"Acreditando na magia que existe na educação! Buscando ser a mudança que quero ver no mundo"!
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quinta-feira, 26 de março de 2009

RELIGIÃO E EDUCAÇÃO EM XEQUE!

ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, EM GRAVATÁ, REACENDE A DISCUSSÃO SOBRE VALORES, ÉTICA, EDUCAÇÃO E FÉ.

Recentemente, assisti a um filme nacional que traduz, com perfeição meu sentimento neste momento: "Você, quanto vale? Ou é por quilo"?

O dia 26 de março de 2009, certamente ficará marcado, senão nos anais da história, mas com certeza, em minha mente, bem como neste registro que passo a fazer agora. A referida data foi escolhida para a realização da eleição do novo Conselho Municipal de Educação, realizado na Escola Municipal Amenayde Farias, das 9:00 horas da manhã até as 19:00 horas. Ausentei-me apenas por 01 hora, durante o almoço.
A princípio, cabe-me registrar que, desta vez, a eleição pode ser realizada plenamente, diferente do que aconteceu em 2006, quando a mesma foi anulada pelo então promotor Dr. Fernando Tenório, por falta de quorum, dentre outras inconstitucionalidades. Neste ano, houve participação popular e, alguns seguimentos foram bem representados, outros, porém, continuam menosprezando suas participações e espaço no Conselho, como é o caso de algumas escolas privadas, que só enviaram 05 (cinco) representantes para participar da eleição, na qual a escolha ocorreu de forma consensual. Os presentes elegeram o conselheiro, neste caso, a conselheira, a supervisora do município e diretora da Escola Centelha Divina como sua representante.
Uma questão que preciso levantar aqui trata da votação para escolha do representante dos servidores da educação. Dois fatos merecem destaque e reflexão, ocorridos durante o pleito.
Alguns servidores apropriaram-se de mais de uma cédula de votação, com intuito claro de manipular o resultado da eleição. Pude presenciar junto com outro colega que, alguns mais “ousados” tentavam preencher até 05 (cinco) cédulas de votação. Um servidor teve a discrepância de, na nossa frente, entrar na fila duas vezes para votar, quando foi repreendido.
Outra cena que não vou esquecer tão cedo foi o de um outro servidor lamentando não ter conseguido executar o plano com sucesso, e “encabrunhado”, comentava com outro: ”... nós devíamos ter feito assim...” (e mudou a conversa com a minha chegada, se afastando em seguida)!
Em meio a balbúrdia senti como se estivesse por alguns segundos fora de mim e, com a nítida sensação de já ter visto uma cena parecida com essa em algum lugar. Seria mera coincidência? Estaria eu impressionando-me à toa?
Aos que me conhecem, sabem que não me impressiono com coisas tolas, bem como não acredito em coincidências! Trata-se de uma postura sóbria que optei em manter em minha vida, tanto profissional quanto pessoal.
É digno de registro também o fato de não haver uma ATA DE FREQUENCIA para registrar quantos e quais eleitores participaram do pleito. Desta forma, não podemos afirmar nem negar se houve alguma manipulação de resultados. Não sabemos quantas pessoas, exatamente participaram deste evento.
O que me deixou chocada (ainda fico, não tem jeito), foi presenciar estas atitudes mesquinhas, medíocres, por parte de pessoas que, se apresentam na sociedade como cristãos, além de serem servidores da educação, práticas estas que se supõe evocar para as boas maneiras, para o respeito, para os bons costumes, enfim, para uma postura digna.
O que pensar de atitudes descaradas como estas? De que forma, estes servidores estão atuando, influenciando as novas gerações com uma postura tão incoerente com os discursos que apresentam diante da sociedade?
Embora tenha ocorrido fatos estapafúrdios como os que relatei, deixo meus aplausos aos alunos Damião e Natália da Escola Gravatá, pela consciência e firmeza. Parabéns! Precisamos de outros como vocês! Ao parabenizá-los, registro também o belíssimo trabalho que vem fazendo o Prof. Nadjaelson à frente desta escola.
No mais, presto meus pêsames aos que andam na contramão do processo de evolução da democracia plena, da consciência, do exercício da cidadania, do crescimento da educação, e digo-lhes que, da mesma forma que a natureza selecionou as espécies mais fortes para seguir no processo da evolução, a dignidade humana tratará de extirpar qualquer tipo de câncer que tentar esbarrar este avanço, descartando a presença dos coniventes e omissos. No mundo não há lugar para covardes! Aliás, bem disse Maquiavel: “... a mediocridade é a melhor escolha ...o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e, deixam o mal acontecer”!


Assim caminha a humanidade... eis os eleitos:


Representante do Poder Executivo Municipal
Titular: Sra. Ana Patrícia /Suplente: Sra. Ana Miranda

Representante do Poder Legislativo
Titular: Vereadora Ana Maria (suplência não informada)

Representante de pais de alunos
Titular: Sra. Alice /Suplente: Sr. Cosme (garçom)

Representante dos dirigentes de escolas públicas estaduais
Titular: Sr. João Batista /Suplente: Sr. Edson Francisco

Representante da sociedade civil organizada
Titular: Josenildo Sales /Suplente: Irmã Terezinha

Representante dos servidores públicos municipais
Titular: Prof. Ronaldo Assis /Suplente: Profª. Sunamita Oliveira

Representante das Escolas Privadas
Titular: Profª. Maria José (Maia) /Suplente: Profª. Ana Paula

Representante dos Grêmios Estudantis
Titular: Damião/ Suplente: Natália

Representante dos Conselhos Escolares
Titular: Joseilda /Suplente: Profª. Rejane Magaly

Representante dos diretores municipais
Titular: Rosana Carvalho /Suplente: Elineide Maria

Um comentário:

PÓLIS EDUCACIONAL disse...

"É minha cara, eu mudei, minha cara!
Mas por dentro eu não mudo..."

Num mundo tão tomado de inversão de valores éticos, morais, religiosos, políticos e ideolígicos, infelizmente não podemos nos consternar com as discrepâncias (pra não dizer Safadeza mesmo)que os nossos semelhantes são capazes de fazer.

O homem é o mesmo em qualquer lugar do planeta, em qualquer circunstâncias ou ocorrências. Ele é fruto de sua própria improvidência. Se uns agem com má fé em eleições mais circunscritas e específicas, é porque os exemplos mais aberrantes estão pressionando ou impressionado os que só pensam no seu prórpio interesse.

Tais seres "humanos" são desprovidos de qualquer valor moral ou espiritual. Há quem fure a fila; há quem não socorra um idoso no trânsito; há quem compre prova de vestibular; há quem venda carteira de habilitação; há quem compre votos; há quem queira votar duas vezes em uma simples eleição municipal; há quem falsifique cédulas de Real... Há gente pra tudo!

E de quem é a culpa?
E pra onde vamos correr?
Muito fácil jogar a culpa em outrem.
Muito fácil fazer de conta que o problema não é meu, não é seu...

Não a violência era o lema de Gandhi.
Não a discrimição era lema de Martin L. King.

Qual seria o lema de nós professores, formadores de opinião?

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