticos e os empreiteiros vão ganhar muito dinheiro. E o povo? Nada como sempre!
Apenas terá a obrigação de contribuir para pagar a conta.
Precisamos virar a cara para esses eventos literalmente sujos e mafiosos.
Quem teve a idéia de promover, o evento em nosso país, alguém sabe?
O Brasil é uma farsa, como sempre irá jogar a sujeira para debaixo do tapete.

_________________________
Nota da editora:
Em tudo é assim. Se o valor de um aluguel é R$ 500,00, informa-se R$ 1. 500,00. Se uma reforma custa R$ 10.000,00, informa-se R$ 100.000,00. Multiplique isso por 1000 (ações deste nível realizadas todos os dias) ou sabe-se lá Deus por quanto mais.
É O FIM DO MUNDO. NÃO TEM MAIS JEITO. OU SERÁ QUE TEM????

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

UM MANUAL PARA A EDUCAÇÃO QUE VEM DE PORTO ALEGRE!!

Turma de Educação Infantil com um professor e um auxiliar: garantia de assistência e trabalho de qualidade com os pequenos. Imagem: Google.

MUNICÍPIO ADOTA ATÉ MANUAL PARA GARANTIR ATENDIMENTO DE QUALIDADE!!

O que deve ser observado

Ao conhecer um estabelecimento de Educação Infantil, deve-se observar, detalhadamente, o prédio, a distribuição das turmas de crianças, a formação dos profissionais, as atividades complementares e, também, conhecer o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar.
Esclareça todas as dúvidas com o proprietário, com os responsáveis pela educação e pela saúde, inclusive quais os dias e horários em que poderá encontrá-los. Não se intimide!
• Cuidado com as plantas tóxicas (comigo-ninguém-pode, coroa-de-cristo, copo-de-leite, cinamomo).
• As tomadas de luz devem ser protegidas com capas de segurança.
• As sacadas e janelas do pavimento superior devem estar protegidas com redes de proteção.
• O fumo é proibido na instituição.

Capacidade da instituição

Não deverá haver superlotação de crianças nas salas de atividades.
- Crianças X Profissionais:
• de 0 a 2 anos, até 6 crianças por adulto e no máximo 18 crianças por professor;
• de 2 a 4 anos, até 10 crianças por adulto e no máximo 20 crianças por professor;
• de 4 a 6 anos, até 25 crianças por adulto e no máximo 25 crianças por professor.
- Crianças com necessidades educativas especiais: toda a criança com necessidades educativas especiais têm direito à educação escolar, preferencialmente na rede regular de  ensino. Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos, tendo início na Educação Infantil.
- As crianças, em nehum momento, podem ficar sem o acompanhamento de um adulto.
- Os profissionais da instituição: todo o grupo de crianças deve ter um professor responsável que o acompanhe no mínimo 4 horas diárias. Crianças que permanecem mais de 4 horas na instituição poderão ser acompanhadas pelo educador assistente, respeitada a relação número de crianças por número de profissionais, citada anteriormente.

Para atuar na Educação Infantil, o professor deve ter formação em curso de licenciatura com graduação plena, admitida como formação mínima a oferecida em  nível médio, na modalidade Normal (magistério).

O educador assistente (auxiliar, recreacionista) deve ter concluído o Ensino Fundamental, com curso de Capacitação em Educação Infantil de no mínimo 100 horas, registrado na Secretaria Municipal de Educação. 

Deve participar da Direção e/ou Coordenação da Instituição, necessariamente, um professor com no mínimo Ensino Médio, modalidade Normal (magistério).
Toda instituição deve ter um profissional responsável técnico pela área pedagógica e um profissional responsável pela área de saúde, podendo ser enfermeiro, nutricionista, médico ou terapeuta ocupacional.

Projeto Político-Pedagógico e Regimento Escolar
Todo estabelecimento de Educação deve possuir o seu Projeto Político-Pedagógico (PPP) e o Regimento Escolar, ou estar em processo de construção. A comunidade escolar como um todo (funcionários, professores, famílias, etc.) deve estar envolvida na elaboração, implementação e avaliação do PPP.

A Educação Infantil é ação pedagógica planejada que envolve cuidar e educar, considerando as vivências já adquiridas pelas crianças e o contexto em que vivem.
Um projeto pedagógico deve ter por objetivo o desenvolvimento permanente das crianças e deve estar em constante reflexão e avaliação, garantindo os direitos da criança no interior da instituição de Educação Infantil/escola para que esses se efetivem  em sua totalidade.

