"Acreditando na magia que existe na educação! Buscando ser a mudança que quero ver no mundo"!
CONTATOS: sunamitamagalialbuquerque@hotmail.com /sunamitanativaoliveira@gmail.com

quinta-feira, 5 de maio de 2011

REVISTA BRASILEIROS DE RAIZ DESTACA TRABALHO DE PROFESSORA GRAVATAENSE SOBRE TEMÁTICA INDÍGENA


TRABALHO REALIZADO PELA PROFESSORA SUNAMITA OLIVEIRA DESDE 2009 NA ESCOLA MUNICIPAL JOHN KENNEDY, ABORDANDO A TEMÁTICA INDÍGENA EM SALA DE AULA DURANTE TODO O ANO( LEI 11.645/08), GANHA DESTAQUE EM REVISTA DE BRASÍLIA-DF


Para a Profª Sunamita Oliveira, a temática indígena vai além da obrigatoriedade da Lei 11.645/08. Estudar e ensinar sobre os povos indígenas é acima de tudo, uma grande possibilidade de aprendizagem e descobertas, desmistificando a imagem estereotipada que existe sobre os índios brasileiros, povos originários deste país.

As aulas são ministradas com textos produzidos por antropólogos e pesquisadores comprometidos com a questão indígena. Os artesanatos apresentados, são originalmente adquiridos pela professora com os vários povos, com os quais ela mantêm contato, dentre eles: Guarani Mbyá, Avá Guarani, Xukuru do Ororubá, Fulni-ô, Kaingang, Kuikuro, Munduruku, Baniwa, Makaxali dentre outros. 

A professora ensina sempre as crianças, mostrando imagens atuais, vindas dos  próprios índios, e tem o cuidado de esclarecer que, não é o uso de penas  na cabeça que torna um índio, índio, muito menos  a ausência destas que o faz deixar de ser índio. O contexto é muito maior, e estudar estas questões em sua amplitude é o diferencial das aulas da professora.

Desde 2009, quando começou a se aprofundar na temática indígena, a professora buscou obter informações reais, longe dos mitos e romantismo tão propagados nas escolas, que insistem em pintar o rosto dos alunos com dois tracinhos de tinta guache, coloca papel em forma de penas em suas cabeças e os instiga a dar gritinhos de guerra, que mais os aproxima de pessoas com distúrbios psicológicos do que os índios!! Puro folclore!

A maioria das pessoas (infelizmente, também professores) ainda desconhece a História tendo o índio como protagonista. Recontam ano após ano, de forma alienante, a versão da história, pela ótica dos exploradores.

Em pleno século XXI, não é mais aceitável, do ponto de vista ético e moral, esse tipo de procedimento. É preciso recontar nossa história. Reconhecer nossa identidade e todos os valores contidos nela, especialmente, graças aos povos originários - os índios.

A Revista Brasileiros de Raiz brilhantemente, corrige essa falha de anos e anos da educação quanto a abordagem sobre a temática indígena, e dar voz aos povos indígenas do Brasil. E, para quem pensa que índio não tem o que dizer, desafio-os a adquirir a revista na Livraria Cultura e surpreender-se com todos os ensinamentos e histórias destes guerreiros, que resistem à 510 anos, com alteridade e bravura.

A revista é leitura obrigatória para quem quer obter conhecimento sobre a questão, para evitar heresias como escutei uma professora mencionar uma vez: "Só tem índios lá no Xingu"(!!) Credo!

Aproveitamos para agradecer a jornalista brasiliense Málcia Afonso pela credibilidade e paciência ao entrevistar os alunos, (e a professora!) e por possibilitar que compartilhássemos com todas as pessoas, brasileiros ou não, nossa rica experiência com o estudo sobre os povos indígenas do Nordeste, em especial, os Xukuru do Ororubá, que nos "adotaram" com muito carinho.

Agradecemos também ao Prof. Dr. Edson Hely Silva (UFPE) por todo apoio com textos, indicações e aconselhamentos!

As ex-diretoras Denise Batista e Margarida, por todo apoio durante a realização desta atividade, e as atuais Adriana e Alexsandra por continuarem possibilitando nossa "viagem" às nossas raízes!!

Lembrando que esta é a segunda revista, de veiculação nacional que destaca o trabalho da professora. A primeira revista foi a Fusão Cultural, em abril de 2010. 

Atualmente, além de se empenhar na organização da Semana dos Povos Indígenas, que deverá ocorrer em agosto, a professora Sunamita está debruçada em sua pesquisa sobre a Educação Escolar Infantil Xukuru do Ororubá, tema de sua monografia, a ser apresentada no dia 06 de agosto.

