O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

O título acima foi dado a um filme hollywodiano, que conta história de personagens que sobreviveram a uma catástrofe natural, com foco na cidade de Nova York, com a data de 28 de maio de 2004.

Por aqui, estamos tentando sobreviver a um desastre não menos catastrófico politico, ocorrido no dia 05 de outubro de 2008 e que se arrasta até o dia de hoje.

Às vésperas de um julgamento que decidirá o futuro de pelo menos 70 mil pessoas, nas quais me incluo, fico imaginando como estará nossa cidade na manhã do dia 18 de Dezembro. Estaremos nós, aqueles que acreditam na justiça, na moralidade, com a alma lavada por ver atos ilícitos serem punidos, ou ficaremos sem argumentos mais uma vez diante da impunidade? Teremos autonomia para ensinar aos nossos filhos e alunos de que, a vontade do povo deve ser soberana, de que o voto não pode ser comprado nem vendido e de que quem age dessa forma corrompe os bons costumes e descumpre a Lei?

Muitos, neste momento, estão preocupados com seus gordos salários, com o status que adquiriram com o dinheiro público, com suas projeções pessoais. Outros, pensam na cidade como um todo, nos menos favorecidos, que nesses quase 365 dias de 2009, viveram de PÃO e CIRCO. Foram muitos fogos de artificio para poucas (ou nenhuma) ação efetiva. Não se construiu nenhuma escola na zona urbana, onde a demanda de alunos é imensa, não se investiu em material para as escolas, para o professor. Na saúde, ontem havia apenas um médico plantonista que não pode sair do plantão para socorrer um paciente.

Nossos anseios são para que as ações da cidade contemplem a população local, dando dignidade aos moradores, com construção de escolas, com a construção de casas próprias, com investimento na saúde preventiva e curativa, valorização dos profissionais do município. Todos ansiamos por dias bem melhores. Mas, como será o amanhã? Responda quem puder. Será que o dinheiro compra tudo e todos?

De qualquer forma, fica o pensamento de Maquiavel: “Ao rei tudo, menos a honra!”