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domingo, 31 de maio de 2009

UM GRITO DE MILHARES DE VOZES CONTRA A INJUSTIÇA E EM APOIO AO POVO XUKURU







A cada dia, felizmente, mais pessoas se unem em torno de uma causa, que torna-se um ideal de uma sociedade que não admite mais ações mercenárias, gananciosas, torpes e vis, de burgueses, totalitários, inescrupulosos e loucos, que insandecidos pelo poder a qualquer custo, ou promoção em cima da desgraça alheia, buscam nas frágeis leis brasileiras, e na falta de seriedade de alguns setores jurídicos, incriminar de forma atroz um líder e seu povo, a fim de desarticular não apenas o movimento de retomadas legítimas de suas terras, mas também, enfraquecer a apropriação de direitos, criticidade e autonomia de um povo.



Felizmente, os que ainda se mantém contrários a esse grito de liberdade, representam uma minoria capitalista, insana, esdrúxula na falta de caráter, incoerente e, que para o bem da sociedade brasileira, tal qual um câncer, devem ser identificados e extirpados de nosso meio.




NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO XUKURU DO ORORUBÁ




Nós Pesquisadores, Professores e Estudantes do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ e da Universidade Federal de Pernambuco, que trabalhamos com a temática da Saúde e Ambiente na Etnia Indígena Xukuru do Ororubá:
• Conhecemos os processos históricos de esbulhos, perseguições, violências, assassinatos e prisões de lideranças do povo Xukuru que se organiza, se mobiliza e se articula para reivindicar e garantir seu território e seus direitos;
• Sabemos que apesar da demarcação de considerável parte do território tradicional Xukuru, continuam as perseguições àquele povo;
• E, em razão dos 43 indígenas processados, dos 31 condenados, dois presos e da recente condenação judicial de seis xukurus, incluindo o Cacique Marcos, expressamos a nossa grande indignação pelas contínuas ingerências externas de grupos e forças econômicas e políticas que objetivam a desmoralização do povo Xukuru e de suas lideranças, provocando conflitos e procurando impedir o pleno desenvolvimento desse povo.
Identificamos a criminalização como um problema de saúde pública que acarreta, além das repercussões psicológicas e psicossomáticas das lideranças, de seus familiares e de outros membros da etnia, o grande aumento de medicalização de antidepressivos constatado inclusive pelas autoridades sanitárias.
Vimos manifestar publicamente a nossa solidariedade ao povo Xukuru do Ororubá, diante do contínuo processo de criminalização de suas lideranças.
Esperamos que as decisões judiciais levem sempre em conta o amplo e livre direito de defesa, os processos históricos, os contextos políticos e as atuais situações vivenciadas pelo povo Xukuru.
Por fim, reafirmamos o nosso propósito de continuar colaborando com o povo Xukuru para conquista, garantia e consolidação de seus direitos junto à comunidade científica, os poderes públicos e a sociedade em geral, que devem ter em consideração as formas socioculturais próprias Xukuru.




Recife, 28 de maio de 2009




André Monteiro Costa
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Doutor e Chefe do Departamento de Saúde Coletiva

Idê Gomes Dantas Gurgel
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisadora Doutora

Paullete Cavalcanti de Albuquerque
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ e Universidade de Pernambuco – Pesquisadora e Professora Doutora

Edson Hely Silva
Colégio de Aplicação e Centro de Educação/UFPE – Professor Doutor


Rafael da Silveira Moreira
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Mestre

Tatiane Fernandes Portal de Lima
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Colaboradora/Assistente de pesquisa Mestre

Ederline Suelly Vanini Brito
Universidade de Pernambuco – Enfermeira, colaboradora/Assistente de pesquisa

Ana Lucia Martins de Azevedo
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Doutoranda

Ludimila Raupp de Almeida
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Bióloga, colaboradora/Assistente de pesquisa

Angélica Sá
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Odontóloga, residente em Saúde Coletiva

Ana Catarina Veras Leite
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Mestranda

Juliana Siebra
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Residente em Saúde Coletiva

Marcondes Pacheco
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Sociólogo, colaborador/Assistente de pesquisa

Simone Brito
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Psicóloga, colaboradora/Assistente de pesquisa

Carlos Fernando dos Santos Júnior
Universidade Federal de Pernambuco – Bacharelando em História

Alyne Isabelle Ferreira Nunes
Universidade de Pernambuco – Licencianda em História

Luiz Paulo Pontes Ferraz
Universidade Federal de Pernambuco - Licenciando em História

Bruna Fernandes Teixeira Cavalcanti
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História

Júlia Ribeiro da Cruz Gouveia
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História

Edmundo Cunha Monte Bezerra
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciado em História

Denise Batista de Lira
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciada em História


LIBERDADE PARA O POVO XUKURU!

