"Acreditando na magia que existe na educação! Buscando ser a mudança que quero ver no mundo"!
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segunda-feira, 30 de março de 2009

VAMOS MUDAR A HISTÓRIA!!!

Por onde começar?


Apresentamos aqui duas sugestões de atividades que o(a) professor(a) poderá copiar para realizar com os alunos. Por se tratar de uma atividade lúdica, o interesse das crianças aumenta. A partir do caça-palavras, o professor poderá questionar qual o conhecimento dos alunos acerca do índio nos dias de hoje. Este momento é revelador, pois as crianças costumam falar de forma espontânea. É importante o(a) educador(a) ler a respeito do assunto para responder a alguns questionamentos que devem surgir. Tentaremos em breve, disponibilizar uma cópia do DVD Índios no Brasil produzido pela TV Escola, para quem não dispõe desse material na escola que trabalha.



Esta tirinha também é uma excelente atividade para iniciar uma discussão com os alunos acerca do índio brasileiro nos dias de hoje!



A partir deste texto, você poderá realizar uma atividade de interpretação e compreensão de texto, além de poder desafiar os alunos a continuarem esta história.
Um bom site para consulta é o: htpp://www.indiosonline.org.br
além do blog: htpp://www.merciogomes.blogspot.com

E então, guerreiras e guerreiros, mãos à obra!!

REMISSÃO, AO MENOS DA EDUCAÇÃO

Os índios e as missões salvacionistas!





O tema é polêmico, confesso, mas, em meio a tantas atrocidades e injustiças, a educação precisa assumir de vez seu papel de agente de transformação, conscientização, formação e, começar a contar a história deste país pelo ponto de vista certo – o dos índios, que, talvez por não terem sua cultura tão difundida quanto a judaica, por exemplo, não conseguem sensibilização a despeito das inúmeras chacinas sofridas, tal qual o holocausto.
Precisamos parar de “brincar de índio” e ensinar nossas crianças a respeitarem nosso passado, presente e futuro.


Desde 1500 passamos a conhecer inúmeros seres humanos dotados de boa vontade, que, desfazendo-se de suas mordomias, embrearam-se dentro de matas, com intuito de salvar as diversas almas desgarradas do aprisco do Senhor Jesus.
Seria cômico, se não fosse trágico o trabalho que essas missões vêm realizando no meio de nossos indígenas. Tal qual os jesuítas (só que estes estavam no século XV, pois não?), eles provocam uma verdadeira chacina cultural, condicionando os índios a crer no inferno, na existência do pecado, e outras “cositas mas”.
É vergonhosa a maneira com que o governo (des)trata o assunto, fechando os olhos tanto para os santos católicos quanto para os salvos protestantes.
Tanto os salvacionistas brasileiros, quanto estrangeiros, têm entrada livre em todo território indígena nacional, como é o caso da JOCUM (Jovens com uma missão), que tenta criar uma imagem negativa, carregada de preconceito, estereotipada a respeito de algumas práticas culturais. O mais curioso é que, tal qual a lei da escravatura, depois de “libertarem” os índios, estas missões os deixam a mercê de madeireiros, posseiros, garimpeiros, fazendeiros, arrozeiros, etc. e tal.
Pergunto-me todos os dias, por que a JOCUM, por exemplo, não procura salvar seus jovens americanos, assassinos e suicidas, que quase mensalmente consomem nossos noticiários com seus feitos psicóticos?
Por que os católicos não resolvem seus próprios problemas, como os inúmeros abusos de padres pedófilos, dentre milhares de outros, que prefiro me abster, não por medo da repercussão, mas pela azia que me causa. Já não basta-lhes a “SANTA INQUISIÇÃO”?
Aos puritanos e beatos de plantão que citam de boca cheia o versículo “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15)”, tenho apenas duas coisas a dizer: 1ª- prestem atenção nos outros mais de três mil versículos das escrituras sagradas; 2ª - dentre os outros versículos encontrarão também: “Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio Senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme; porque poderoso é Deus para o firmar. (Romanos 14:4)”, e busquem aplacar este espírito assolador da cultura alheia. Já que não consideram os argumentos apresentados quanto às questões culturais, utilizem ao menos este “consolo”. Os índios não precisam de vossos conceitos e preconceitos. Eles já têm problemas demais.
Aos que sentem-se afrontados, questionando quem possa ser esta criatura que se atreve falar estas verdades, tranqüilizo-os dizendo que não estou precisando ser salva, pois já estou. Pasmem!! Sou cristã, atuante, estudiosa, há 33 anos, só não sou estúpida, muito menos hipócrita. Não tenho a menor intenção de direcionar nenhuma ofensa pessoal a religioso algum, todavia, conheço de muito perto a história das igrejas católicas e evangélicas deste país ( e do mundo), e posso afirmar, sem medo de errar, que existem muitas coisas, de fato relevantes, que precisam ser feitas por estas instituições.
Sigam de fato os ensinamentos de Jesus Cristo: CUIDAI DOS ÓRFÃOS, DAS VIÚVAS (Tiago 1:27), DAI DE COMER A QUEM TEM FOME E DE BEBER A QUEM TEM SEDE. E mais: VENDAM TUDO O QUE TEM E DÊEM AOS POBRES ( I Timóteo 6: 10). Está é uma ótima sugestão para o Vaticano e cia. Ltda. Salvem a África! Salvem os menos favorecidos! Vocês devem ao menos ter lido os evangelhos! "Não ajunteis tesouro na terra..."– “é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no céu (Marcos 10:25)”. Já que estão preocupados em povoar o céu com as almas nativas, comecem garantindo seus próprios lugares!
E no mais, algumas vítimas de genocídios já conseguiram sensibilizar a humanidade, por conta das atrocidades por eles sofridas, como é o caso do povo judeu, que têm a seu favor os registros de um livro mundialmente difundido: A Bíblia Sagrada.
Mas, e os índios? Quem virá a favor deles? Estou certa de que o melhor Messias que almejam é o reconhecimento por parte do mundo de que eles sempre existiram sem precisar de nenhuma outra ideologia e/ou filosofia, senão, a que eles próprios propagam. Eles esperam e precisam tão somente do salvador chamado RESPEITO!!!
Quanto a nós, educadores, precisamos acreditar que a educação é a maior ferramenta de transformação do homem. Único instrumento com capacidade de provocar mudanças comportamentais, ideológicas.
Precisamos tomar as rédias do conhecimento e, recontarmos a história de nosso país, exaltando de fato aqueles que banharam com seu próprio sangue estas terras, para que hoje, engatinhássemos rumo à maturidade democrática – “...portanto dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo: a quem imposto, imposto: a quem temor, temor: a quem honra, honra (Romanos 13:7)”.

