"Acreditando na magia que existe na educação! Buscando ser a mudança que quero ver no mundo"!
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

GRAVATÁ FOI PALCO DE UMA DAS MAIS BELAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS DE PERNAMBUCO


IV ENCONTRO DOS MARACATUS PROMOVIDO PELA PREFEITURA DE GRAVATÁ FOI EMOCIONANTE

A riqueza cultural é incontestável. O contexto e o valor  histórico inegável. Mas, além de tudo isso, há a beleza de cada passo, de cada compasso, a expressão de cada participante que carrega literalmente a cultura de nosso povo nas costas. como no caso da vestimenta pesada, mas de uma beleza ímpar, do caboclo de lança, personagem do Maracatu Rural.

O evento promovido pela Prefeitura Municipal de Gravatá através  do prefeito Ozano Brito Valença, da Secretaria de Turismo que tem por secretário o jornalista  Ricardo Guerra e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural que tem como secretário Aarão Lins de Andrade Neto, conhecido como Arãozito, que por sinal, participa do Maracatu do GAMR, aqui no município como batuqueiro, propiciou um momento não apenas de lazer para os gravataeses e demais visitantes, mas sobretudo a oportunidade de adquirir conhecimento acerca das expressões culturais de nosso estado.

A noite iniciou com a apresentação de um grupo de crianças assistidas pelo PETI (Programa de erradicação do trabalho infantil), gerido pela Secretária de Ação Social e Primeira-dama Maria Dulce. Em seguida, veio o Bloco da Saudade, que relembrou as marchinhas dos antigos carnavais.

A empolgação foi tanta, que até o prefeito  entrou na roda, atendendo ao convite dos integrantes do grupo e participou da festa juntamente com a Primeira-dama D. Dulce, dançando e cantando ao som da Banda XV de Novembro. A noite também marcou a estréia da bela radialista Aline Sousa no comando das apresentações.

Por volta das 22 horas, soaram os tambores do Maracatu Sol do GAMR, anfitrião deste evento. A partir deste momento, as imagens falam por si só. Magia, encanto, beleza, resistência, tradição, história, luta, vida! Um misto de força e superação na batida de  cada tambor, Indescritível!!!

Eu com o prefeito Ozano Brito Valença - agradecimento!

A bela radialista e amiga Aline Sousa
Tia Leonor (minha ex-professora do magistério) sendo entrevistada pela amiga Aline Sousa
O prefeito e a Primeira-dama caindo na folia com o Bloco da Saudade

Bloco da Saudade de Gravatá
O Maracatu do GAMR (Grupo de Apoio a meninos de rua)
O ilustre batuqueiro Arãozito - secretário de meio ambiente e desenvolvimento rural de Gravatá
A beleza incontestável do Caboclinho


Tambores de Olorum de Recife
Maracatu Nação Camaleão de Olinda-PE


Frevo de Bezerros e Gravatart
Os Caboclos de lança do Maracatu Rural Águia Dourada, de Glória do Goitá



A bela Rainha do Maracatu presenteia o prefeito Ozano Brito





PARABÉNS À PREFEITURA MUNICIPAL DE GRAVATÁ, NA PESSOA DO PREFEITO OZANO BRITO VALENÇA POR PROPICIAR UM EVENTO CULTURAL DESTE QUILATE, POSSIBILITANDO APRENDIZADO, DIVULGAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE NOSSA CULTURA, ALÉM DE CONTRIBUIR COM A DESMISTIFICAÇÃO DA CULTURA AFROBRASILEIRA, DERRUBANDO A BARREIRA DO PRECONCEITO, ADVINDA DA IGNORÂNCIA!

FOI LINDOOOOOOOOOOO!!!!!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sábado de Maracatu em Gravatá

IV Noite do Maracatu vai sacudir a cidade. Diversos grupos vão se apresentar desfilando até o centro da cidade. Evento começa às 19h
O carnaval está chegando e Gravatá prepara uma programação diversificada para todos os públicos que admiram a festa mais animada do ano. Neste sábado, dia 26 de fevereiro, acontece na cidade a 4ª Noite do Maracatu em Gravatá, um evento grandioso que reúne diversos grupos de maracatu rural, nação e virado em uma noite de brilho e pura cultura. A concentração será a partir das 19 horas em frente a Escola Cleto Campelo com destino a Praça 10.

Participam da 4ª Noite do Maracatu em Gravatá os grupos Maracatu Rural Águia Dourada, Maracatudo Nação Camaleão, Maracatu Tambores D’olorum, Caboclinho Índio Tupi Guarani, Papanguarte, Companhia de Dança Gravatart e Maracatu do GAMR – Grupo de Apoio aos Meninos e Meninas de Rua de Gravatá. O evento é uma realização da Prefeitura de Gravatá em parceria com o GAMR.