Como professores e alunos da Universidade Federal da Paraíba, vimos de público manifestar nossa solidariedade ao Povo Xukuru do Ororubá, em Pesqueira – PE, que vem sofrendo seguidos ataques e violações dos seus direitos sociais, por parte da ganância do latifúndio e da insensibilidade da Justiça, que tem penalizado seguidamente diversas lideranças e outros membros do Povo Xukuru.
Até o presente, tem-se conhecimento de 43 Indígenas processados, 31 condenados, dois presos, ao que se soma a recente condenação de mais seis, inclusive o Cacique Marcos Kukuru, sempre com o aval e a ingerência de poderosas forças econômicas e políticas da região, como numa orquestrada do processo de criminalização dos movimentos sociais e da pobreza, em curso no País.
Reivindicamos que a Justiça cumpra seu papel, inclusive assegurando ampla defesa aos acusados, o que nem sempre tem ocorrido.

João Pessoa, 30 de maio de 2009
Alder Júlio Ferreira Calado
Marcos Antônio Freitas de Araújo
Eízia de Assis Romeu
Thayse Carla Barbosa Ribeiro
Ana Maria Fernandes da Silva
Glaucineth C. de Albuquerque Lima
Cristiane Cavalcanti Freire
Elismar Maria Nunes de Sousa
Márcio de F. Lucena Lira
Almira Almeida C.
Jussara F. de Sousa
Fernanda Wachesi
Juliana Carneiro do Nascimento
Enyjeanny Machado
Surya A. de Barros
Marcelo Xavier de Oliveira
João Paulo da Silva
Amanda M. Vaz de Lima
Waldomiro Cavalcanti da Silva
Alexandre Gadelha Reis
Edvaldo Carvalho
Rejane G. Carvalho
Edilane A. Heleno
Rubens Elias da Silva
Rolando Lazarte
Flávio Nascimento
Gabriela de Souza Arruda
Henry Tavares de Araújo
Wanessa Belarmino de Morais
Giulia Carolina de Melo
Francisco Xavier Pereira da Costa
Yure Silva Lima
Mara Edilara B. de Oliveira
Shousne Itoinhora Freire Nunes
Paula A. Coelho
Márcio Marciano
Jacqueline Alves Carolino
Ariana N. R. Oliveira
Adathiane Farias de Andrade
Emanuel Luiz Pereira da Silva
Josefa Adelaide Clementino Leite
Ângela Maria Pereira
Custodia Brito de Araujo
Felipe Baunilha T. de Lima
Paulo Jorge Barreira Leal
Maria de Fátima Pereira Alberto
Coralina Morais
Jailton dos Santos Silva
Cleonice Lopes
José Inaldo Chaves Jr
Jonathan Elias Teixeira Lucena
Nilza Maria Fernandes Barreto
Raissa Vale Miranda Cavalcante
Kelly Samara do N. Silva
Francisco Ramos de Brito
Anselmo de Oliveira Nunes
Edgard Afonso Malagodi
Maria Patrícia ? Pereira
Tâmara Ramalho de Sousa
Gabriel Pereira de Sousa
Tamires R. Sousa
Melissa R. G. Sousa
Laís Azeredo Alves
Eymaral Mourão Vasconcelos
Bruno Pontes da Costa
Ana Elvira S.S. Raposo
Isabelle Maria Mendes de Araújo
Thiago F. de Castro
Maria Socorro Silva Miranda
Maria Rosangela da Silva
Abrahão Costa Andrade
Ivana Silva Bastos
Nathália Aquino de Carvalho
Arturo Gouveia de Araújo
Maria de Lourdes S. Leite
Marilene Inácio Pereira
Fernanda Gomes Mattos
André Berquó
Fellipe Souza
Artur Cavalcanti
Núbia Roberta A. da Costa
Francisca Rodrigues
Josimery Amaro de Melo
Kallyne Lígia Dantas e Dantas
Rebeca Medeiros da S. Santos
Lívia Lima Pinheiro
Lucas Trindade da Silva
Artur Barbosa L. Maia
Serge Katembera
Romero Antonio de M. Leite
Lucicléa Teixeira Lins
Maria Costa
Jorge Mário Fernandes
Marlene Eduardo dos Santos
Solange P. Góes Silva
Camila Maria Gomes Pinheiro
Mayk Andrade do Nascimento
Emilia de Rodat F. Moreira
Janilson Nóbrega
Araújo Nascimento
Janaína Brasileiro Formiga
Maria do Socorro Xavier Batista
/Luiz Gonzaga Gonçalves
Ernandes de Queiroz Pereira
Maria da Conceição Miranda Campelo
Romero Venâncio Júnior
Germana Alves Menezes
Maria do Socorro Xavier Batista
Luiz Gonzaga Gonçalves
Ernandes de Queiroz Pereira
Maria da Conceição Miranda Campelo
Romero Venâncio Júnior
Germana Alves Menezes




Olinda, 29 de maio de 2009







Carta Circular: Apoinme Nº 002/2009





Carta em apoio ao Povo Xukuru de Ororúba e
contra a Criminalização de lideranças Indígenas.