Dessa forma, tanto o PPP quanto o Regimento Escolar estarão concretizando uma concepção de Criança como Sujeito de Direitos, expressa no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O que é um Projeto Político-Pedagógico
É o documento da instituição/escola que define sua função social, sua história, devendo conter uma concepção de infância, de desenvolvimento infantil, de aprendizagem, caracterizando o embasamento teórico da ação pedagógica desenvolvida.
O que deve conter um Projeto Político-Pedagógico
Deve conter a forma de planejamento e de registro das atividades propostas; a organização dos grupos de crianças e dos ambientes físicos destinados a elas, conforme a faixa etária; a oferta de atividades complementares; e a forma de avaliação (periodicidade, sujeitos envolvidos, etc.).
O que é um Regimento Escolar
É o documento que define a organização e o funcionamento do estabelecimento, devendo estar relacionado com o PPP e baseado nas legislações pertinentes. A forma de gestão (atribuições dos diferentes setores e equipes), os princípios de convivência, a organização das turmas e do calendário escolar, as formas de matrícula e o cancelamento, dentre outros aspectos administrativos que deverão estar discriminados no Regimento Escolar.

Condições do prédio
O prédio destinado à Educação Infantil deve ser:
- De alvenaria (não pode ter parede de madeira ou material não resistente ao fogo) e estar em bom estado de conservação.
- As instalações elétricas, hidráulicas, os móveis e demais equipamentos devem estar em condições adequadas de uso, proporcionando segurança às crianças. Devem apresentar condições de acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências.
- Salas de atividades, cozinha e dormitórios não podem servir como área de circulação.
- Todas as dependências devem ser limpas, arejadas e iluminadas.
- As dependências não podem ser de uso comum, com domicílio particular ou estabelecimento comercial.
As salas de atividade
- As crianças devem estar organizadas por turmas/grupos conforme o Projeto Político-Pedagógico, em salas amplas e específicas para cada turma.
- O piso deve ser liso, lavável, conservado e quente (madeira, emborrachado), não é permitido o uso de carpete e/ou tapetes.
- Devem oferecer materiais pedagógicos (brinquedos, jogos, livros, etc.) garantindo adequação às diferentes idades, além de diversidade, bom estado de conservação e local de fácil alcance para as crianças.
- As salas devem ser ventiladas e iluminadas, com janelas que possibilitem a visão para o exterior.
- Os colchonetes devem ser revestidos com material impermeável e de fácil limpeza. Recomenda-se o uso de propés ou calçado especial para o trânsito no berçário. Os travesseiros, fronhas, lençóis, devem ser identificados e individualizados.
Como deve ser a área de lazer em espaços abertos
- Os brinquedos de recreação devem ser seguros, adequados à faixa etária e estar em bom estado de conservação e higiene.
- As instituições devem dispor de espaço externo,próprio ou da comunidade,  para lazer.
- O local precisa ser ensolarado, conservado e seguro. O piso deve ser pavimentado, ensaibrado ou gramado.
- A caixa de areia deve ter uma proteção adequada durante os períodos em que não estiver sendo utilizada, para evitar contatos com animais que possam transmitir doenças às crianças.

- Os pneus devem conter furos e ser guardados em local seco, para evitar o acúmulo de água e a possível proliferação de insetos, principalmente o mosquito da Dengue.
- Não é permitida a permanência de animais no estabelecimento.
Local exclusivo para a higienização do berçário
Toda instituição que atende crianças de 0 a 2 anos deve dispor de cuba com dimensões adequadas para a higiene e banho de crianças, contendo água corrente quente e fria, além de balcão para trocas com sobreposição de colchonete com superfície lisa e lavável.

- Nunca deixe o bebê sozinho no trocador.
- Antes e após a higienização da criança, o adulto deve lavar as mãos com água e sabão.
Cozinha
Não poderá servir como área de circulação, nem ter comunicação direta com sanitários. Deve ter telas milimétricas nas aberturas (portas e janelas), para evitar entrada de insetos.
O piso da cozinha deve ser de material liso, lavável e resistente, para manter as condições adequadas de higiene.