Com informações do site da Prefeitura

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Piso do magistério será reajustado em 15,85% e subirá para R$ 1.187


O piso salarial do magistério deve ser reajustado em 15,85%. A correção reflete a variação ocorrida no valor mínimo nacional por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2010, em relação ao valor de 2009. E eleva a remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.187,00.

De acordo com o MEC, a nova remuneração está assegurada pela Constituição Federal e deve ser acatada em todo o território nacional pelas redes educacionais públicas, municipais, estaduais e particulares.

Com relação à reivindicação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), de aplicação do reajuste em abril, o MEC observa que o aumento é determinado de acordo com a definição do custo por aluno estabelecido pela Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007 [Lei do Fundeb], no início de cada ano.

O MEC aprova resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade, que atenua os critérios para permitir a prefeituras e a governos estaduais complementar o orçamento com verbas federais e cumprir a determinação do piso da magistratura. A comissão é integrada também pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Critérios — Os novos critérios exigidos de estados e municípios para pedido de recursos federais destinados ao cumprimento do piso salarial do magistério abrangem:

  • Aplicar 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento do ensino
  • Preencher o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope)
  • Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino
  • Dispor de plano de carreira para o magistério, com lei específica
  • Demonstrar cabalmente o impacto da lei do piso nos recursos do estado ou município

Com base nessas comprovações, o MEC, que reserva aproximadamente R$ 1 bilhão do orçamento para apoiar governos e prefeituras, avaliará o esforço dessas administrações na tentativa de pagar o piso salarial dos professores.

Assessoria de Comunicação Social


ENQUANTO ISSO...


Deputados aprovam reajuste de 61% para si mesmos

Projeto aprovado pela Câmara dos Deputados eleva os rendimentos de parlamentares, ministros e presidente ao teto do funcionalismo.

 

 Aumento de salário a deputados pode custar R$ 1,8 bi a municípios, diz CNM

Congresso aprovou elevação de salário de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Salário de deputado estadual e vereador é atrelado ao de deputado federal.

 

QUANTO VALE UM PROFESSOR??


Me fiz esta pergunta hoje, ao receber a noticia do falecimento de uma colega de trabalho, a Profª Maria Helena, ocorrido as 11 h da manhã.

Só tomei conhecimento do caso ao chegar na segunda escola em que trabalho, como segunda jornada, através da amiga Ana Marta. Estranhamente, não houve nenhuma manifestação no município, nenhum alarido, decreto de luto... nada. Enquanto a companheira de tantas jornadas, com quase  30 anos de exercício do magistério estava sendo sepultada, todas nós estávamos em sala de aula, para não trazer prejuízo ao calendário letivo dos alunos. (!!)

No ano passado, um fato nos chamou bastante atenção, quando em virtude da morte de uma aluna, houve decreto de luto de três dias, e curiosamente também não houve aula.

Não estou aqui levantando bandeiras para que o calendário não seja cumprido, mas depois de assistir a insistente campanha do MEC que tenta convencer a não sei quem, de que o professor é o profissional mais importante que existe no país (embora eu particularmente defenda essa ideia), deparo-me com situações como a de hoje, diante da perda de uma companheira, cuja ciência da morte só foi dada entre os conhecidos.
Escuto quase que diariamente meus alunos relatarem casos de sucesso de diversos conhecidos deles, que tem carro do ano, boa casa, vivem viajando e sequer terminaram o segundo grau... me perguntam com frequência: quanto a senhora ganha professora?
Políticos, chamados de autoridades, mesmo sendo tão geniais quanto Tiririca quanto ao grau de instrução, são reverenciados de tal forma, que as bandeiras ficam a meio mastro, o corpo é velado na Câmara de Vereadores, sai uma nota oficial decretando luto no município, estado ou país, e são enviadas centenas de coroas de flores para o funeral... E o professor??
Não escutei tiros de canhão sendo disparados... não escutei uma nota de pesar...

Quanto vale um professor? 
07/02/2011 - A educação no país vai mal e a situação salarial dos professores da rede pública também. A desvalorização do magistério se reflete na falta de interesse e rejeição dos estudantes à carreira em sala de aula. Na Universidade Federal de Santa Catarina, há pelo menos cinco anos, sobram vagas para os cursos de licenciatura.
Márcio Anisio Silveira, 45 anos, é professor de história e geografia da rede estadual, pós-graduado na área e pedreiro nas férias. O serviço no recesso escolar é para complementar a renda de educador. Ele é pai de quatro filhos e com o salário que recebe do Estado não consegue sustentar a família.