A APOINME - Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo vêm repudiar publicamente mais um grave atentado da justiça Brasileira contra os povos indígenas do país, vitimando, desta, e mais uma vez, o povo Xukuru do município de pesqueira, Agreste de Pernambuco.

A arbitrariedade foi, agora, contra a mais alta liderança deste povo, o cacique Marcos Luidson de Araújo (conhecido por Marquinhos Xukuru), e outros 04 indígenas: Paulo Ferreira Leite, Armando Bezerra Coelho, Rinaldo Feitosa Vieira e Ronaldo Jorge de Melo. Quando, no último dia 21 de maio, foi anunciada a sentença de cinco dos processos resultantes dos incidentes ocorridos no dia 07 de fevereiro de 2003, quando o cacique Marcos Xukuru foi vítima de um atentado contra sua vida. Na sentença publicada os processados foram todos condenados, em um inquérito onde falta clareza, transparência e justiça (sem ao menos testemunhas de defesa terem sido ouvidas). As penas para os 04 indígenas citados foram de quatro anos e oito meses de reclusão, inicialmente em regime fechado, mais multa de R$ 50.000,00. O cacique Marcos teve pena de 10 anos e quatro meses de reclusão, além da mesma multa.

Como se não bastassem as inúmeras e históricas violências e atentados contra os povos indígenas do Brasil, a injustiça e a impunidade nos assolam mais uma vez. As tentativas das elites políticas e econômicas de desestabilizar e enfraquecer a luta dos povos Indígenas por seus direitos não é realmente nenhuma novidade, a criminalização de lideranças indígenas tem sido constante, e no caso do povo Xukuru há 43 processos em andamento (31 tendo sido já condenados) e dois casos de prisão. Onde sabemos que seu único crime foi, nas palavras do próprio povo Xukuru: “O de lutar para garantir os nossos direitos, especialmente o direito à terra e à sobrevivência física e cultural do nosso povo”.

Nossa batalha é por um país que cumpra com o dever de defender seu povo, respeitando a Constituição Federal e os Tratados Internacionais a que se submeteu. Queremos acreditar que é possível um governo diferente das elites e oligarquias que governaram no passado e que dizimaram tantos. Um país que realmente considere a cultura e os costumes de vida de cada grupo étnico, respeitando as diferenças de sua nação e reconhecendo o Brasil como um país multicultural em sua diversidade, dando as condições necessárias a seu pleno desenvolvimento.

Assim, viemos declarar nossa insatisfação e indignação! Viemos manifestar nosso apoio e solidariedade ao povo Xukuru. Viemos deixar claro que continuamos na luta e que não será agora que aceitaremos tamanha barbárie. E, por fim, viemos convocar todos os parceiros das causas Indígenas, Direitos Humanos, Movimentos Sociais e da democracia e liberdade a juntarem-se a nós contra a criminalização, injustiça e abuso de poder. Convidamos todos a se manifestarem em defesa desses homens guerreiros.



Coordenação Executiva da Apoinme.





Senhores e Senhoras,





Eu sou Domilto Inaruri Karajá, estudante de direito na Universidade Federal do Tocantins, licenciado em Ciencias Matematicas pela Universidade do Estado do Mato Grosso, atualmente, eu estou fazendo o curso de especializaçao em Povos Indígenas, Direitos Humanos e Cooperaçao Internacional na Universidade Carlos III de Madrid em Espanha, sou membro da Uniao dos Estudantes Indígenas do Tocantins, Membro do Iny Mahadu Coordenaçao (Organizaçao Karaja), Instituto Teribre (organizaçao na aldeia Teribre).
O que acontecendo com os povos indígenas no Brasil, o fato é preocupante, qual pela estou se preparando melhor com intuito de enfrentar nos tribunais, estamos na era de enfrentamento ou de luta pelo qual os indigenas estao nao preparados. Pelos quais os jovens indigenas estao se aventurando em buscando dos conhecimentos juridicos e de outras areas que atendem necessidades dos povos.Entendo que a educaçao a melhor forma de preparar os jovens para enfrentarem novos desafios nas atualidades...
Os povos indigenas tem garantia constitucional no artigo 231 e que preveleça a favor, que nao acontecer de outra forma de colonizaçao, se refere as instituiçoes ou a administaçao de justiça no Brasil esta sendo usado pelos descedentes dos colonizadores ou matadores indígenas ,porque as instituiçoes foram os produtos de politica colonial. Espero que se aplicar a justiça historica, devolvendo a terra aos povos indígenas dessas terras e assim manter a dignidade humana como necessidade basica e o Estado garante a Paz para esse povo dando o direito a terra ja permanencia há muitos seculos antes da chegando dos colonizadores que mataram os indígenas aos defenderem as suas terras, esse tempo ja estrategia da resistencia dos povos indígenas.
E mantenha seguridade juridica e valores dos povos indigenas nos seus habit natural, e organizaçoes indigenas vem lutando intensamente na proteçao dos direitos indigenas, podemos considera isso descolonizaçao, democratizando o acesso a universidade federais e estaduais e desmercantizaçao, devemos buscar a emancipaçao, autonomia, democracia e a justiça social...
E que se aplique a justiça historica, chegar de matança dos lideranças indigenas...
Bom, eu vou elaborar carta de apoio junto colegas indigenas do Chile, Peru, Venezuela, Equador, Panama, Guatemala, Honduras,Colombia e Bolivia. Peço as informaçoes endereço eletronico para distribuir o apoio a esse Povo Indigena.
Saudaçoes Indígenas