É necessário que as paredes (até a altura de 1,50m), sejam de material de fácil higienização: lisas e laváveis. Os equipamentos e utensílios, adequados à conservação de alimentos,  devem ser de material liso, não poroso, que admita fervura e em perfeitas condições de uso.
A despensa deve ser destinada exclusivamente ao armazenamento de gêneros alimentícios, deve ser contígua (próxima) à cozinha, podendo estar integrada a mesma na forma de armário. O pessoal que manipula/prepara os alimentos deve usar uniforme completo.
Sanitários
- O sanitário, exclusivo para adultos, deve possuir toalhas descartáveis e sabão líquido.
- Os sanitários infantis devem conter sabão líquido e, preferencialmente, toalhas descartáveis. Os equipamentos (pia e vaso sanitário) devem ser adequados ou adaptados para o uso infantil.
- Os sanitários, tanto de uso adulto como infantil, devem dispor  de chuveiro.
Lavanderia
- Deve  ser organizada se houver lavagem de roupas na instituição (lençóis, fronhas, toalhas, etc.).
- Quando não houver lavagem de roupas no local, a lavanderia poderá ser substituída por área coberta com tanque (liso, lavável e resistente).
- A área de lavanderia e de secagem devem estar fora do alcance e/ou circulação das crianças.
- A guarda de materiais/equipamentos perigosos, para limpeza, deve ocorrer em local fora do alcance das crianças.
Lactário
O lactário, cozinha destinada ao preparo de mamadeiras e papinhas, poderá ser integrado à cozinha, desde que em espaço próprio e definido.
Este espaço deve ser previsto caso haja atendimento para crianças de 0 a 1 ano e deve apresentar também as condições exigidas para a cozinha.

Observações finais
As instituições devem manter controle rigoroso em relação aos seguintes aspectos:
- desratização, desinsetização e limpeza de caixa d"água (anual ou sempre que for necessário) com empresa devidamente licenciada pela Secretaria Municipal de Saúde;
- a administração de medicamentos somente poderá ocorrer com prescrição médica atualizada.
Manter todos os materiais nocivos a saúde das crianças (medicamentos, materiais de limpeza, lixo, objetos pontiagudos, etc.) guardados em local apropriado e fora do alcance destas.
- acompanhamento sistemático da carteira de vacinação das crianças, solicitando atualização periódica.

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smed/default.php?p_secao=293

ESCOLAS COM FUNDEB SIMPLÓRIO, CONSEGUEM DISTRIBUIR ATÉ FARDAMENTO ESCOLAR. QUAL O SEGREDO ???

Governo Municipal distribui fardamento escolar

A Prefeitura Municipal de Brejinho e a Secretaria Municipal de Educação distribuíram no mês de agosto o fardamento escolar para os alunos da Rede Municipal de Ensino que estudam nas escolas da zona rural do município. Esta ação teve início no ano letivo de 2010, quando foram  distribuídos fardamentos escolares para os alunos da zona urbana ( Escola Municipal São Sebastião e Creche Manoel Teixeira de Carvalho). 

Objetivando a padronização dos fardamentos escolares, a economia das roupas para os pais de alunos, a valorização do ensino e a identidade dos alunos das Escolas Municipais a distribuição dos fardamentos foi feita diretamente nas escolas da zona rural, com a presença da Secretária Municipal de Educação e do Prefeito Municipal.  Segundo a Secretária Municipal de Educação do município é meta do Governo Municipal oferecer fardamento escolar a todos os alunos da rede, sendo este mais um incentivo à melhoria de frequencia e diminuição da evasão escolar.

Texto, redação e edição: Luciano Luiz Lopes
Secretária Municipal de Educação: Marta Cristina Pereira de Lira Fonte
Prefeito Municipal: José Vanderlei da Silva

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima


Entrega do fardamento escolar em Lagoinha

Entrega do fardamento escolar em Placa de Piedade

Entrega do fardamento escolar em Placa de Piedade

Entrega do fardamento escolar em Lagoinha

Entrega do fardamento escolar em Placa de Piedade

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Vila de Fátima

Entrega do fardamento escolar em Mata Grande

Entrega do fardamento escolar em Mata Grande

Entrega do fardamento escolar em São Joaquim

Entrega do fardamento escolar em Batinga do Tauá

Entrega do fardamento escolar em Mussambê

Entrega do fardamento escolar em Lagoa dos Campos

Entrega do fardamento escolar em Serrinha

 