NAS PRÓXIMAS AULAS, VAMOS AO XINGU, AO AMAZONAS, AO PARÁ, AO MARANHÃO, AO PARANÁ, AO MATO GROSSO DO SUL, AS ALAGOAS... VAMOS CONHECER OS ÍNDIOS DO BRASIL!!!

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O email enviado pela jornalista Málcia Afonso:


"Profª Sulamita, sou jornalista, moro em Brasília e estou escrevendo uma reportagem sobre a Lei 11.645, para a Revista Brasileiros de Raiz (especializada nas questões indígenas, cujo lançamento será daqui a um mês).
Para tanto, gostaria de mostrar o trabalho de uma escola que tivesse a cultura indígena realmente como conteúdo permanente. Pesquisando na internet, encontrei o blog da Escola Municipal John Kennedy e o seu blog. No momento, preciso fazer a matéria por telefone. Para tanto, gostaria de saber qual o seu contato telefônico, melhores horários para eu telefonar, bem como o telefone e os horários da escola.
Vou "abrir meu coração" para a senhora. Logo no começo, pensei que não haveria dificuldade em encontrar uma escola com um bom projeto no âmbito da cultura indígena aqui no Distrito Federal, a título de ilustrar a matéria. Sabemos que a lei caminha a passos de tartaruga, pelas mais diversas razões, mas queremos mostrar que há luz no fim do túnel, por meio de trabalhos como o de sua escola.
Infelizmente, depois de uma verdadeira peregrinação, na qual contatei a Secretaria de Educação, diversas escolas públicas, diversas escolas particulares, descobri que todo mundo está fazendo como diz a música do Pepeu Gomes e da Baby Consuelo (atual Baby do Brasil): "todo dia era dia de índio, mas agora ele só tem o dia 19 de abril". O pior é que este é o quadro Brasil no que se refere à Lei 11.645.
Então, parti para o plano B - procurar na internet uma escola com um bom projeto, fora do DF. Fiquei encantada com o blog da sua escola. Achei o projeto da cultura indígena muito, muito bom, mesmo. E olha que cubro educação há um bom tempo, embora a questão indígena tenha
entrado em minha vida há pouco.
Adorei a "sacação" de fazer a semana indígena em maio no ano de 2010. Ainda não sei se em 2011 isto irá se repetir, mas a ideia é boa mesmo. As fotos estão lindas. Os textos objetivos. Enfim, gostaria de ilustrar minha matéria com o trabalho dos senhores.
Sobre a revista, como eu disse, a matéria fará parte do número de lançamento. A revista tem caráter nacional e será distribuída para uma série de ONGs e outras instituições públicas e privadas. Os entrevistados receberão um exemplar. Trata-se de uma iniciativa inédita, pois, no momento, não há nenhum veículo de mídia impressa especializado nas questões indígenas.
     Desde já, agradeço a atenção.

Ass. jornalista Málcia Afonso, DRT
7625/90/RS, Brasília-DF, Revista Brasileiros de Raiz


__________________________
P.S:
Confiram reportagem sobre este trabalho no Blog da Escola Municipal John Kennedy
http://escolamunicipaljohnkennedy.blogspot.com

4 comentários:

Edízio Santos disse...

Parabéns! querida aluna quando fazemos algo com amor e dedicação sempre dá certo.Te admiro muito Beijos do profº Edízio Santos

Unknown disse...

Meu querido Professor Edízio! Seu exemplo é minha inspiração para mim. Obrigada pelo carinho e pelos ensinamentos!
Bjs

Sunamita Oliveira

Unknown disse...

Daniel Munduruku


Para Sunamita Oliveira
De: Daniel Munduruku (dmunduruku@gmail.com)

Enviada: quinta-feira, 5 de maio de 2011 9:24:59

Para: Sunamita Oliveira (sunamitamagalialbuquerque@hotmail.com)

Parabéns, professora, por este reconhecimento.
Há alguns indígenas que estão trabalhando - a nível de doutorado - a execuçao da lei. Vou indicar a eles a leitura.
Quanto aos livros, diga quais quer receber primeiro e aí a gente vai conversando.
Abraço
Daniel

Fagner Santiago disse...

Sunamita,

Parabéns pelo reconhecimento do seu trabalho. Precisamos de mais pessoas que busquem dar o verdadeiro valor a cultura e a história desse povo, que sofreu e ainda sofre a opressão e os desmandos de quem se acha superior em seu modo de vida, e esquece que nem sempre o que é bom para um, não necessariamente é o melhor para o outro.

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