Bill Karaja

___________________________________
NOTA:

AMANHÃ, SEGUNDA-FEIRA, POSTAREI AS CARTAS ESCRITAS PELOS ALUNOS DAS 3ª E 4ª SÉRIES DA ESCOLA JOHN KENNEDY, QUE CONHERAM MÊS PASSADO OS XUKURU, E A PARTIR DE ENTÃO SE AUTOPROCLAMARAM COMO INTEGRANTES DESTE POVO, DE ALMA E CORAÇÃO.

sábado, 30 de maio de 2009

REFORMULAÇÃO DE CONCEITOS: POLÍCIA AMIGA




Hoje, dia 30 de maio de 2009, vivi uma experiência ímpar, e de forma alguma poderia retardar meu registro aqui.


A chegada do Programa Polícia Amiga a Gravatá, trouxe-me um alento não apenas no campo profissional, com a contribuição e/ou assistência que pretende dar aos nossos jovens, com intuito de afastá-los das drogas, mas, particularmente pessoal, por me fazer voltar a acreditar na POLÍCIA MILITAR DE PERNAMBUCO. Confesso que tinha como uma de minhas músicas preferidas (para protestar!), os versos da Rita Lee: "... cuidado com a polícia, cuidado com o ladrão..." e hoje, estes conceitos que foram formulados e incutidos em minha mente ao longo do tempo, devido as cenas de despreparo que até então havia assistido desta instituição, foram ao chão, sob o comando do TENENTE CORONEL RICARDO SANTOS, Educador Social, ministrante do curso.


Neste momento, definir a experiência vivenciada hoje e nomear o sentimento que brotou em mim desde então, é tarefa das mais difíceis, não por ausência de opinião, mas por não encontrar uma palavra que reflita com fidelidade a grandeza do trabalho que nos foi apresentado, na quadra da Escola Professor Antônio Farias.


A partir de segunda-feira, compartilharei muitas das lições aprendidas, bem como, registrarei a face encantadora desta nova instituição que nos foi apresentada, através da eloquencia, sensibilidade, retórica e competência do TENENTE CORONEL RICARDO SANTOS, em particular, que além da aula de cidadania nos presenteou com algumas poesias escritas durante o evento. Antes, vamos conhecer o Programa que mostra a polícia da forma que a sociedade deseja e espera ter: AMIGA! Ainda é possível confiar na instiuição policial! É possível acreditar no ser humano!


O trabalho que está sendo desenvolvido e foi apresentado hoje chama-se PROERD.



O QUE É O PROERD


O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, desenvolvido pela Policia Militar de Pernambuco na comunidade escolar, visa desenvolver a cultura da Paz e na prevenção do uso e abuso indevido de drogas entre crianças e adolescente, através de um curso, desenvolvido em ambiente escolar, com a participação da família,professores e comunidade escolar.

HABILITAÇÃO DOS DOCENTES



O corpo de instrutores e mentores do PROERD é composto por policiais militares voluntários que são selecionados e submetidos a rigoroso treinamento de 80h/a, sendo que os profissionais que participam da formação dos instrutores são ligados à área da prevenção de drogas.

COMO É O CURSO?



O PROERD é desenvolvido no ambiente escolar, envolvendo crianças na faixa etária dos 9 aos 12,concentrando na 4ª série do ensino fundamental. O desenvolvimento do programa é feito por um Policial Militar, especialmente treinado, em sala de aula, durante dezessete semanas, com encontros semanais de uma hora de duração, com auxilio de material desenvolvido especialmente para o Proerd, tendo por base uma Cartilha, onde o aluno é convidado a discutir e assimilar conteúdos relacionados auto-estima, pressão dos colegas e da mídia para o uso de drogas, as pressões dos companheiros e amigos para agir de forma violenta, resolução de conflitos sem uso da violência e aspectos de vida saudável.

A atuação dos Instrutores, além de estimular as habilidades das crianças para resistirem às pressões ao uso de drogas, estreita o relacionamento policial –comunidade, dentro do modelo de Gestão Integrada, a qual visa a defesa da vida, da integridade física e a dignidade da pessoa humana.