O professor de ensino fundamental e médio da escola estadual Tenente Almachio, no Bairro Tapera, em Florianópolis, mora na Praia do Campeche, e há anos trabalha nas férias. Até mesmo durante o ano letivo, faz uns bicos como pedreiro. Ele também deixa alguns instrumentos de obra no seu armário de professor, porque, às vezes, dá um jeito em algum problema de infraestrutura da escola.

– Ano passado, reboquei uma sala inteira, os alunos fizeram uma vaquinha para comprar as tintas e os pais pintaram.

Márcio ainda se desdobra em aulas. Costuma trabalhar 60 horas por semana. E o trabalho também é levado para casa, como as correções de provas e trabalhos e preparação de novas aulas.

Por ser pós-graduado e ter 22 anos de carreira, o salário dele é maior do de quem recebe o piso de Santa Catarina. Mas, garante que a diferença é mínima.

– Quem tem especialização, chega à conclusão de que não vale a pena fazer uma pós. O dinheiro que eles dão a mais não incentiva ninguém a buscar mais conhecimento.

Apesar disso, Márcio revela que ama o que faz. A vontade de ser professor vem desde criança, quando costumava ensinar os irmãos mais novos.

– Perguntam por que a gente não arranja outro emprego. Não queremos isso. Queremos ser valorizados, como já fomos um dia.

Diante do cenário, Márcio afirma que fica receoso em aconselhar alguém a ser professor. Mesmo assim, a filha mais velha dele passou para a faculdade de história na UFSC e quer seguir os passos do pai. A filha de 11 anos, que assistia à conversa, também já decidiu que será professora de história.

julia.antunes@diario.com.br
JÚLIA ANTUNES LORENÇO
Fonte: Diário Catarinense Online

domingo, 20 de fevereiro de 2011

FALTA DE CONHECIMENTO GERA REDUNDÂNCIA EM NOVO PROJETO DA CÂMARA DE VEREADORES DE GRAVATÁ

Posse do padre-prefeito Paulo Cremildo Batista de Oliveira - Jan. de 1977
 Foto do arquivo pessoal de D. Tereza


Depois de tanta celeuma, o projeto do vereador Paulo Apolinário que nomeava o parque da cidade de Gravatá com o nome de seu pai foi retirado para dar nome ao já então nomeado parque desde 1999, Monsenhor Paulo Cremildo Batista de Oliveira.
O fato é que o referido autor da matéria, reapresentou o projeto com uma redundancia: padre e monsenhor.


VAMOS ESCLARECER:

Projeto de Lei nº 016/2011
Fica denominado de Monsenhor Padre Cremildo Batista de Oliveira, o Parque da Cidade a ser construído entre o Hospital Geral Dr. Paulo da Veiga Pessoa e a Igreja Nossa Senhora das Graças.


O título "Monsenhor" é um título eclesiástico honorifico conferido, independentemente da idade, a determinados presbíteros (=padres), bispos, patriarcas...ligados ao serviço doméstico do Papa.
A palavra tem origem francesa e, em português, pode ser abreviada como "Mons.". O título "Monsenhor" começou a ser usado pelos eclesiásticos do Papa em Avignon (1305-1376) quando os papas viviam em França e quando a burocracia papal e poder papal atingiu o seu apogeu.
Alguns importantes clérigos do tribunal papal haviam então consagrado do francês secular o termo: "mon seigneur" (meu senhor) ou "milord" (do inglês).
Apesar de somente o Papa conferir o título de Monsenhor, ele fá-lo a pedido do bispo diocesano por meio da Nunciatura Apostólica. O número máximo de monsenhores de uma diocese não pode, normalmente, ultrapassar 10% do total de sacerdotes. O Monsenhor não tem uma autoridade canónica maior que a de qualquer padre, uma vez que a nomeação não implica mais um grau no sacramento da Ordem. Assim o Monsenhor só se distingue de um padre comum pelo título.
Em alguns países os bispos também são referidos como Monsenhor(Monsignore), em contrates a forma tradicional de tratamento (Excelência, Vossa Excelência Reverendíssima, Vossa Graça, etc). Muitos padres que desempenham funções na Cúria Romana recebem este título, devido ao alto cargo que ocupam na administração da Igreja Católica.