Bíblia Sagrada (Tradução Abraão de Almeida)

sábado, 28 de março de 2009

DIA DO ÍNDIO. DO ÍNDIO?

O que continuamos ensinando aos nossos alunos sobre o índio brasileiro?



Com a proximidade do dia 19 de abril, quando em todas as escolas brasileiras faz-se menção acerca da existência de alguns povos, chamados, graças a Colombo, de índios, surgem diversas interrogações de como este tema está sendo tratado em nossas salas de aula.

Na turma do 5º ano (antiga 4ª série) da Escola Municipal John Kennedy (é esse mesmo o nome da escola), muitos questionamentos foram feitos pelos alunos quando começamos a tratar deste assunto, em virtude de estarmos trabalhando em forma de projeto.

Além de ressuscitarmos aquele velho conteúdo acerca da presença dos nativos neste país, muito antes da chegada dos portugueses e outros colonizadores, levamos para a sala questões atuais sobre os indígenas, reportadas pelos jornais do país, como por exemplo, o caso da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, além de informações relevantes sobre questões indígenas obtidas através da internet – BLOG: http://www.merciogomes.blogspot.com/ entre outros.
Após a leitura da reportagem e das demais informações obtidas, abrimos o leque de discussões, anotando as dúvidas e os questionamentos feitos pelos alunos.

Como não poderia deixar de ser (infelizmente, diga-se, de passagem), as crianças repetiram diversas colocações que escutaram durante seu pequeno percurso acadêmico. A imagem que é retratada, por exemplo, na utópica música de Xuxa “... pego meu arco e flecha, minha canoa e vou pescar, vamos fazer fogueira, comer do fruto que a terra dá...” (se eu continuar cantando infarto!).

A imagem de que o índio é um “ser” que habita as matas (quase como o Curupira), que vive nu, que come gafanhotos e cobras, que não sabe ler e escrever e que vive no paraíso, ainda adoça o imaginário infantil.
Estamos em pleno século XXI, e boa parte dos profissionais da educação, não sei se por ignorância ou covardia, continuam ensinando a seus discípulos (este termo está sendo usado propositadamente), a história do descobrimento na ótica dos portugueses, quando não, sob a conveniência da globalização, do multiculturalismo, em sua tradução pejorativa.

Nosso trabalho ainda está em sua fase embrionária. O projeto está previsto para seguir até o mês de junho, fechando o ciclo acerca dos “Saberes e Sabores do Brasil”, coletado na sua essência mais pura, mais verdadeira.

O ser humano atingiu quase o ápice da sensiblidade quanto ao trato com animais, tanto que mereceu uma citação honrosa aos desprotegidos seres da natureza:" Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo de um animal, e nesse dia, todo crime cometido contra um animal, será um crime contra a humanidade". Nada mais justo, não concordam? Mas, e quanto aos nossos pares humanos, os índios? Será que ainda perdura a imagem de 1500, quando estes eram mencionados, sob ataques de bugreiros, que ao deferirem golpes de facão sobre indefesas criaturas, diziam "... estrebucham parecendo gente..."??? Se uma imagem vale mais que mil palavras, analisem com sobriedade esta foto que correu o mundo, dos sobreviventes que tentam se manter vivos no meio da floresta amazônica, são os índios (graças a Deus!) isolados.



Este blog irá divulgar todas as etapas do projeto, inclusive com fotos, devidamente autorizadas pelos pais dos alunos. Queremos compartilhar nossas impressões, aprendizado, descobertas e crescimento, e convocar os educadores que estão dispostos a corrigir estas atrocidades acadêmicas. Forneceremos endereços, títulos de livros, sugestões de atividades, com desenhos, tirinhas, reportagens, enfim, todo material utilizado nesta fascinante viagem ao mundo do conhecimento.
Aqui em Gravatá, três guerreiras estão inovando, ousando, no trabalho de apresentação da história do Brasil e, em particular, do estado de Pernambuco, com especial sensibilidade aos assuntos relacionados aos índios. As educadoras são: Ana Marta, Madalena e, esta que vos escreve, todas da Escola (!!!) John Kennedy(!!).
Se outros professores também realizam uma prática diferenciada ao tratar da colonização e dos nossos irmãos índios, compartilhem suas idéias! Estamos abertos para novas experiências.
E, embora não seja brasileiro, temos que concordar que Albert Einstein tinha razão: “Uma mente que se abre a novas idéias, jamais voltará a seu tamanho original”.

quinta-feira, 26 de março de 2009

RELIGIÃO E EDUCAÇÃO EM XEQUE!

ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, EM GRAVATÁ, REACENDE A DISCUSSÃO SOBRE VALORES, ÉTICA, EDUCAÇÃO E FÉ.

Recentemente, assisti a um filme nacional que traduz, com perfeição meu sentimento neste momento: "Você, quanto vale? Ou é por quilo"?

O dia 26 de março de 2009, certamente ficará marcado, senão nos anais da história, mas com certeza, em minha mente, bem como neste registro que passo a fazer agora. A referida data foi escolhida para a realização da eleição do novo Conselho Municipal de Educação, realizado na Escola Municipal Amenayde Farias, das 9:00 horas da manhã até as 19:00 horas. Ausentei-me apenas por 01 hora, durante o almoço.
A princípio, cabe-me registrar que, desta vez, a eleição pode ser realizada plenamente, diferente do que aconteceu em 2006, quando a mesma foi anulada pelo então promotor Dr. Fernando Tenório, por falta de quorum, dentre outras inconstitucionalidades. Neste ano, houve participação popular e, alguns seguimentos foram bem representados, outros, porém, continuam menosprezando suas participações e espaço no Conselho, como é o caso de algumas escolas privadas, que só enviaram 05 (cinco) representantes para participar da eleição, na qual a escolha ocorreu de forma consensual. Os presentes elegeram o conselheiro, neste caso, a conselheira, a supervisora do município e diretora da Escola Centelha Divina como sua representante.
Uma questão que preciso levantar aqui trata da votação para escolha do representante dos servidores da educação. Dois fatos merecem destaque e reflexão, ocorridos durante o pleito.
Alguns servidores apropriaram-se de mais de uma cédula de votação, com intuito claro de manipular o resultado da eleição. Pude presenciar junto com outro colega que, alguns mais “ousados” tentavam preencher até 05 (cinco) cédulas de votação. Um servidor teve a discrepância de, na nossa frente, entrar na fila duas vezes para votar, quando foi repreendido.
Outra cena que não vou esquecer tão cedo foi o de um outro servidor lamentando não ter conseguido executar o plano com sucesso, e “encabrunhado”, comentava com outro: ”... nós devíamos ter feito assim...” (e mudou a conversa com a minha chegada, se afastando em seguida)!
Em meio a balbúrdia senti como se estivesse por alguns segundos fora de mim e, com a nítida sensação de já ter visto uma cena parecida com essa em algum lugar. Seria mera coincidência? Estaria eu impressionando-me à toa?
Aos que me conhecem, sabem que não me impressiono com coisas tolas, bem como não acredito em coincidências! Trata-se de uma postura sóbria que optei em manter em minha vida, tanto profissional quanto pessoal.
É digno de registro também o fato de não haver uma ATA DE FREQUENCIA para registrar quantos e quais eleitores participaram do pleito. Desta forma, não podemos afirmar nem negar se houve alguma manipulação de resultados. Não sabemos quantas pessoas, exatamente participaram deste evento.
O que me deixou chocada (ainda fico, não tem jeito), foi presenciar estas atitudes mesquinhas, medíocres, por parte de pessoas que, se apresentam na sociedade como cristãos, além de serem servidores da educação, práticas estas que se supõe evocar para as boas maneiras, para o respeito, para os bons costumes, enfim, para uma postura digna.
O que pensar de atitudes descaradas como estas? De que forma, estes servidores estão atuando, influenciando as novas gerações com uma postura tão incoerente com os discursos que apresentam diante da sociedade?
Embora tenha ocorrido fatos estapafúrdios como os que relatei, deixo meus aplausos aos alunos Damião e Natália da Escola Gravatá, pela consciência e firmeza. Parabéns! Precisamos de outros como vocês! Ao parabenizá-los, registro também o belíssimo trabalho que vem fazendo o Prof. Nadjaelson à frente desta escola.
No mais, presto meus pêsames aos que andam na contramão do processo de evolução da democracia plena, da consciência, do exercício da cidadania, do crescimento da educação, e digo-lhes que, da mesma forma que a natureza selecionou as espécies mais fortes para seguir no processo da evolução, a dignidade humana tratará de extirpar qualquer tipo de câncer que tentar esbarrar este avanço, descartando a presença dos coniventes e omissos. No mundo não há lugar para covardes! Aliás, bem disse Maquiavel: “... a mediocridade é a melhor escolha ...o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e, deixam o mal acontecer”!


Assim caminha a humanidade... eis os eleitos:


Representante do Poder Executivo Municipal
Titular: Sra. Ana Patrícia /Suplente: Sra. Ana Miranda

Representante do Poder Legislativo
Titular: Vereadora Ana Maria (suplência não informada)

Representante de pais de alunos
Titular: Sra. Alice /Suplente: Sr. Cosme (garçom)

Representante dos dirigentes de escolas públicas estaduais
Titular: Sr. João Batista /Suplente: Sr. Edson Francisco

Representante da sociedade civil organizada
Titular: Josenildo Sales /Suplente: Irmã Terezinha

Representante dos servidores públicos municipais
Titular: Prof. Ronaldo Assis /Suplente: Profª. Sunamita Oliveira

Representante das Escolas Privadas
Titular: Profª. Maria José (Maia) /Suplente: Profª. Ana Paula

Representante dos Grêmios Estudantis
Titular: Damião/ Suplente: Natália

Representante dos Conselhos Escolares
Titular: Joseilda /Suplente: Profª. Rejane Magaly

Representante dos diretores municipais
Titular: Rosana Carvalho /Suplente: Elineide Maria

quarta-feira, 25 de março de 2009

"Off , by, by, John Kennedy!"