Tais fundamentos fortalecem a atitude positiva das crianças em relação às autoridades e o respeito às leis, mostrando para todos que para se obter sucesso na vida não existe a necessidade de se experimentar álcool e drogas, como muitas mensagens que chegam às crianças procuram mostrar.

COMO PARTICIPAR?



As escolas interessadas em que o Proerd seja desenvolvido na sua comunidade escolar, sejam públicas ou privadas, devem entrar em contato com a Coordenação Estadual do Proerd pelos telefones: (0XX81) 33035394/33035122/33035122/ 34121225.



Nossas crianças longe das drogas e da Violência, para viver sempre de bem com a VIDA!



___________________________

FONTE:

Secretaria de Defesa Social - Governo de Pernambuco


Disponível em:


www.portais.pe.gov.br/web/pmpe

Mensagem de Dom Pedro para o povo Xukuru‏


Querido povo Xukuru, povo do patriarca Xikão, mártir dos direitos do
seu povo; e do meu afilhado Marcos, o Marquinho, tão admirado.

Me associo ao testemunho de milhares do Brasil e do exterior, que
respaldam vossa luta pelos direitos fundamentais de terra, cultura,
justiça e paz. Denunciamos as fraudes, a corrupção comprada e a
insensibilidade de certas autoridades estaduais e federais.

Com vocês e com esses milhares de irmãos e irmãs solidários, louvamos
de coração a declaração tão certeira do Bispo de Pesqueira, Dom
Francisco e renovamos nosso compromisso de vivenciar a causa indígena,
e concretamente a causa Xukuru, em uma solidariedade fraterna.

O sangue dos nossos mártires e o testemunho dos nossos patriarcas e
matriarcas nos batizam de coragem e de esperança.

Recebam um forte abraço de comunhão e um beijo no coração de cada um e
na terra Xukuru mesmo.


Pedro Casaldáliga

quinta-feira, 28 de maio de 2009

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO POVO XUKURU DO ORORUBÁ


Nós Pesquisadores, Professores e Estudantes do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ, da Universidade de Pernambuco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco, que trabalhamos com a temática da Saúde e Ambiente na Etnia Indígena Xukuru do Ororubá:

· Conhecemos os processos históricos de esbulhos, perseguições, violências, assassinatos e prisões de lideranças do povo Xukuru que se organiza, se mobiliza e se articula para reivindicar e garantir seu território e seus direitos;

· Sabemos que apesar da demarcação de considerável parte do território tradicional Xukuru, continuam as perseguições àquele povo;

· E, em razão dos 43 indígenas processados, dos 31 condenados, dois presos e da recente condenação judicial de seis xukurus, incluindo o Cacique Marcos, expressamos a nossa grande indignação pelas contínuas ingerências externas de grupos e forças econômicas e políticas que objetivam a desmoralização do povo Xukuru e de suas lideranças, provocando conflitos e procurando impedir o pleno desenvolvimento desse povo.

Identificamos a criminalização como um problema de saúde pública que acarreta, além das repercussões psicológicas e psicossomáticas das lideranças, de seus familiares e de outros membros da etnia, o grande aumento de medicalização de antidepressivos constatado inclusive pelas autoridades sanitárias.

Vimos manifestar publicamente a nossa solidariedade ao povo Xukuru do Ororubá, diante do contínuo processo de criminalização de suas lideranças.

Esperamos que as decisões judiciais levem sempre em conta o amplo e livre direito de defesa, os processos históricos, os contextos políticos e as atuais situações vivenciadas pelo povo Xukuru.

Por fim, reafirmamos o nosso propósito de continuar colaborando com o povo Xukuru para conquista, garantia e consolidação de seus direitos junto à comunidade científica, os poderes públicos e a sociedade em geral, que devem ter em consideração as formas socioculturais próprias Xukuru.

Recife, 28 de maio de 2009

*André Monteiro Costa
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Doutor e Chefe do Departamento de Saúde Coletiva



*Idê Gomes Dantas Gurgel
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisadora Doutora



*Paullete Cavalcanti de Albuquerque
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ e Universidade de Pernambuco – Pesquisadora e Professora Doutora



*Edson Hely Silva
Colégio de Aplicação e Centro de Educação/UFPE – Professor Doutor



*Rafael da Silveira Moreira
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Pesquisador Mestre



*Tatiane Fernandes Portal de Lima
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Colaboradora/Assistente de pesquisa Mestre



*Ederline Suelly Vanini Brito
Universidade de Pernambuco – Enfermeira, colaboradora/Assistente de pesquisa



*Ana Lucia Martins de Azevedo
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Doutoranda



*Ludimila Raupp de Almeida
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Bióloga, colaboradora/Assistente de pesquisa



*Angélica Sá
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Odontóloga, residente em Saúde Coletiva



*Ana Catarina Veras Leite
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ - Mestranda



*Juliana Siebra
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Residente em Saúde Coletiva



*Marcondes Pacheco
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Sociólogo, colaborador/Assistente de pesquisa