Uma série de mudanças na função dos Monsenhores foram introduzidas pelo Papa Paulo VI através do Motu Próprio Pontificalis Domus de 28 de março de 1968. Antes destas reformas, os prelados monsenhores ou menores foram divididos em pelo menos 14 diferentes graus, incluindo prelados internos, quatro tipos de Protonotários apostólicos, quatro tipos de camareiro papal e, pelo menos, cinco tipos de capelães papais.
Existem algumas categorias do título de Monsenhor:
1. Protonotário Apostólico: em dois tipos:
A) Numerário: O mais alto grau e menos comum, habitualmente existe uns sete;
B) Supranumerário: O mais alto grau de Monsenhor encontrado fora de Roma.
2. Prelado de Honra de Sua Santidade: Antes era chamado de "Prelado Doméstico");
3. Capelão de Sua Santidade. Antes era chamado de "Camareiro Papal” ou "Capelão privado” e ainda "Capelão Secreto”.
Quando se escolhe um Administrador Diocesano na Sé Vacante , o mesmo por costume recebe o título de “Protonotário Apostólico Numerário” de modo temporário. São monsenhores titulares, ou seja, até que estejam na posse do cargo e por isso devem ser tratados de “Monsenhores”.
Os “monsenhores temporários” têm o privilégio de usar uma Manteleta de cor Negra. E por isso em alguns países ele é chamado de “Negro Protonotário”. Os títulos honoríficos como o de “Monsenhor” não são considerados adequados para um sacerdote do clero religioso.

Quais os requisitos para receber o título de Monsenhor?

A Secretaria de Estado do Vaticano determinou, após o Concilio Vaticano II, à Congregação para o Clero que para receber o título de:
• Monsenhor Capelão de Sua Santidade, o sacerdote deve ter no mínimo 35 anos de idade e 10 de sacerdócio.
• Monsenhor Prelado de Honra: o sacerdote deve ter no mínimo 45 anos de idade e 15 de sacerdócio.
• Monsenhor Protonotário Apostólico supranumerário: o sacerdote deve ter no mínimo 55 anos de idade e 20 de sacerdócio.

Obs.: Aquele que já tiver o título de vigário-geral não deve ser nomeado apenas Capelão Papal e sim Prelado de Honra.

Por fim: Os protonotários numerários continuam o trabalho do Colégio dos Protonotários e ainda possuem alguns deveres no trato dos documentos papais.
Outros superiores da cúria Romana que não são bispos são tratados como protonotários numerários. A estes se incluem, entre outros, os auditores da Rota Romana e quatro clérigos da Câmara Apostólica.

Quanto às exigências requeridas para a ELEIÇÃO EPISCOPAL de um presbítero, destacam-se, acima de tudo: a sua idoneidade, o seu zelo pastoral e doutrinal e o testemunho de vida comprovado e reconhecido quer pelo seu bispo quer pelo restante presbitério, os quais se pronunciarão (além de outras pessoas escolhidas para esse efeito) sobre as qualidades do candidato para a prática do governo e administração eclesiástica . Auscultado o bispo, o presbitério e outras pessoas (membros de Ordens, Congregações Religiosas e também Leigos) da diocese respectiva, as diversas Nunciaturas Apostólicas analisarão as apreciações feitas e remeterão o processo para o Vaticano, para que o Papa proceda à nomeação episcopal desse presbítero.

P.S.: EMBORA, PELO SACRAMENTO DA ORDEM NÃO HAJA DIFERENÇA ENTRE PADRE, MONSENHOR OU CÔNEGO, ESTE É UM RECONHECIMENTO PELOS SERVIÇOS PRESTADOS E PELA RETIDÃO DE CARÁTER DO SACERDOTE. INDICA  TAMBÉM  RESPEITO.
NESTE CASO,  O PROJETO DE LEI DO EXCELENTÍSSIMO VEREADOR DEVERÁ SER CORRIGIDO PARA:

"PARQUE MONSENHOR PAULO CREMILDO BATISTA DE OLIVEIRA", E NÃO MONSENHOR PADRE CREMILDO.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

2011 - ANO INTERNACIONAL DOS AFRODESCENDENTES

 
As Nações Unidas lançaram em Nova York, e o Secretário Geral Ban Ki Moon anunciou no final do ano de 2010, mais precisamente em 12 de Dezembro  a decisão da ONU em instituir e lançar 2011 como o "ANO INTERNACIONAL DOS AFRO-DESCENDENTES).
Erradicar a discriminação
Num discurso, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon explicou o objetivo do evento, que será marcado em 2011.

Diversidade
Segundo ele, o Ano Internacional tentará fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.
Numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado, falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil.

Dimensão
"Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrada, aquilo que foi de alguma forma confiscada dos africanos, que é a possibilidade de reestabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande", disse.
Ban lembrou que pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de ter negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação.

Declaração de Durban
A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavorante não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade.
O Secretário-Geral finalizou a mensagem sobre o Ano Internacional para os Descendentes de Africanos, lembrando a Declaração de Durban e o Programa de Ação que pede a governos para assegurar a integração total de afro-descendentes em todos os aspectos da sociedade.
 