O escritor paraibano Ariano Suassuna, 82 anos, declarou, há algum tempo, no seminário "Brasília Capital do Debate", sua aversão ao uso do estrangeirismo no Português. Ao ser questionado por um dos participantes sobre a possibilidade de dar uma "aula-show", respondeu sem titubear: "aula-show, não. Aula-espetáculo. Para mim 'xou' é aquela interjeição para espantar galinha".
Os mais afoitos devem estar pensando que se pretende acabar de vez com o uso do inglês de qualquer forma. Em hipótese nenhuma se está levantando essa bandeira. Até porque o mundo globalizado nos impede de radical atitude – estamos falando de radicalismos semânticos, não de guerras anglo-americanas. O que se quer é restabelecer o uso pleno de nosso idioma no cotidiano. Nada de comerciais e propagandas com termos em outro idioma!
"Faz-se uso de estrangeirismos sem necessidade; e isso é tolice. Quando andamos na ruas, vemos a ignorância da lojas em apelar para palavras em inglês com o intuito de conquistar clientes. Isto espelha a falta de criatividade e genialidade que, somadas com a pobreza de vocabulário e de espírito dos empresários, vão desvalorizando a Língua Portuguesa. Definitivamente, língua é a condutora e a protetora de um povo"( JÚNIOR, A.P.M).

Discussão sobre estrangeirismo deve acontecer na escola. Mas, que respaldo tem uma instituição para defender seu idioma e o valor cultural de nossa língua se, ela própria exalta os estrangeirismos, como acontece com a Escola Municipal chamada John Kennedy?

Ao aportarmos no século XXI, o que vemos é um cenário crítico em que o Português perde cada vez mais espaço no nosso cotidiano. Com incentivo ou não da mídia, e com essa desapropriação de alguns setores da educação, a verdade é que daqui a algum tempo o nosso idioma corre o risco de ser apenas uma vaga lembrança, assim como hoje são alguns dos dialetos que originaram o Português. Será que em breve estaremos cantando um single, ao invés do Hino Nacional? Vixe!!!

Referências:
Giselle AndradeJornalista e aluna do 3º período de Letras – Português/Inglês – Campus Méier

Fontes:
Internet
Site da assessoria de imprensa da Universidade de Brasília:(
http://www.unb.br/acs/acsweb/noticiasdaunb/faroeste_caboclo.htm)
Adaptação: Sunamita Oliveira

segunda-feira, 23 de março de 2009

John Kennedy??? OXE!!!!


O que devemos ao ex-presidente John Kennedy?

É público e notório (especialmente, nos EUA), a impressão que o povo ainda guarda do ex-presidente John Kennedy, assassinado em 22 de novembro de 1963. Para os americanos, John Fitzgerald Kennedy representava uma nova era de esperança, paz e prosperidade. A sedução que exerceu sobre os americanos devia-se à sua capacidade de estimular seus ouvintes, em aumentar a confiança no país e a esperança no futuro. Como um democrata, Kennedy levava uma mensagem de respeito aos direitos civis e sociais.
John Fitzgerald Kennedy representava uma nova era de esperança, paz e prosperidade. A sedução que exerceu sobre os americanos devia-se à sua capacidade de estimular seus ouvintes, em aumentar a confiança no país e a esperança no futuro. Como um democrata, Kennedy levava uma mensagem de respeito aos direitos civis e sociais.
Kennedy nasceu no Estado de Massachusetts, um dos maiores redutos do Partido Democrata dos Estados Unidos, em 1917. Após sua formatura em Harvard em 1940, ele entrou para a Marinha. Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial seu torpedeiro foi afundado por um destróier japonês e Kennedy, ferido, conduziu os sobreviventes até um local seguro. Após voltar da guerra, ele se tornou um congressista democrata pela região de Boston, avançando em 1953 para o Senado. Enquanto se recuperava de uma cirurgia nas costas em 1955, ele escreveu "Profiles in Courage", que conquistou o Prêmio Pulitzer em história. Em 1960, surpreendendo o meio político norte-americano, o jovem senador conquistou a indicação democrata para a presidência da república. Naquele ano, todos consideravam uma barbada a eleição do vice-presidente republicano Richard Nixon.
Mas a mensagem de otimismo de Kennedy, aliada à sua competência nos debates presidenciais (que foram transmitidos ao vivo pela primeira vez) contribuíram para uma virada espetacular e sua vitória. Kennedy se tornou o primeiro presidente americano católico.
O encanto destinado ao presidente Kennedy foi transferido hoje para o ex-senador africano, hoje, novo presidente dos EUA.
A admiração, o encanto e devoção a estes homens que destacaram-se na política de seus país, é totalmente compreensível, para os americanos. É mais do que justo que haja homenagens diversas a estes dois grandes nomes da história política americana.
Mas, e aqui no Brasil, em Gravatá, especialmente, o que fez John Kennedy para receber nossa devoção? Qual a justificativa, para termos na cidade, uma escola com o nome de John Kennedy?Ao que me consta, a história relata que "...no dia 30 de junho de 1962, o presidente americano John Kennedy, o embaixador americano no Brasil Lincoln Gordon, além de Richard Goodwin, assessor graduado do presidente americano, tiveram uma conversa de 28 minutos no Salão Oval da Casa Branca. Conversaram sobre os primeiros passos do movimento militar que, um ano e nove meses depois, derrubaria o presidente brasileiro João Goulart, o Jango. Discutiram uma ajuda de US$ 8 milhões para os oposicionistas de Goulart e também o apoio ou não ao golpe militar. A transcrição da conversa gravada sairá no livro "John F. Kennedy, As grandes crises", coordenado pelo professor Timothy Naftali, da Universidade da Virginia.(...)Pela transcrição fica claro que Kennedy deu um sinal verde para a conspiração(...) Existem elementos importantes nesta transcrição. Sempre se soube que a CIA havia organizado uma operação clandestina para ajudar a oposição na campanha de 62-a gravação indica que essa decisão teve respaldo do próprio Kennedy..." Com a renúncia de Jânio, impediram Goulart de tomar posse. A solução foi o parlamentarismo com Tancredo de 1º Ministro. Em 62 houve o plebiscito para que o parlamentarismo fosse extinto, dando-se plenos poderes ao Presidente João Goulart. Apesar da campanha clandestina da CIA, venceu a vontade popular e João Goulart voltou a ser presidente com plenos poderes. Em 64 veio o Golpe Militar, estabelecendo a ditadura. Navios norte-americanos estavam nas redondezas no dia do golpe. Se houvesse reação popular ao golpe entrariam em ação.