Município: Ribeirão Bonito
UF: SP
Ano: 2010
Origens do FUNDEB

Mês FPE FPM IPI-EXP ICMS Complementação da União Lei Complementar Nº 87 ITR IPVA ITCMD Total
01
1.763,39 24.392,92 2.762,92 337.912,82 0,00 2.466,34 95,15 167.251,74 1.720,48 538.365,76
02
2.152,97 29.788,81 2.687,90 320.317,92 0,00 2.466,34 45,81 51.774,76 4.054,76 413.289,27
03
1.599,34 22.128,80 2.457,38 423.447,55 0,00 2.466,34 24,27 95.923,95 3.944,85 551.992,48
04
1.916,26 26.513,62 2.589,93 326.063,97 0,00 2.466,34 526,78 16.568,90 2.993,75 379.639,55
05
2.355,78 32.590,83 2.548,17 345.766,33 0,00 2.462,65 25,32 14.915,00 6.094,29 406.758,37
06
2.033,41 28.117,70 2.961,65 395.585,52 0,00 2.447,89 21,63 19.308,68 5.974,07 456.450,55
07
1.503,41 20.778,28 3.169,94 357.895,55 0,00 2.462,65 16,16 12.876,20 3.266,98 401.969,17
08
2.014,87 27.845,42 3.067,28 415.253,33 0,00 2.462,65 19,62 17.388,72 4.467,76 472.519,65
09
1.681,95 23.259,68 3.059,90 335.684,97 0,00 2.462,65 66,25 16.838,36 3.234,62 386.288,38
10
1.810,60 25.038,77 3.184,50 380.470,31 0,00 2.462,65 2.723,32 12.127,81 3.281,78 431.099,74
11
2.170,47 30.015,59 3.392,38 439.738,76 0,00 2.462,65 355,91 15.533,23 4.220,00 497.888,99
12
2.735,78 37.816,13 3.988,21 368.086,31 0,00 2.462,65 320,48 14.736,17 7.895,14 438.040,87

23.738,23 328.286,55 35.870,16 4.446.223,34 0,00 29.551,80 4.240,70 455.243,52 51.148,48 5.374.302,78



Ribeirão Bonito: Alunos da rede pública recebem uniformes da Prefeitura Municipal

PREFEITO PAULO VEIGA, EM VISITA, TOMOU SOPA AO LADO DOS ALUNOS DA "MARIA OLYMPIA", NAS MALVINAS

Marcel Rofeal, da Redação

Fila de pais na escola Maria Olympia Ramos Fabbri (Fotos: Marcel Rofeal/BP)

Ocorre durante todo o dia desta sexta-feira (14) a distribuição do kit de uniforme escolar aos alunos da rede pública municipal de ensino, em Ribeirão Bonito. A distribuição teve início às 10 horas da manhã na Escola Municipal "Profª Maria Olympia Ramos Fabbri", na Cohab Emygdio Lucato, onde pais formaram fila para receber o kit.

Kit distribuído pela Prefeitura nas unidades de ensino municipais

Durante visita a unidade escolar na manhã de hoje, o Prefeito Paulo Veiga (PPS) entregou pessoalmente o kit a algumas mães. Pouco antes, Veiga foi ao encontro das crianças, no intervalo, e se sentou ao lado delas onde, também, tomou sopa. Após a refeição, o Prefeito parabenizou as merendeiras e elogiou a qualidade da merenda servida.

Prefeito se alimentou ao lado dos alunos da Escola Maria Olympia

Voltando ao interior da escola, Paulo Veiga tomou um café enquanto conversava com algumas professoras da unidade, além da Diretora Maria Terezinha Sartorelli Manieri. Durante a conversa, o Prefeito parabenizou às profissionais e disse que, atualmente, não há mais nenhuma reclamação sobre os trabalhos na unidade.

Profissionais da educação conversando durante café com Paulo Veiga

Em seguida, o Chefe do Executivo, acompanhado do Vereador José Sebastião Baldan (PMDB), estiveram na Escola Municipal Coronel Pinto Ferraz, onde também acompanharam a distribuição dos uniformes. Na escola Manoel Liberato Mattos Negraes, no Centenário, as autoridades também presenciaram às entregas dos kits.

Vereador José Baldan (PMDB) também auxiliou na entrega dos uniformes

Ainda na Manoel Negraes, Paulo Veiga provou da merenda e elogiou novamente o trabalho da merendeira, que esteve em Brasília onde representou a classe junto ao Presidente da República. Na oportunidade, Veiga ainda brincou com a profissional, dizendo que se baixasse a qualidade na merenda, ela não iria mais à Brasília.

Mãe recebe kit das mãos do Prefeito Paulo Veiga na Escola Coronel Pinto Ferraz

Os uniformes, contendo um par de tênis, um par de papetes, dois shorts, duas camisetas, uma calça e uma jaqueta, também foram entregues nas creches municipais e nas escolas Lélia Cecília e de Guarapiranga. Mães de alunos, entrevistadas na porta da escola Maria Olympia, disseram que a distribuição facilita muito a vida das mães.

Professor Claret Guimarães também participou da distribuição no Coronel

Segundo Silvia Ferreira Batista, mãe de três alunos, os uniformes entregues pela Prefeitura são "uma dor de cabeça a menos" às mães que possuem filhos nas escolas. Para ela, o melhor ítem do kit é o agasalho. Mesma opinião de Fabiana Sanches e Maria Paixão da Silva Estrela, todas mães de alunos em escola e creche do bairro Malvinas.