*Simone Brito
Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/FIOCRUZ – Psicóloga, colaboradora/Assistente de pesquisa



*Carlos Fernando dos Santos Júnior
Universidade Federal de Pernambuco – Bacharelando em História



*Alyne Isabelle Ferreira Nunes
Universidade de Pernambuco – Licencianda em História



*Luiz Paulo Pontes Ferraz
Universidade Federal de Pernambuco - Licenciando em História



*Bruna Fernandes Teixeira Cavalcanti
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História



*Júlia Ribeiro da Cruz Gouveia
Universidade Federal de Pernambuco - Licencianda em História



*Edmundo Cunha Monte Bezerra
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciado em História



*Denise Batista de Lira
Universidade Federal Rural de Pernambuco - Licenciada em História
ACRESCENTE-SE:
*SUNAMITA SILVA DE OLIVEIRA ALBUQUERQUE
Formanda em Psicologia - professora regente municipal em Gravatá da Cultura Indígena e Afro-brasileira / Indigenista de coração.

PRECONCEITO?? NÃO, OBRIGADA!

Nação Guarani, resposta a Denis Lerrer Rosenfield professor de Filosofia na UFRGS

Por Nuno Nunes


O julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a demarcação da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima, já aparecia mesmo como o prelúdio do que estava por vir: o acirramento político em processos garantidos em lei federal e acordos universais.

Os dez votos favoráveis aos índios da TI Raposa/Serra do Sol entenderam que o procedimento administrativo de demarcação realizado pela FUNAI não foi eivado de nenhum vício, que a forma de demarcação é de reconhecimento integral da área, uma vez atendidos os critérios constitucionais, que a demarcação em faixa de fronteira não compromete a integridade territorial e a soberania do País, asseguradas às Forças Armadas a sua defesa. Além disso, derrubaram o argumento de que demarcação de terras indígenas pode inviabilizar a existência de unidades da federação ou comprometer o seu desenvolvimento econômico. Este entendimento é válido para todas as demais demarcações realizadas com base da CF de 1988.


Porém, o ministro Marco Aurélio Mello que votou contra a demarcação contínua, e o ministro Carlos Alberto Menezes de Direito, que apontou 18 condições para que saísse a demarcação, foram os únicos incidentes. A maioria destas 18 contestações, segundo análise de juristas, são repetições do texto constitucional, sem nenhuma inovação. Outras poucas, no entanto, e sem maior fundamentação, inovam radicalmente as regras de demarcação de terras indígenas e inclusive contrariam tratados internacionais assinados e ratificados pelo País. Além da condição número 19, acatada pelo STF, que inclui os entes federativos nos procedimentos demarcatórios, gerando polêmica sendo que os estudos são técnicos e científicos, cabendo ao antropólogo e ambientalistas redigirem o texto após visitas à área a ser demarcada, de acordo com o Decreto Presidencial 1.775/96. Ou seja, neste procedimento administrativo não se pode contar com o peso político, pois aí sim, viciaria o processo.


Concluído o julgamento da TI Raposa/Serra do Sol, ficam abertas discussões em nível nacional as demais demarcações pelo Brasil, auxiliando-nos a fundamentar a democracia brasileira pois permite divulgar à nação o que é garantido em lei, e o que se propõe incluir nela por acordos políticos.


Após 1988 o estado tinha 5 anos para concluir todas as demarcações no território nacional, e foi iniciado pela Amazônia legal. Logo nos primeiros anos de trabalho percebeu-se que a tarefa demandaria de muito mais tempo. Raposa/Serra do Sol é das últimas grande áreas demarcadas no norte, encerrando apenas uma etapa, e dando oportunidade a FUNAI prestar atenção em outras regiões, como o sudeste, centro-oeste e sul. Estas são, justamente, as regiões que viraram alvo dos ataques de opinistas desinformados, chamados também de anti-indígenas, que valem-se de sua titulação intelectual ou política para manipular informações e inluenciar a opinião pública nacional.


Como exemplo desses casos temos o Deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP), que articula na mídia projeto de lei, em coautoria com o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que obrigaria o Executivo a submeter ao Congresso Nacional os processos de demarcação de terras indígenas. Somam-se a estes os Deputados estaduais espalhados pelo Brasil que reproduzem piamente argumentos infundados. Porém, a função destes senhores é, ao que seus mandatos indica, política, cabendo-lhes, como parte da Democracia, fazer exatamente isto: espernear-se para defender seus votos, mesmo que isto leve a contradizer a lei, pois a imunidade parlamentar ainda vigora.


Mas o que dizer, perguntamos, de intelectuais de instituições federais, professores, e no caso abordado aqui, um filósofo, a saber, o Dr. Denis Lerrer Rosenfield, Professor da UFRGS, que vem difundindo abertamente a defesa do latifúndio e o ataque a indígenas e apoiadores de suas causas. Este nobre formador de opinião, e por que não dizer, pensador com responsabilidades públicas, já que é pago pelo estado brasileiro para difundir suas idéias, tem levantado informações contra indígenas nos jornais de circulação nacional, demonstrando boa argumentação lógica, porém, ao que tudo indica, valendo-se de premissas inverídicas.