Isso é a História! Estes são os fatos!

Aliado a esses fatos, some-se o sentimento patriótico de querer valorizar nossos heróis, tal qual fazem os americanos, os quais, diga-se de passagem, são ETNOCÊNTRICOS.
Um país que tem em seus pilares nomes como: Darcy Ribeiro, Ariano Suassuna, Gilberto Freyre, Josué de Castro, Juscelino Kubitschek , Orlando Villas Boas, Marechal Rondon, Machado de Assis, Rui Barbosa, Graciliano Ramos, e tantos outros nomes, que honraram a história deste país, exaltaram esta nação, trabalharam, em distintas áreas, pelo bem deste povo.
Não tivemos honra por parte do ex-presidente americano. Não se justifica nomear uma escola, no agreste pernambucano com o nome dele. Isso fere a honra dos nossos verdadeiros heróis! Isso constitui perda de identidade cultural! É antipatriótico!

A Bíblia relata em um dos ensinamentos de Jesus Cristo: “ A quem honra, honra!”

Vamos mudar esta página de nossa história! Um novo nome para a provisória escola da Rua do Norte, nº 500.


Viva O Brasil! Viva nossos verdadeiros heróis!

domingo, 22 de março de 2009

Retrospectiva: Escola Pública já foi notícia!

No dia 30 maio de 2003, o Jornal Viva Gravatá visitou a Escola Antônio Borges, localizada na zona rural de Gravatá - sítio Cotunguba - para conhecer e, divulgar um projeto sobre alimentação orgânica e alternativa, desenvolvido com crianças da Educação Infantil.
Um registro respeitoso de um trabalho feito com paixão e seriedade, cujo principal objetivo era o de dar mais dignidade as crianças da zona rural gravataense.
Conheça um pouco mais o que foi registrado pelo jornalista Claúdio Castanha.


" No Brasil, grande parcela da população come pouco emal. A carência nutricional decorrente desse fato tem como principal causa a pobreza. de fato, há uma relação direta entre salário e estado nutricional. A desigualdade de distribuição de renda observada em nosso país faz com que as famílias de menor renda per capita sejam as mais atingidas pelos distúrbios nutricionais.

No nordeste brasileiro, este problema ganha proporções ainda maiores, agravadas pela seca e por políticas pouco eficazes de combate a pobreza.

Diante de um cenário tão crítico, qual deve ser o a papel de nossas escolas? Se por um lado, alguns afirmam que não é dever da escola acabar com o problema da fome, há de se convir ao menos, que cabe-lhe o dever de matar a fome do dia, de maneira eficaz, uma vez que o aluno mal alimentado não corresponde a nenhuma metodologia, por mais inovadora que seja.

Alunos que têm alimentação e hábitos de vida saudáveis aprendem melhor e evitam a obesidade infantil, coença que tem preocupado médicos e educadores.

Por mais antagônico que pareça ser, a obesidade tem aumentado seus índices de forma alarmante entre crianças de baixa renda. Mesmo aquelas que só fazem uma refeição por dia, estão se tornando adultos obesos."

Adaptado pela professora Sunamita Oliveira


Era uma vez... um sonho...

Atual terreno onde antes havia uma Horta Escolar Orgânica - Cotunguba



Era uma vez uma professora que acreditava que o ensino público poderia ser tão bom quanto o das escolas particulares, e certo dia, procurou colocar em prática um projeto que havia elaborado havia algum tempo – criar uma horta orgânica ao lado da escola em que trabalhava, para através dela, desenvolver uma consciência ecologicamente correta nos alunos, bem como mudar seus hábitos alimentares, garantindo-lhes qualidade de vida.
Não bastasse a astúcia de tal idéia ( na visão dos outros), havia ainda outro obstáculo a ser superado, tomando como base os pilares da educação: PLANTAR HORTALIÇAS EM UM SOLO SALINO, com água salobra.
Com ajuda da comunidade e cooperação de algumas pessoas que compunham o poder político de seu país, naquela época, a professora, em pouco tempo, transformou uma paisagem desoladora, dessas típicas da caatinga, em uma visão inspiradora, em algo verdadeiro e promissor, como acreditava ela, a educação deveria ser.
As palmas (plantas típicas da caatinga, que alimentam o gado) foram substituídas por ALFACE, BETERRABA, CENOURA, RÚCULA, BROCÓLIS, MILHO, BERINJELA, COUVE, RABANETE, COENTRO, etc., que enriqueciam a merenda dos alunos, como também beneficiava os pais que ajudavam na manutenção da horta.
Esse trabalho proporcionou cenas inusitadas, como por exemplo, crianças de 3 anos comendo rabanete na salada, e mudanças de comportamento consideráveis, especialmente se partirmos do princípio de que crianças têm a fama de não gostar de verduras e hortaliças. Durante 3 anos, a qualidade de vida dos alunos, no que concerne à alimentação e ao rendimento escolar, melhorou, assim como, o envolvimento de seus familiares.
As mães recebiam treinamento, orientação de como usar e preparar os alimentos de forma integral (utilizando cascas, talos, folhas, etc.), e os alunos por sua vez traduziam o que todos já ouviram falar: “Quem vai para a escola tem fome de aprender, desde que não tenha fome de fato...”
Um trabalho que tinha tudo para ser expandido, esbarrou na arrogância de “um rei mal coroado, que não queria o amor em seu reinado, pois sabia que não iria ser amado...”
A professora continua tendo sonhos! E aos que assistiram sem esboçar reação alguma (ao menos de indignação), ela segue parodiando a ironia feita por Maquiavel “a mediocridade e o anonimato são a melhor escolha... o mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer”!

