Por MARIA THERESA SANTOS DE LUNA
O Ministério de Educação, ainda não encontrou uma forma positiva de virar esta página da Educação. Com sugestões como a inclusão da Escola Ativa, busca-se sanar os malefícios ocasionados com essa forma de educar.
E será que educa, realmente?
É preocupante constatar que um dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, ainda se esbarra com essa realidade. Um tipo de ensino, em que temos a certeza que alguém sempre sairá perdendo, pois a diversidade de níveis que se concentra em uma só sala de aula, compromete a regência de qualquer educador preocupado com o desenvolvimento de conhecimento e intelectual de seu alunado. São pequenas salas de aula, com alunos de 5,7,10 e até 14 anos, de séries onde o currículo é totalmente diferente, agrupados sob a orientação de apenas um educador.
Consegue-se educar?
Sem condições, muitas vezes sem recursos, o professor é subjulgado dentro de sua amplitude profissional, tendo que construir mecanismos didáticos para promover, não só o desenvolvimento de seus planejamentos educacionais, mas principalmente uma forma de dosar o aproveitamento de seus docentes. São planejamentos que exigem uma máxima, na concentração, pois são construídos dentro de uma pluralidade de níveis curriculares, que tende a forçar o educador a estabelecer uma equalização e nivelação das produções de conhecimento, para que os alunos não desconstruam o conhecimento adquirido.
Como auxiliar nossos discentes nesse processo de ensino?
A melhor forma de se alcançar uma positividade dentro dessa dura realidade é seguir o exemplo do mestre Paulo Freire, que educava dentro das mais complexas, e diversas realidades. É sabido que, muitas vezes, embaixo de uma jaqueira, o mestre Paulo Freire, sem recurso algum, munia-se de um graveto e com esse, expressava no solo, seus ensinamentos, ofertando para seus discentes o valioso néctar do SABER. Seus alunos, tinham a oportunidade, rara naquela época, de expressar suas opiniões e dividir seu conhecimento prévio com os demais colegas. Dentro da visão freiriana de ensino, a troca de informações, oportuniza um link com o conhecimento a ser adquirido.
Para Paulo Freire o diálogo é o elemento chave onde o professor e aluno sejam sujeitos atuantes. E assim, o que resta a nós preocupados com a evolução da educação, é buscarmos em grandes educadores meios de educar no deserto!
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