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

BOAS IDEIAS PARA SEREM COPIADAS

HORTA ECOLÓGICA ORGÂNICA - REUTILIZAÇÃO DE GARRAFAS PET: A 4ª SÉRIE DA ESCOLA JOHN KENNEDY JÁ INICIOU!!





sábado, 5 de fevereiro de 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ EM GRAVATÁ FORMA PRIMEIRA TURMA DE PEDAGOGIA COM LOUVOR!

Neste sábado (05), a turma do 7º período de Pedagogia da UVA, apresentou o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) a uma Banca examinadora formada por três professores - Prof. Adailton Melo (Mestre em Filosofia pela UFPE), Prof. Welber Van Thieu Albuquerque (UVA e FABEJA) além do Prof. Antônio Júnior, que foi orientador da turma, oficializando assim a conclusão dos trabalhos acadêmicos para a tão esperada formatura. Foram apresentados 18 trabalhos.
Dentre os formandos, vários são professores gravataenses, o que nos deixa felizes por sabermos que a conquista desta etapa do conhecimento destes profissionais refletirá nas ações desenvolvidas pela educação em nosso município.
Felicito o jovem César, único homem da turma, pela dedicação e determinação. César é  ACS (Agente comunitário de Saúde). À todas as Pedagogas por essa conquista: PARABÉNS!!!!



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CRIMINALIZAÇÃO DO POVO TUPINAMBÁ NA BAHIA



ABSURDO: JUSTIÇA BAIANA PERSEGUE E PRENDE LIDERANÇAS TUPINAMBÁ

Mais uma vez uma liderança do Povo Tupinambá de Olivença é presa injustamente. Primeiro foi o Cacique Babau, depois seus irmãos Givaldo e Glicélia, agora foi a vez da Cacique Maria Valdelice (Jamopoty).
Ela foi presa na tarde de hoje (03 de Fevereiro) após uma audiencia por Policiais da Policia Federal em  cumprimento ao Mandado de Prisão expedido pelo Juiz Federal Pedro Alberto Calmon Holliday, após decisão da Karine Costa Carlos Rhem da Silva (docs abaixo).
Esta prisão demostra a terrível perseguição que nós indígenas no Sul da Bahia estamos sofrendo e o processo de C R I M I N A L I Z A Ç Ã O   de nossas lideranças. É UMA VERGONHA PARA A JUSTIÇA BAIANA.
A decisão pela Prisão Preventiva da Cacique foi decretada após Representação do Delegado da Polícia Federal, sendo a mesma acusada dos crimes de Esbulho Possessório ( art. 161 §2º,II CP), Formação de Quadrilha ou Bando (art. 288 CP)  e Exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 CP). 

Hoje ser um líder  de um Povo é ser criminoso. Retomar nosso Território Tradicional visto o Estado não cumprir com seu compromisso virou esbulho possessório, agir coletivamente (marco tradicional de todos os povos indígenas) virou formação de quadrilha e lutar por nossos direitos negados pelo Estado Brasileiro virou exercício arbitrário das próprias razões... somos um povo, um povo guerreiro... temos nossa tradição e nossa forma diferenciada de ser e agir e queremos ser respeitados como tais.

O Estado Brasileiro tem uma dívida histórica com os Povos Indígenas, é preciso mais que urgente que todos os cidadãos brasileiros somem forças para cobrar que esta dívida seja definitivamente paga com a demarcação dos Territórios Tradicionais. É por causa dessa inércia do Estado que somos obrigados a fazer por nossa conta e risco a autodemarcação de nossos Territórios Tradicionais.

Nós Indígenas não somos invasores de terras. Quando o Brasil foi invadido pelos Portugueses, aqui já existiam os hoje chamados indígenas. Nossos ancestrais já habitavam este território chamado Brasil.

Precisamos de seu apoio por favor divlgue!


Potyra Tê Tupinambá (Ivana Cardoso)
Advogada Indígena e Tuxáua
73 - 8159-6307
Skype: potyra.te.tupinamba

 Visitem: www.indiosonline.org.br


'O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons.'
Martin Luther King

"A cidadania é algo que não se aprende com os livros, mas com a convivência, na vida social e pública."

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

FUMO E CHOCOLATE: OS ÍNDIOS COLONIZARAM A EUROPA!