Armazenamento dos uniformes na sala da diretoria da Escola Coronel

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

NOVO PISO SALARIAL: A LUTA AGORA É PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DA LEI!!

MEC divulga valor do novo piso nacional de professores em 

R$ 1.451

O Ministério da Educação divulgou na tarde desta segunda-feira (27) que o piso salarial nacional dos professores será reajustado em 22,22% e seu valor passa a ser de R$ 1.451,00 como remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão é retroativa para 1º de janeiro deste ano.
Segundo o MEC, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010.
O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

G1

LIMITE DE ALUNOS POR SALA: ALGUÉM ACREDITA??

Senado vota projeto que limita a 35 número de alunos por sala

Logo após a audiência pública que realiza às 10h desta quarta-feira (29), com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para saber os planos da pasta para os próximos anos, a Comissão de Educação, Esporte e Cultura (CE) realiza reunião para avaliar pauta de 12 itens. Entre eles está um projeto de lei do senador Humberto Costa (PT-PE) que estabelece números máximos de alunos por turma na pré-escola e no ensino fundamental e médio. Pela proposta, as turmas de pré-escola e dos dois anos iniciais do ensino fundamental terão até 25 alunos, enquanto as demais terão até 35 alunos.


A relatora, senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), apresentou voto favorável à aprovação da matéria. A decisão na CE será terminativa, terá valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, é enviado diretamente à Câmara, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a apresentação de recurso é de cinco dias úteis.
Outro projeto que será analisado, de autoria do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), cria a bolsa-artista. Ele tem voto favorável da relatora, Lídice da Mata (PSB-BA), e também será votado em caráter terminativo.
A bolsa tem como objetivo "proporcionar formação e aprimoramento de artistas amadores e profissionais em diversas áreas de atuação", nos campos das "artes literárias, musicais, cênicas, visuais e audiovisuais, em suas variedades eruditas e populares". Destina-se ao desenvolvimento das habilidades dos artistas, e não a projetos culturais específicos. Os candidatos precisam ter idade mínima de 12 anos na data da apresentação da candidatura. Os com menos de 18 anos devem estar regularmente matriculados em instituição de ensino ou já ter concluído o ensino médio.
A relatora explica que, "para se habilitar à concessão da bolsa, o candidato deve encaminhar, no ato da inscrição, um plano anual de formação ou aprimoramento no campo artístico e cultural em que atuar, contendo currículo, detalhamento das atividades a serem realizadas e os objetivos e metas a alcançar". A bolsa-artista será concedida pelo prazo de um ano.

 Estadão

UMA AULA DE DEMOCRACIA QUE VEM DAS ESCOLAS IRMÃ JUDITH E JOHN KENNEDY

EXEMPLO A SER SEGUIDO PELO(S) MUNICÍPIO(S) E DEMAIS ESCOLAS

Todos sabem como é que se dá a escolha de gestores (diretores) e coordenadores pedagógicos (supervisores) em todas as escolas públicas: indicação do chefe do poder executivo. Este tipo de escolha é questionado há bastante tempo, tanto pelo fato de ser uma afronta a democracia, base política deste país, no qual, um povo escolhe através do voto, quem deve ser seu representante, bem como pelo fato de colocar à frente de um cargo deste porte, pessoas desqualificadas, ou no mínimo, com uma formação medíocre, ao ponto de manter-lhes pronunciando, diante de seus "subordinados": pegano (ao invés de pegando), chegano, fazeno, além de não terem um bom exemplo de sua prática em sala de aula. Continuo defendendo a posição de que, tal qual os professores, os coordenadores devem passar por concurso, e os gestores, devem se submeter a eleição. Se adolescentes são responsáveis por escolher o líder de um país, porque não seriam para escolher o seu gestor educacional?Infelizmente, prevalece o QI (Quem Indica). Basta ser amigo do gestor ou do secretário, e o cargo está garantido. Fatídico.
E não me venham com essa história de que, mesmo sendo cargo-comissionado, a gestão é democrática. Isso é uma obrigação. Dever moral. Mas, uma coisa é uma coisa, outra coisa, é outra coisa.
Há diretoras que morrem de medo de ouvir as palavras ELEIÇÃO PARA DIRETOR, porque sabem que, se forem colocados "na berlinda", são reprovados por sua comunidade escolar. São ditadores e muitos, lamentavelmente, incompetentes. Isso não é lavar roupa suja, nem falar mal da categoria, apenas é não ser hipócrita, nem tapar o sol com a peneira.
Contudo, mesmo em meio a esse cenário desalentador, duas escolas tem procurado diferenciar-se dessa prática ditatorial e  politiqueira, quando diante da escolha de nomeação de seus coordenadores e vice-gestor, como foi o caso da Escola John Kennedy, que reuniu todos os funcionários e colocou em votação a escolha do coordenador do Programa Mais Educação, e na Escola Irmã Judith, além da escolha da coordenação do Mais Educação, a vice-gestão foi feita entre os professores da escola, como forma de valorização à história daquele professor com sua  comunidade escolar.