No artigo publicado em 24 de maio de 2009 no jornal O Estado de São Paulo, Rosenfield aponta para a formação na opinião pública, por parte do CIMI e MST, de uma Nação Guarani que abarcaria os estados brasileiros do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. E que isto se expandiria para outros países, como: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Sinto lhe informar. Dr. Rosenfield, que o Sr. está quase certo nestas afirmações. Faltou citar, ao invés do Mato Grosso, o seu próprio estado, o Rio Grande do Sul, que também é incluído, não no que o coloca no artigo como Nação Guarani, como se fosse invenção do CIMI ou MST com fins de combater o agronegócio; mas incluído na História registrada desde que os primeiros ibéricos que percorreram neste continente relatando sobre as aldeias de língua Guarani que encontravam desde o litoral do Brasil até Paraguay e o pé dos Andes, em terras atualmente Bolivianas. Dentre esses registros temos a expedição de Aleixo Garcia, em 1524, os de Alvar Nuñes Cabeza de Vaca, em 1540.


Estes relatos históricos, somados a estudos científicos em antropologia e arqueologia, comprovam a existência, não de uma Nação Guarani, mas da noção que o povo Guarani tem de território tradicional, coincidente com o terrritório histórico da Mata Atlântica, em sua maioria, que assim como a Amazônia hoje, foi alvo de desmatamento e esbúlio nos últimos 509 anos de contato. Nestas provas é que baseiam os laudos de demarcação de terras indígenas previstos no Decreto 1.775/96, do Presidente Fernando Henrique Cardoso. O qual regulamenta o artigo 231 da CF de 1988.


E antes que se diga que o marco legal para demarcação de terras indígenas, segundo o STF, é 1988, sendo indemarcáveis áreas de ocupação posterior a esta data, lembramos que a noção Guarani, como de muitos povos indígenas, é diferenciada da ocidental que reconhece “área ocupada” apenas a casa e seu quintal. Na noção do povo Guarani área ocupada é desde a casa, a roça, o rio, a nascente, a mata para caça e coleta, e ainda o espaço ocupado pelos antepassados e os que serão ocupados pelos descendentes. Sendo que a noção Guarani reconhece não a terra, mas o território ocupado milenarmente por este povo.


Mas para não restar dúvidas quanto ao marco legal de início de processos de demarcação de terras indígenas no Brasil, afirmado pelo STF ser 1988, temos que a primeira vez que se referiu à palavra “demarcação” como um programa ou projeto de Estado foi no Decreto nº 426 de 24 de julho de 1845, art.2º, §14, cabendo ao Diretor de Aldeia respectivo e ao Diretor Geral dos Índios a qual estava subordinado, ambos nomeados pelo Presidente de cada Província, proceder às ações devidas de delimitação. Em seguimento a esta determinação, cinco anos depois, a primeira lei geral visando o ordenamento da estrutura fundiária do Brasil, a de nº 601 de 18 de setembro de 1850, contemplaria no artigo 12º e depois no artigo 98º do Decreto nº. 1.318 de 30 de janeiro de 1854 que a regulamenta, a atribuição de o governo imperial reservar terras devolutas para colonização de índios e de seus diretores registrarem as terras possuídas por índios. Evidentemente essas primeiras garantias às terras indígenas nem sempre contaram com administradores honestos e responsáveis culminando em situações de esbulho. Apesar disso amadurecia-se o entendimento jurídico sobre o que hoje chamamos direitos originários.


Há muito tempo que deixou-se de falar em Nações indígenas para falar em povo ou população indígena, justamente para evitar más interpretações. Falar em nação, logo remete-se a nacionalismo e independência territorial, e isso muitas vezes é usado para sussitar confusões internas num país, este sim que pode ser chamado nação. O povo Guarani é o mais populoso do Brasil, ao lado dos Tikuna da Amazônia, com cerca de 30 mil pessoas. E também é o que menos tem terras regularizadas de acordo com o Artigo 231 da CF. Falantes da língua, apesar do extremo e conflituoso contato com a sociedade civil, ainda mantém fortes sua religiosidade e concepção de mundo, adicionadas à presença de suas sementes tradicionais de milho, feijão, melancia, amendoim, entre outros, que é resguardada como ouro, passada de geração a geração, a espera de uma terra garantida para multiplicarrem-se e mostrar ao mundo a etno-biodiversidade que trazem apesar dos ataques constantes à suas vidas.


