Alimentos orgânicos para as crianças na escola
Você já sabe que uma alimentação saudável é fundamental para seu filho. Mas, você sabia que essa busca já chegou também às escolas brasileiras? Em Palmeira (PR), Jundiaí (SP) e Pelotas (RS), entre outras cidades, as crianças recebem merenda 100% orgânica, com alimentos comprados ou produzidos na horta do colégio.
A tendência é que outros municípios, cada vez mais, sigam o exemplo. Em São Paulo, a lei nº 14.249, de 08 de dezembro de 2006, criou o Programa de Merenda Escolar Ecológica. Este projeto prevê a inserção de alimentos produzidos, de preferência, no município e de acordo com normas orgânicas em escolas da rede municipal de ensino. Nem todas as instituições participam do projeto, mas o objetivo é que, gradativamente, todas ofereçam legumes, frutas e verduras produzidos de maneira ecológica. Outra iniciativa, de alcance nacional, é o projeto de lei (PL nº 2877/2008), ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, que privilegia alimentos vindos da agricultura familiar, também cultivados de forma mais ecológica.
A merenda orgânica, assim como as hortas, são cada vez mais freqüentes nas instituições de ensino. Além de terem uma alimentação mais saudável, seus filhos aprendem a respeitar a natureza.
Simone Tinti e Thais Lazzeri(Revista Crescer)
Enquanto isso em Gravatá...
Indiferente a esta tendência pedagógica e ao clamor do planeta por ações efetivas de educação que ajudem a conscientizar as pessoas acerca da urgência de preservar o meio ambiente, Gravatá anda na contramão do resto do país.
Em 2000 foi criado na Escola Antônio Borges, zona rural de Gravatá, uma horta escolar orgânica, que cultivava dentre outros alimentos, alface, rúcula, rabanete, couve, beterraba e cenoura, e que tinha como objetivo geral despertar nas crianças que eram atendidas pelo projeto, noções de cuidados com a natureza, além de criar hábitos alimentares mais saudáveis.
Contrariando todas as expectativas negativas, o projeto atendia aos pré-requisitos didáticos mais rigorosos, uma vez que todas as culturas alimentares enriqueciam o vocabulário das crianças, ajudando-as na leitura e na escrita e numa formação humana mais holística.
Em 2004, o projeto chegou ao fim, por falta de apoio da prefeitura municipal de Gravatá. O executivo se negou a contratar uma pessoa para ajudar nos cuidados com a horta, o que custaria aos cofres da prefeitura, míseros R$ 300,00, na época. Esta negativa partiu de um REI MAL COROADO...
Diante da grandiosidade da mudança proporcionada na vida daquelas crianças, o que representavam 300 reais? Seria um gasto? Um custo fútil? NÃO!!! Trezentos reais não iriam onerar em nada o orçamento da prefeitura municipal de Gravatá, contudo, foi a “desculpa” suficiente para encobertar o total descaso com a educação, com a valorização profissional, e com o futuro do planeta. Acredite: ações irresponsáveis e impensadas produzidas aqui são sentidas no resto do mundo, não importa se a pequeno ou longo prazo.
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