Não poderia deixar de registrar este exemplo, para que sirva de inspiração aos outros gestores, a própria secretaria de educação e ao chefe do executivo.

PARABÉNS AS DIRETORAS E VICE-GESTORAS: ADRIANA GOMES E ALEXSANDRA CARVALHO, DA ESCOLA JOHN KENNEDY E CONCEIÇÃO TENÓRIO E  WANESSA, DA ESCOLA IRMÃ JUDITH.

ESSE É O CAMINHO!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO INDÍGENA PARA A SOCIEDADE NACIONAL

Imagem: Google

"A arte milenar de educar dos povos indígenas”: garantia de alteridade

Por Sunamita Silva de Oliveira Albuquerque*

Inicialmente, é importante distinguir Educação Indígena do que é a Educação Escolar Indígena. A educação indígena refere-se aos processos de produção e socialização cotidianamente dos conhecimentos pelos próprios povos indígenas, enquanto a educação escolar indígena diz respeito aos processos de transmissão e produção de conhecimentos e aprendizagem não indígenas e indígenas por meio da escola, que é uma instituição originalmente dos povos colonizadores (LUCIANO, 2006, p. 129).
Sobreviver a ação etnocida dos colonizadores, resistir as diversas tentativas de massificação e integração a sociedade nacional, as custas da perda de algumas de suas línguas, mas não de suas culturas, demonstra não apenas a força de vários povos, que “teimam” em manter-se vivos, mas também, sua organização e autonomia das ações pedagógicas, ou seja, ensinamentos que foram e continuam sendo repassados de geração em geração, garantindo a manutenção de um modo de vida que lhes é peculiar.
A ação pedagógica tradicional integra sobretudo três círculos relacionados entre si: a língua, a economia e o parentesco. São os círculos de toda cultura integrada. De todos eles, porém, a língua é o mais amplo e complexo. O modo como se vive esse sistema de relações caracteriza cada um dos povos indígenas. O modo como se transmite para seus membros, especialmente para os mais jovens, isso é a ação pedagógica. Conforme nos explica Melià (1999),
Os povos indígenas sustentaram sua alteridade graças a estratégias próprias, das quais uma foi precisamente a ação pedagógica. Em outros termos, continua havendo nesses povos uma educação indígena que permite que o modo de ser e a cultura venham a se reproduzir nas novas gerações, mas também que essas sociedades encarem com relativo sucesso situações novas.
A comunidade indígena, tanto como povo quanto como aldeia, tem uma racionalidade operante que temos que saber descobrir para que as novas ações pedagógicas possam praticá-la. A esse respeito afirmou Melià (1999, p.16):
Por diversos motivos a educação indígena teve momentos de excessivo acanhamento, quase sem coragem para reclamar sua autonomia e seus direitos. A educação indígena não é a mão estendida à espera de uma esmola. É a mão cheia que oferece às nossas sociedades uma alteridade e uma diferença, que nós já perdemos. O ava haicha é uma fonte de inspiração, não uma simples condescendência para povos minoritários. A alteridade indígena como fruto da ação pedagógica não só manterá sua diferença, mas também poderá contribuir para que haja um mundo mais humano de pessoas livres na sua alteridade.(grifos nossos).