Poder e prazer

EM ENTREVISTA À FOLHA, A AUTORA DE "DÁDIVAS SAGRADAS, PRAZERES PROFANOS" DEFENDE QUE O TABACO E O CHOCOLATE INVERTERAM O SENTIDO DA COLONIZAÇÃO AO IMPOR AO OCIDENTE ELEMENTOS DA CULTURA DA AMÉRICA



O chocolate era algo associado à elite; já o tabaco permeava todas as classes e gêneros: homens e mulheres da cidade e do campo, pobres e ricos o consumiam 

ERNANE GUIMARÃES NETO
DA REDAÇÃO

A forma tradicional de receber uma visita é com uma xícara -de chocolate. Foi assim quando Montezuma recebeu os espanhóis que colonizaram seu império mesoamericano. Dessa relação se disseminaram novos hábitos sociais, comportamentais e de paladar hoje difundidos em todo o mundo, argumenta a historiadora norte-americana Marcy Norton, 39.
A própria palavra xícara, de origem náuatle, presta reverência indireta às diversas variedades de bebidas feitas com cacau. Decorado com pinturas, o recipiente fazia jus ao luxo representado pela fruição dos líquidos quentes ou frios, doces ou apimentados, sempre dissoluções de uma pasta que seria conhecida pelos colonizadores como "chocolate".
A imagem de ritual das elites -vinda de uma cultura em que grãos de cacau eram moeda corrente e a fruta era exigida como tributo-, marcaria assim o alimento muito antes de existirem os processos industriais que o transformariam em pó e barra no século 19.
O processo de assimilação ou "somatização" -nas palavras da professora de história da Universidade George Washington (EUA)- do chocolate é contrastado com o do tabaco em seu recém-lançado "Sacred Gifts, Profane Pleasures" [Dádivas Sagradas, Prazeres Profanos, Cornell University Press, 334 págs., US$ 35, R$ 77]. Em entrevista à Folha, a autora defende que os dois produtos inverteram a relação imperialista: por meio deles, os costumes dos colonizados foram expandidos mundialmente, em vez de desaparecerem.
"A visão comum de que o consumo de café levou ao consumo de chocolate está invertida. Na verdade, o chocolate parece ter ajudado a pavimentar o caminho para o café ao criar o anseio nos consumidores por bebidas escuras, amargas, adocicadas, quentes e estimulantes", afirma a pesquisadora.

 