Ser diferente é normal!

No Brasil, uma em cada mil crianças nasce com Síndrome de Down. Com o apoio e o incentivo da família e maior expectativa de vida, portadores têm uma rotina normal: estudam, trabalham, namoram e casam.

Antigamente não havia exames que antecipassem para a família que teriam um filho com síndrome de Down. Também não havia estudos que mostrassem o quanto essas pessoas podem se desenvolver. Assim, se o bebê nascia com a síndrome, em geral, o caso era relatado pelo médico como uma tragédia, e os pais tinham poucas fontes para se informar sobre como agir com a criança.
Até a expectativa de vida de portadores da síndrome era tida como reduzida. Na década de 80, uma pessoa com Down não vivia mais de 30 anos. Hoje, ela vive até os 70. "Com tratamento desde bebê, além da exigência da família em relação aos profissionais de saúde e de educação, foi possível não só prolongar a expectativa como dar qualidade de vida a essas pessoas", diz o médico Zan Mustacchi, autor de livros sobre doenças congênitas e diretor do Centro de Pesquisas Clínicas de São Paulo (Cepec-SP).
Não se sabe ao certo o número de portadores da síndrome no Brasil, mas de acordo com o censo do IBGE de 2000, passam dos 300 mil. Segundo a entidade francesa Fundação Jérome Lejetine, um dos centros de estudos mais avançados do mundo sobre o tema, cerca de 400 mil pessoas nascem todos os anos com a síndrome na Europa.
A síndrome de Down foi descoberta em 1866, pelo médico inglês John Down. Ela é causada por um acidente genético durante a divisão celular, quando o feto está em formação.
Além da deficiência intelectual, os portadores têm problemas fonoaudiológicos, de visão, os músculos mais fracos, e podem nascer com problemas cardíacos, entre outras doenças. A síndrome de Down não é considerada doença pelos especialistas e, portanto, não há como falar em cura.


Fonte: Folha Universal - nº 862 - De 12 a 18 de outubro de 2008

Muito prazer, eu existo!


Guilherme Oliveira - 05 anos. Meu filho!

sábado, 21 de março de 2009

Merenda Orgânica - uma luta pela dignidade e bem-estar de nossas crianças!


Alimentos orgânicos para as crianças na escola






Você já sabe que uma alimentação saudável é fundamental para seu filho. Mas, você sabia que essa busca já chegou também às escolas brasileiras? Em Palmeira (PR), Jundiaí (SP) e Pelotas (RS), entre outras cidades, as crianças recebem merenda 100% orgânica, com alimentos comprados ou produzidos na horta do colégio.
A tendência é que outros municípios, cada vez mais, sigam o exemplo. Em São Paulo, a lei nº 14.249, de 08 de dezembro de 2006, criou o Programa de Merenda Escolar Ecológica. Este projeto prevê a inserção de alimentos produzidos, de preferência, no município e de acordo com normas orgânicas em escolas da rede municipal de ensino. Nem todas as instituições participam do projeto, mas o objetivo é que, gradativamente, todas ofereçam legumes, frutas e verduras produzidos de maneira ecológica. Outra iniciativa, de alcance nacional, é o projeto de lei (PL nº 2877/2008), ainda em tramitação na Câmara dos Deputados, que privilegia alimentos vindos da agricultura familiar, também cultivados de forma mais ecológica.
A merenda orgânica, assim como as hortas, são cada vez mais freqüentes nas instituições de ensino. Além de terem uma alimentação mais saudável, seus filhos aprendem a respeitar a natureza.




Simone Tinti e Thais Lazzeri(Revista Crescer)



Enquanto isso em Gravatá...
Indiferente a esta tendência pedagógica e ao clamor do planeta por ações efetivas de educação que ajudem a conscientizar as pessoas acerca da urgência de preservar o meio ambiente, Gravatá anda na contramão do resto do país.
Em 2000 foi criado na Escola Antônio Borges, zona rural de Gravatá, uma horta escolar orgânica, que cultivava dentre outros alimentos, alface, rúcula, rabanete, couve, beterraba e cenoura, e que tinha como objetivo geral despertar nas crianças que eram atendidas pelo projeto, noções de cuidados com a natureza, além de criar hábitos alimentares mais saudáveis.
Contrariando todas as expectativas negativas, o projeto atendia aos pré-requisitos didáticos mais rigorosos, uma vez que todas as culturas alimentares enriqueciam o vocabulário das crianças, ajudando-as na leitura e na escrita e numa formação humana mais holística.
Em 2004, o projeto chegou ao fim, por falta de apoio da prefeitura municipal de Gravatá. O executivo se negou a contratar uma pessoa para ajudar nos cuidados com a horta, o que custaria aos cofres da prefeitura, míseros R$ 300,00, na época. Esta negativa partiu de um REI MAL COROADO...
Diante da grandiosidade da mudança proporcionada na vida daquelas crianças, o que representavam 300 reais? Seria um gasto? Um custo fútil? NÃO!!! Trezentos reais não iriam onerar em nada o orçamento da prefeitura municipal de Gravatá, contudo, foi a “desculpa” suficiente para encobertar o total descaso com a educação, com a valorização profissional, e com o futuro do planeta. Acredite: ações irresponsáveis e impensadas produzidas aqui são sentidas no resto do mundo, não importa se a pequeno ou longo prazo.