De acordo com a pesquisadora Fúlvia Rosemberg (2005, in CCLF), “é durante os primeiros anos de vida que as crianças absorvem os componentes básicos de sua família/comunidade, como: língua materna, visão de mundo, religião, valores, lealdades, afetos, vínculos familiares – o que torna a Educação Infantil uma opção, e não uma obrigação, da família”.
Sobre a possibilidade de implementação da educação infantil, cogita-se um possível comprometimento na aquisição de alteridade da criança indígena, diante da qual, Tassinari (2000, p. ) apresenta este questionamento:
Caso a criança indígena não tenha totalmente desenvolvido e assimilado seu pertencimento sócio identitário, como estará apta para transitar entre fronteiras e participar deste intenso e dinâmico processo de negociação entre culturas distintas?
Longe de termos resposta para estas questões, ainda nos deparamos com diversos outros questionamentos advindos das inquietações e dúvidas apresentadas pelos povos indígenas do Brasil, quanto à implementação da Educação Infantil nas escolas indígenas. Ampliando o debate e trazendo mais reflexões, a pesquisadora Fúlvia Rosemberg (2005, in CCLF) provoca:
Onde situamos os interesses das crianças indígenas no debate sobre educação infantil? Quais são os interesses/necessidades das crianças pequenas indígenas em termos de educação e cuidado? Coincidem com os da comunidade? Coincidem com os das crianças não indígenas vivendo em famílias e sociedades não indígenas?
Algumas distinções entre o “educar” da sociedade envolvente e a educação indígena ampliam nossos questionamentos, no que concerne as maneiras encontradas para se repassar um ensinamento e os valores atrelados a ele. Em um relato da professora Eliane Gonçalves de Lima, uma índia Terena, percebemos nitidamente algumas destas disparidades. A professora afirma que “a educação indígena não concebe dentro das reservas: filhos ou filhas abandonados, adolescentes grávidas sem constituir família, a punição geralmente é feita oralmente”. Ela prossegue afirmando que:
O respeito aos mais velhos se estende de casa para a escola, onde o(a) professor(a) indígenas, possui o papel de organizar e dialogar com os saberes tradicionais e os conhecimentos universais, não se observando nenhum tipo de punição na educação das crianças [...] Podemos exemplificar a maneira como os adultos dedicam seu tempo para a criança indígena, pois não existe pressa para terminar as atividades e os adultos sempre estão dispostos a repetir o que se está ensinando, por muitas e muitas vezes, até mesmo por que todas as atividades que devem ser aprendidas possuem uma aplicabilidade na vida diária: o cuidado com a criação, pegar a galinha para uma refeição, colher milho, debulhar, separar a palha, descascar mandioca, arrancar mandioca, são atividades que se aprende brincando diariamente. (LIMA, E.G. ,2008)

De acordo com Fernandes (1989, citado por Melià, p. 12), “numa sociedade tradicionalista, sagrada, fechada, o foco da educação deriva, material, estrutural e dinamicamente, das tendências de perpetuação da ordem social estabelecida”. O autor prossegue sua atribuição afirmando que a educação: “(...) não visa preparar o homem para a “experiência nova”; mas prepará-lo para “conformar-se aos outros”, sem perder a capacidade de realizar-se como pessoa e de ser útil à coletividade como um todo”.
Ainda segundo Melià (1979, p. 13) a educação indígena é ensinar e aprender cultura, durante toda a vida e em todos os aspectos. A análise do sistema educativo de um povo indígena vem a confundir-se com o estudo total da sua cultura. De acordo com Schaden (1976, citado por Melià, 1979), “para compreender o processo educativo numa tribo qualquer, seria necessário a rigor, conhecer a fundo o sistema sociocultural a que ela corresponde”.
A educação indígena é difícil de analisar principalmente porque não é parcelada. Descrever a educação indígena no Brasil seria quase descrever o dia -a- dia de todas as aldeias, de todas as comunidades indígenas, que simplesmente vivendo, estão se educando. (IDEM, 1979. p. 18)
Um ponto em comum encontrado em diversos relatos de como se processa a Educação Indígena é, a ausência de castigos físicos no processo de ensino-aprendizagem das crianças indígenas. Sobre isso, uma mãe Guarani Kaiowá nos instrui dizendo que “a criança começa a andar, a falar e é aconselhada sem violência. Ela aprende por imitação: a respeitar os mais velhos, o sagrado, relacionado muito com a natureza. A idade mínima para ingressar na escola seria oito anos. Separar muito cedo da família... Toda aprendizagem da família não vai preservar: danças, rezas... Para a criança ser feliz: ter liberdade e participar de todos os eventos indígenas porque em todos esses momentos estão sendo vistos pelo Pai Nhanderu”.
Um sentimento que inquieta diversos professores, preocupados com os rumos que tem tomado a educação em nosso país, foram traduzidos pela pesquisadora Mirian Lange Noal, em 1996, quando pesquisava entre os povos Guarani-Kaiowá (MS), acerca da forma como conduzem a educação de suas crianças. Ela justifica informando que:
A pesquisa nasceu de uma inquietação, construída em mais de trinta anos de magistério, sobre a possibilidade de uma educação fundamentada no respeito, que garanta autonomia às crianças pequenas. Será possível cuidar e educar essas crianças sem impor, sem vigiar, sem castigar? Nessa busca, convivendo com comunidades indígenas, percebi uma pedagogia que há muito tempo buscava, uma pedagogia que educa, cuida e protege sem reprimir, proibir, agredir.
Suas constatações foram de que “os adultos indígenas, em geral, não agem com ansiedade ou nervosismo, mas, do seu jeito, observam as crianças pequenas, de uma forma bem mais atenta do que possa parecer ao primeiro olhar, mesmo sem interferir no que fazem. Essa atitude permite que as crianças sintam-se livres e soltas embora cuidadas e protegidas” (NOAL, 1996).
Este não é um registro isolado acerca dos aspectos diferenciados presentes na educação indígena, encontrando na pesquisa de Nunes (1999, citada por Lopes, 2002), o respaldo que procurávamos. Durante sua estadia entre os A'uwẽ-Xavante, do Mato Grosso, suas observações destacaram a liberdade que as crianças experimentam em seu dia a dia, levando-nos a realizar um confronto com as ideias das quais compartilhamos. Ela observa que
No debate que se tem empreendido quanto ao espaço social da infância nas sociedades europeias, em sua inter-relação com os adultos, são frequentes a referencias à exclusão e separação da primeira do mundo dos segundos. Fala-se também, da infância como o momento da vida em que mais existe um constante e abrangente controle por parte dos adultos, num rol de proibições e limites sobre os quais as crianças raramente são chamadas a opinar.
A pesquisadora enfatiza ainda que “esse crescente grau de especialização ao qual os adultos recorrem para resolver as questões da infância (e adolescência), paradoxalmente, parece não ter acarretado uma melhoria à vida das crianças (e adolescentes) uma vez que há mais indicadores de desajustes do que ajuste destes à sociedade envolvente [...] As observações realizadas nas sociedades indígenas brasileiras, de modo unânime, apontam na direção oposta [...] (NUNES, 1999, p.71).
Não seria exagero de nossa parte ratificar a existência de um grande legado das sociedades anágrafas para com a elaboração e contextualização dos métodos educacionais almejados por pais e educadores de como educar as crianças.