FOLHA - Por que apresentar chocolate e tabaco juntos num livro?
MARCY NORTON
- Ambos são produtos nativos da América que se tornaram muito populares na sociedade europeia e nas sociedades europeizadas da América. Sua importância para a Europa surgiu na mesma época. Têm coisas relevantes em comum, geraram debates semelhantes, e foram muito diferentes na maneira de cruzar as culturas. Isso me atraiu.
FOLHA - Um se tornou um bem comum e outro viveu a glória social, a glamourização no cinema e a posterior demonização, o tabaco...
NORTON
- O que você está chamando de comum, o chocolate? No período que estudo, da chegada dos europeus [século 15] até o século 18, era o oposto. Há repetidos relatos afirmando que o tabaco permeava todas as classes e gêneros: homens e mulheres da cidade e do campo, pobres e ricos o consumiam, enquanto o chocolate era algo associado à elite. Somente a partir do final do século 17 começa a se espalhar para outros grupos.
FOLHA - A sra. abre seu livro com as impressões de um espanhol na corte de Montezuma, dando grande importância a ambos os produtos -aí aparece um aspecto da "nobreza" de seu consumo. Mas também conta que o chocolate não foi um sucesso imediato, que foram necessárias décadas de aculturação dos migrantes para chegar à Espanha. Que força simbólica prevaleceu: a do luxo pagão ou o da massificação?
NORTON
- Em certa medida, o sucesso do tabaco e do chocolate foi um "acidente de império". Os europeus chegaram à América com um conjunto de noções sobre como iriam se beneficiar. Mas, ao longo da experiência colonizatória, o encontro com o tabaco por toda a América -e o chocolate na Mesoamérica- foi inevitável, e sua assimilação aconteceu. No caso do chocolate, a ideia de "luxo supremo" veio desde o começo. Uma combinação de poder e prazer -é isso o que resume o chocolate. No caso do tabaco, houve sempre um atrito entre a consciência de que havia algo de religioso, de idolatria em seu uso e, ao mesmo tempo, um ato sublime de sociabilização. Um dos temas de meu livro é a tensão contínua entre essa imagem de idolatria diabólica do tabaco e seu uso social.
FOLHA - A palavra "xicálli" (que gerou "xícara") era usada especificamente para o chocolate?
NORTON
- Não. No contexto original, "xicálli" era para qualquer coisa. Mas, para os espanhóis, no início a palavra era associada prioritariamente ao chocolate.
FOLHA - Onde havia chocolate antes da chegada dos europeus?
NORTON
- Quando os espanhóis chegaram, o limite sul aonde chegava o chocolate -não o cacau- era a região onde fica a Costa Rica. Aparentemente outras culturas tinham o cacau, mas não faziam o chocolate. Em direção ao norte, o chocolate havia chegado pelo menos até a região do cânion Chaco, onde hoje é o Estado do Novo México. Mas não que o comércio do chocolate chegasse lá no século 15.
FOLHA - O tabaco era mais difundido do que o chocolate?
NORTON
- Sim, pois suas diferentes variedades podem crescer em qualquer lugar do Alasca à Argentina. E tinha muita importância social, com o uso medicinal ou espiritual, em grupos sociais que nada tinham a ver uns com os outros.
FOLHA - O rapé já era um hábito forte dos nativos americanos?
NORTON
- No período pré-colombiano, era uma hábito sul-americano -pelo que já se pesquisou até agora, era comum nos Andes e na costa onde hoje estão Venezuela e Colômbia. A palavra "rapé" é francesa, referindo-se à criação dos franceses no século 18, algo diferente, mais fino -e o que hoje se chama de rapé na América é provavelmente diferente de ambas as formas. Os espanhóis adotaram os hábitos das regiões por onde passaram -"humo", "polvo" e "hoja" [fumaça, pó e folha]. O pó [rapé] foi a forma que pegou com a elite no início, mas isso mudou rapidamente, quando os charutos se tornaram populares. Mas desde o início houve o desenvolvimento de um mercado complexo e segmentado -inclusive contrabando de tabaco brasileiro para a Espanha no século 18, apesar do bloqueio imposto pelo sistema colonial. O tabaco do Brasil, como era mais barato, era contrabandeado de Lisboa para a Península Ibérica.
FOLHA - Quanto ao chocolate, a variante mais comum era o "atole" (versão refrescante da bebida)?
NORTON
- Cárdenas [em texto de 1591] relatou isso, mas não é possível confirmar. Sabe-se que havia muitas bebidas com cacau, e essa mistura era uma das formas mais comuns.
FOLHA - O sabor da bebida era forte para os espanhóis? Seria forte para o gosto contemporâneo?
NORTON
- Existe um empresário em Santa Fe, no Novo México [www.kakawachocolates.com], que tenta reproduzir o chocolate feito pelas sociedades pré-colombianas e pelos primeiros europeus. O problema é que alguns dos ingredientes são muito restritos. Os pré-colombianos tinham uma constelação de plantas que não fazem parte da dieta ocidental -exceto, é claro, a baunilha.
FOLHA - Eles não tomavam simplesmente suco de cacau?
NORTON
- Sem dúvida, mas a polpa fresca só estava disponível onde o cacau era cultivado, e são áreas restritas, porque o cacau é uma planta frágil.
FOLHA - Mas a pasta de cacau não era comestível? Por que, afinal, demorou tanto para ser criado o chocolate em barra?
NORTON
- Não estudei muito esse capítulo da história, que se passa já no século 19. O que acontece é que as pessoas estavam satisfeitas com o que havia, não precisavam melhorar o chocolate. Foi a industrialização que possibilitou essa mudança. Em 1828, o holandês Van Houten percebeu a utilidade de reconstituir o cacau de modo mais barato, utilizando outras gorduras. Desse modo, o cacau passou a render mais dinheiro.
FOLHA - Então o coração da Europa -Bélgica e Suíça- assume o papel de autoridade em chocolate. Isso não é prova de que o alimento foi recriado pelos europeus, e não "somatizado"?