Projeto Saber e Sabor - os saberes e sabores do Brasil

Desde que iniciei minha carreira no magistério, optei por trabalhar com projetos, vislumbrando a dinâmica das aulas e o produto final, elaborado ao fim dos trabalhos, que tem, dentre outros objetivos, fazer uma éspecie de prestação de contas do conteúdo estudado. Neste ano, iniciamos com uma proposta que tem me dado muito prazer em vivenciar, dando sequência a uma prática e conteúdo que acredito serem a saída tanto para diversos percalços na educação, quanto para a convivência harmônica de todos os seres. Compartilho com vocês algumas propostas.



(Escola Antônio Borges - Cotunguba - 2003)



Projeto Pedagógico: Saber e Sabor (os saberes e sabores do Brasil)



Educadora: Sunamita Silva de Oliveira Albuquerque
Escola Municipal John Kennedy
Turma: 4ª série “C”
Duração: 06 meses (fevereiro a junho de 2009)


Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos subsídios para que melhorem sua qualidade de vida, a partir da preservação do meio ambiente, desde a tomada de ações simples, como não jogar lixo no chão, a produzir menos resíduos, bem como, mudar hábitos alimentares com risco iminente à saúde e ao seu desenvolvimento cognitivo e intelectual.

Objetivos específicos:
*Proporcionar ações efetivas de preservação e conservação do meio ambiente, como alternativa para nossa própria sobrevivência.
*Realizar o replantio de parte da mata ciliar do rio Ipojuca, no perímetro próximo a escola.
*Reivindicar alimentação mais saudável e nutritiva para as crianças, através dos Programas de reeducação alimentar e Merenda Orgânica.
*Criação de hortas escolares orgânicas, seguindo as novas tendências pedagógicas.
*Resgate da cultura do meio rural, com a permanência do homem no campo.
*Valorização da produção regional.
*Combate a obesidade, uma das maiores pragas do século XXI.
*Demonstrar que é possível o consumo variado de alimentos, de acordo com o poder aquisitivo de cada um.
*Combate ao desperdício.
*Redução do consumo de alimentos gordurosos e pouco nutritivos.
*Conhecer os riscos da má alimentação e do sedentarismo.
*Conhecer os fatores históricos da obesidade no Brasil e no mundo.
*Conhecer os problemas causados pela fome e má distribuição de renda.
*Identificar os efeitos do consumismo e a influência da mídia sobre nossas ações.
*Conhecer os valores nutricionais dos alimentos.
*Aprender a utilizar o alimento integralmente.
*Reconhecer o princípio da alimentação saudável: Quanto mais colorido o prato, mais saudável.


Conteúdos contemplados interdisciplinarmente:


Ø Língua Portuguesa: Gêneros textuais (reportagens, músicas, receitas, artigos, livros didáticos, etc.), compreensão e interpretação de texto, gramática, ortografia.


Ø Matemática: As quatro operações, medidas convencionais (peso, comprimento, etc.), sistema monetário brasileiro, juros simples.


Ø Ciências: O meio ambiente como um organismo interligado ao homem; fauna e flora; a água (abundância, escassez); poluição; queimadas e derrubadas; a mata atlântica; as matas ciliares; os rios do Brasil e da região nordeste (PE); a produção agrícola; os problemas do campo; os agrotóxicos; monocultura; agricultura familiar e orgânica; a subnutrição; a obesidade; os nutrientes; funcionamento do corpo humano; qualidade de vida.


Ø Educação ambiental: promoção de ações educativas, como: evitar o desperdício de água, não jogar lixo no chão, produzir menos resíduos, adotar uma árvore, etc.


Ø História: As diferentes culturas e sua relação com o meio ambiente e com os alimentos – exemplos: no Brasil, os nativos (Fulni-ôs, Pankararus, etc.) e no mundo: Japão, China, Israel, Portugal, África.


Ø Geografia: Vegetação brasileira e pernambucana; clima; relevo; divisão política e suas peculiaridades; impactos ambientais devido às ações do homem – mudança nas paisagens; espécies nativas de plantas de cada região - agreste, brejo, sertão, em nossa cidade.


Ø Artes: Artistas contemporâneos e modernistas que retrataram a mudança do biotipo brasileiro (releitura).


Ø Educação física: prática de um esporte para melhorar o condicionamento físico e a qualidade de vida (basquete, corda, capoeira).


Ø Inglês: Canções e artistas que transformaram seu amor ao país, ao mundo ou a causas sociais em composições. As redes de fest-foods americanas.