A educação tradicional indígena tem dado certo. As pessoas se sentem completas quando percebem que a completude só é possível num contexto social, coletivo. Cada fase porque passa um indígena – desde a mais tenra idade – alimenta um olhar para o todo, pois o conhecimento que aprendem e vivem é um saber holístico que não se desdobra em mil especialidades, mas compreende o humano como uma unidade integrada a um Todo maior e Único. Olhar os povos indígenas brasileiros a partir de uma visão rasa de produção, de consumo, de riqueza e pobreza é, no mínimo, esvaziar os sentidos que buscam para si. (MUNDURUKU, 2009)

Munduruku (2009) faz ainda uma referencia a este tipo de educação classificando-a como a arte milenar dos povos indígenas, onde, de acordo com ele a educação tradicional entre os povos indígenas se preocupa com a tríplice necessidade humana: do corpo, da mente e do espírito. “É uma preocupação que entende o corpo como algo prenhe de necessidades para poder se manter vivo”, ele afirma. E prossegue:
Esta visão de educação é sustentada pela ideia de que cada ser humano precisa viver intensamente seu momento. A criança indígena é, então, provocada para ser radicalmente criança. Não se pergunta nunca a ela o que pretende ser quando crescer. Ela sabe que nada será se não viver plenamente seu ser infantil. Nada será por que já é. Não precisará esperar crescer para ser alguém. Para ela é apresentado o desafio de viver plenamente seu ser infantil para que depois, quando estiver vivendo outra fase da vida, não se sinta vazia de infância. A ela são oferecidas atividades educativas para que aprenda enquanto brinca e brinque enquanto aprende num processo contínuo que irá fazê-la perceber que tudo faz parte de uma grande teia que se une ao infinito. (IDEM, 2009).
Quanto a educação indígena, a linguista Maher (1991, citada por Scandiuzzi, 2009) por exemplo, preferiu não discuti-la, considerando que “dificilmente poderíamos compreendê-la”, tudo isso sem pensar que eles sejam 'bons selvagens'”. A linguista justifica explicando que a educação indígena “vem permeada de mitos e ritos, além de ser uma educação que dá certo”. Ela defende ainda ser esta “uma educação que deixa as futuras gerações hospitaleiras, que continuam com o dom da reciprocidade, uma educação que os torna cidadãos do mundo ao qual eles pertencem.
_____________________________
 * Sunamita Silva de Oliveira Albuquerque, Pedagoga, pós-graduanda em Psicopedagogia pela FACOL, cursando o 4º Período de Licenciatura em História pela UFRPE/UAB. Educadora há 10 anos em escolas públicas. Indigenista por opção.
Artigo integrante da Monografia: EDUCAÇÃO INDÍGENA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA INFANTIL XUKURU DO ORORUBÁ (PESQUEIRA/POÇÃO-PE) elaborada para obtenção do título de Pedagoga, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Gravatá/PE, 22/10/2011

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