NORTON
- Isso só aconteceu no século 19. A distância entre o modo como o chocolate era consumido na Tenochtitlán nos Quinhentos e na Madri de 1685 é menor do que entre essa Madri e qualquer outro lugar do mundo nos anos 1950. Mas essa transformação só aconteceu no século 19. Para o chocolate atravessar o Atlântico, foi necessário haver essa somatização.
FOLHA - E o costume do chocolate quente espanhol guarda mais semelhanças com aquela origem?
NORTON
- Sim, e há relatos de tradição centenária na Sicília (Itália), no México etc.
FOLHA - Agora é moda consumir chocolate com percentual mais elevado de cacau. Essa onda de chocolateria é um movimento na direção da estética original do chocolate?
NORTON
- Por um lado, nos aproxima, porque há ênfase no gosto de cacau, muito mais próximo que um Hershey's Kiss, por exemplo, que quase não tem cacau. Por outro lado, nos leva mais longe das bebidas, restritas a grupos étnicos. Existe uma pessoa, Mark Christian, que vai colocar no ar um website [www.c-spot.com, com previsão de lançamento em maio] sobre o "chocolate de ponta". Nós discutimos recentemente o fato de o chocolate estar vivendo um apogeu -há um movimento por chocolates de alta qualidade, pelo alto percentual de cacau, que vê a procedência do cacau e incorpora o vocabulário dos enólogos. Diz que agora temos o melhor chocolate do mundo, mas rebato: não sabemos o que perdemos, mesmo que algumas tradições tenham sobrevivido.
FOLHA - A sra. escreveu em um estudo que "as políticas coloniais asseguraram a continuidade do cultivo, do comércio e do consumo do cacau, pois a possibilidade imediata de os governantes espanhóis lucrarem com a conquista dependia de sua usurpação e manutenção de um sistema organizado pelo governante asteca". O chocolate desapareceria se não fosse parte desse sistema?
NORTON
- Não. O tabaco não era parte do sistema de tributos, mas continuou. Meu palpite é o de que o chocolate seria assimilado do mesmo jeito. Se bem que, se por alguma razão os colonizadores quisessem utilizar o solo de outra maneira -por exemplo, se resolvessem criar ovelhas-, isso seria uma ameaça à sobrevivência do cacau, que é uma planta muito frágil. Aliás, uma das razões para as plantações migrarem para o sul foi a ganância dos espanhóis, que aumentaram os tributos, causando um desequilíbrio ecológico.
FOLHA - Em lugar de dizer que o chocolate abriu caminho para o café e o chá na cultura ocidental, não seria justo dizer que o mercado de cana-de-açúcar puxou a aceitação de bebidas amargas?
NORTON
- Esse é o argumento de Sidney Mintz, um dos primeiros a estudar a história de uma só commodity [em livros como "O Poder Amargo do Açúcar", ed. UFPE]. É daquelas coisas impossíveis de provar, mas eu gostaria de levar a sério a ideia de que tais bebidas serviram como veículos para o consumo de açúcar. Mintz usa esse argumento no caso do chá. Mas, para considerar o chá, é preciso considerar o chocolate, que chegou primeiro. Aliás, o açúcar já estava disponível desde a Idade Média -a cana era cultivada por portugueses-, e uma razão para o aumento da popularidade do açúcar deve ter sido o consumo dessas bebidas.
FOLHA - O chocolate era bebido por razões "funcionais" (tinha alta reputação como estimulante entre os nativos) ou por seu sabor?
NORTON
- Não era nem a questão do sabor nem de interesse pela "cozinha local" -assim como, hoje em dia, procuramos um restaurante "exótico"-, mas sim o fato de que os espanhóis se adaptaram ao costume. Ou seja, se estavam numa relação diplomática, era melhor que bebessem a bebida que lhes ofereciam. Os espanhóis começaram buscando ouro e prata na América. Levaram para lá uma visão que tinham do Oriente, portanto buscaram também especiarias e remédios. Acabaram levando para a Europa coisas como salsaparrilha e tinturas. O tabaco e o chocolate foram levados depois, no final do século 16, com espanhóis aculturados -o aspecto social desses produtos foi levado junto. O tabaco variou mais. Um tratado publicado em Córdoba nos anos 1690 o descrevia ao mesmo tempo como "uma coisa vil de escravos e marinheiros", dos elementos mais baixos da sociedade, e como objeto de rituais semelhantes aos de Tenochtitlán -com o mesmo prestígio envolvido. Já o chocolate era, de modo mais uniforme, uma coisa de elite. Como veio de uma região menor, mais unificada culturalmente, sua cultura foi mais fácil de ser preservada.
FOLHA - O uso do chocolate em ovos de Páscoa é uma continuação do imperialismo do século 16, em que agora as tradições ocidentais são deixadas para trás em favor de um festival pagão do chocolate?
NORTON - Nem uma coisa nem outra. Meu argumento é o de que o mundo que emergiu das viagens de Colombo ficou totalmente mudado. Não dá para entender a sociedade europeia sem levar a sério essas sociedades. Quem imaginaria que o tabaco seria a principal fonte de renda do Estado espanhol no final do século 17? Não dá para entender a história europeia isoladamente.
FOLHA - Qual sua opinião sobre o filme "Chocolate" (baseado no romance de Joanne Harris, com Juliette Binoche)? Ali parece haver uma certa oposição entre o "estranho" e a "tradição", como em seu livro.
NORTON - Não gosto dele. Como especialista, não consigo fazer aquela "suspensão do juízo" que esse tipo de filme requer. Devo soar como uma rabugenta, mas esse é meu lado de historiadora sensível.

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Compartilhado pelo Prof. Dr. Edson Hely Silva - Colégio de Aplicação da UFPE. Pesquisador.

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