Justificativa:

Quando pensamos em abordar o assunto “alimentação” na escola, a primeira idéia que nos vêm à mente é a que diz respeito aos professores de ciências e biologia e que o principal (ou único) enfoque deve ser a entre os nutrientes e o nosso organismo. Na realidade, a alimentação tem um contexto mais amplo, em nosso cotidiano, em nosso contexto de vida e no processo histórico no qual tomamos parte.
Alimentação é o primeiro degrau constitutivo da dignidade humana. Direito elementar e sagrado. Sem comer adequadamente, nenhuma pessoa é capaz de produzir, de sonhar direitos mais elevados, de se desenvolver. Sem alimentar seu povo nenhuma nação se põe de pé. Só se forma como pátria nos direitos elementares e estimula o desenvolvimento coletivo e inclusivo (ANANIAS, 2008).
A cultura de um povo pode ser entendida como sua identidade coletiva. Ela se traduz na forma como as pessoas vivem, interagem e entendem a vida: no jeito de vestir, de dançar, na música, nas artes, na maneira de criar os filhos, nas crenças e religiões e também na forma de se alimentar.
Nossa alimentação (o que e quando comemos, como preparamos) é uma manifestação importante da nossa cultura. Os alimentos comuns e os pratos escolhidos para os momentos de festa, assim como as receitas que vão passando de geração para geração, contam muito da história e das raízes de um povo.
Em nosso país, os hábitos alimentares são muito diferentes em cada região, nas áreas urbanas e rurais, nas grandes e pequenas cidades. Tão importante quanto incentivar nossos alunos a conhecerem os hábitos e costumes alimentares de cada região do país é valorizar a identidade nacional, que tem como marca registrada a mistura de diversas etnias e culturas, cada uma delas trazendo sua contribuição: índios, africanos, asiáticos e europeus (portugueses, espanhóis, italianos, alemães, entre outros).
Mas a cultura de um povo nunca está finalizada. Ao contrário, está sempre se modificando como fruto da integração entre história, raízes e aquisição de novos hábitos, costumes e idéias. Em um mundo globalizado, a mídia (televisão, rádio, jornais e revistas) veicula mensagens que estimulam o consumo de determinados produtos e as redes de comércio oferecem os mesmos alimentos nas mais diferentes realidades, ultrapassando fronteiras regionais, nacionais e até continentais, tornando cada vez mais padronizada a alimentação de pessoas que vivem em contextos amplamente distintos.
A questão alimentar também está diretamente relacionada com os impactos ambientais e a degradação da natureza, uma vez que, mesmo as pessoas com baixo poder aquisitivo precisam comer diariamente e o número de habitantes no planeta continua crescendo, a produção de alimentos torna-se um negócio promissor, gerando lucro para as grandes empresas, que derrubam matas para aumentar suas produções, poluem cada vez mais o solo a e água para controlar as pragas provenientes da monocultura executada por elas.


As transformações que realizamos na natureza têm impacto direto ou indireto sobre todas as formas de vida existentes e, particularmente, sobre as condições de saúde e a qualidade de vida das pessoas.
O movimento ambiental, que cresceu e consolidou-se nas últimas décadas, ampliou a consciência para essas questões e está levando as pessoas reconhecerem que “estamos usando nossa capacidade de transformar o ambiente de modo a torná-lo insustentável para as gerações futuras. Não podemos transformar, sem limites, a natureza. Somos muitos, os recursos da Terra são finitos, e a nossa tecnologia causa forte impacto no ambiente: polui o ar e a água, altera o solo, destrói florestas e outros ambientes naturais, transforma a atmosfera, modifica o clima. Não é mais possível explorar ilimitadamente os elementos da natureza a causar tantos impactos ambientais”. (CARVALHO, 2000).
Um marco importante nesse movimento foi a realização da Conferencia do Rio de Janeiro, patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, e conhecida como ECO 92. Essa reunião contou com a participação da maioria dos países do mundo e resultou na produção de um documento assinado por mais de 170 países – a Agenda 21. (ONU, 1992).
A Agenda 21 inclui um programa de ações criado com a intensa participação da sociedade e voltado para um desenvolvimento sustentável: que atenda as necessidades do presente sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras. Estabelece compromissos para a ação dos países e dos governos, reconhecendo a autonomia e responsabilidade de todos e de cada um, pela formulação e implementação dessas propostas, de acordo com a realidade local. Neste sentido, ela é um instrumento para o planejamento da ação ambiental em cada país, estado ou município, e envolve um processo contínuo de ação da sociedade, pois somente assim estaremos caminhando rumo a um desenvolvimento eficiente e duradouro.
Estamos vivendo o início da consolidação da educação ambiental nos sistemas de ensino, impulsionada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais – que estabelecem a Educação Ambiental como tema transversal do currículo.
A educação ambiental é um instrumento de formação de uma nova consciência através do conhecimento e da reflexão sobre a realidade ambiental. Busca o desenvolvimento de atitudes e condutas que favoreçam o exercício da cidadania, a preservação do ambiente e a promoção da saúde e do bem-estar.
Valorizando a idéia de que é possível construir um mundo no qual o ser humano aprenda a conviver com seu habitat numa relação harmônica e equilibrada, atenção à questão ambiental precisa estar presente em todas as atividades realizadas. É necessário, portanto, promover propostas educativas que venham propiciar a reflexão, o debate e a transformação das pessoas e das instituições.


Metodologia e recursos:

Aulas expositivas, com informações obtidas através de livros didáticos, pesquisa na internet, artigos de revistas e jornais.
Filmes alusivos ao tema, bem como canções do mesmo gênero.
Aulas em power-point;
Intercâmbio escolar;
Excursões pedagógicas – visitas a: Agricultura Monocultura, engenho de açúcar e usina de álcool; visita a São Severino (Agricultura Orgânica); visita a uma Tribo indígena.
Aulas de campo: visita a restaurantes temáticos – japonês, chinês, português, africano e brasileiro (capixaba, nordestino).
Parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do município e ONGS.
Produtos finais:
* Mostra Cultural -pratos elaborados com as receitas do Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil, com suas origens.

* Livro de receitas: Os Saberes e Sabores do Brasil (receitas classificadas por regiões).

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