O território que viviam os Guarani no início da colonização é basicamente o mesmo atualmente ocupado, salvo diferenças no número de ocupantes e quantidade de aldeias, que é drasticamente menor devido aos ataques centenários. Atualmente este território é dividido pelas fronteiras nacionais de Brasil, Paraguay, Uruguay, Argentina e Bolívia, o que remete, sim, a pensar como estes países diferentes podem lidar com uma mesma cultura indígena. Esta discussão sugiu não pelo CIMI ou MST, mas já é antiga em cada país em discussões entre os próprios indígenas e também na Reunião de Antropologia do Mercosul, que ocorre bianualmente, sempre com um grupo de estudos sobre o Guarani no Mercosul. Soluções existem, como a que foi feita com o povo indígena Sami (os Lapões) na Noruega, Suécia e Rússia, que fundaram um parlamento comum para encaminhar suas questões e respostas aos governos dos 3 países, mediante acordos internacionais.


Os Sami foram os principais promotores das elaborações da Convenção Internacional da OIT 169 que trata dos direitos indígenas, e da Declaração Universal da ONU dos Direitos Indígenas de 2007. Existem mecanismos, portanto, internacionalmente estabelecidos e utilizados por muitos povos indígenas no mundo para defender seus direitos. Um deles é o que ocorreu de 18 a 29 de maio de 2009 em Nova Yorque, o Forum Permanente da ONU para Povos Indígenas. Portanto, não há novidade em chamar atenção pública externa, caso uma Convenção internacional, que no Brasil tem status de lei pelo Decreto 5.051/2004.


Tocando nestes assuntos, lembro-me do filósofo Immanuel Kant, que em 1975 escreveu um opusculo intitulado “A Paz Perpétua”, um projeto filosófico para a efetivação da paz mundial. Para isso, as nações precisariam formar uma federação de estados que trabalhariam na elaboração de uma “lei cosmopolita”, ou uma lei internacional, e todos se comprometeriam em levar a cabo o desarmamento de seus países para que a paz seja realmente perpétua, e não haja mais guerras, mas sim discussões juridicas para resolver os problemas.


A lição de Kant parece estar sendo seguida, por incrível que pareça, apenas por aqueles que não são da tradição filosófica ocidental, e que têm sua própria tradição de pensamento: os povos indígenas. Foram estes que realizaram a paz perpétua entre si e entre o ocidente, desarmando-se e levando as pelejas ao nível legal e jurídico. Porém, isto ainda não foi compreendido por certos filósofos que insistem em difamar a luta indígena pelos seus direitos como sendo luta por separatismo.


Uma situação análoga à do povo Guarani viveram os judeus nos séculos XIX e XX, que contaram com apoio internacional, mais fortemente da Inglaterra que governava o oriente médio após a derrota do império turco-otomano na I Grande Guerra, para criação do estado de Israel na Palestina em 1948. Esta demanda já vinha desde 1922 na Liga das Nações e culminou após o fim da II Guerra Mundial, com apoio da recém criada ONU. Era a concretização de um sonho que Theodore Herzl acalentava: que os judeus tivessem uma terra onde pudessem se sentir livres.


Atualmente, a demanda é Palestina, também pela criação de seu estado. Porém, Israel tem demonstrado que está longe de compreender a Paz Perpétua Kantiana e acusa o fragilizado povo palestino, comprimido na Faixa de Gaza e Cisjordania, de instigar a guerra, envergonhando o mundo quando a verdade aparece, como ocorreu em final de 2008, denunciadas as tramóias eleitorais israelitas.


Os povos indígenas de modo algum querem a formação de estado ou nação para si. Nem mesmo os armados Zapatistas do sul do México, e seu Exército de Libertação Nacional que reune o povo Maya, quis a separação durante o levante que chamou a atenção do mundo em 1 de janeiro de 1994.


Sendo assim, o que está na mira não é o agronegócio, mas algo que está fora de moda, e que talvez volte a ser promovido pelos filósofos e professores universitários, volte a caminhar pelas ruas estampada em camisetas, seja no Brasil ou no exterior: a dignidade!




Nuno Nunes é Filósofo pela UFSC e escritor de novelas filosóficas
nunonunes3@gmail.com

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Nação Guarani
Denis Lerrer Rosenfield

A demarcação da Raposa-Serra do Sol já aparecia como o prelúdio do que estava por vir. Apesar das ressalvas aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal, que tornaram menos aleatórias e arbitrárias as demarcações e homologações de terras indígenas, o processo de relativização da propriedade privada e da soberania nacional segue agora o seu curso. Imediatamente após a decisão do Supremo, as agremiações ditas movimentos sociais, como o MST e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ala esquerdizante da Igreja Católica, deflagraram um processo de fragilização dessas ressalvas, procurando, nos fatos, mostrar que a lei a eles não se aplica. Tornaram ainda mais explícitas suas posições contra a economia de mercado, a propriedade privada, o agronegócio e o Estado de Direito. Vejamos.

O Cimi e os ditos movimentos sociais estão entrando numa nova etapa de formação da opinião pública nacional e internacional, propugnando pela formação de uma nação guarani. As publicações Porantim (Cimi) e Sem Terra (MST) já trazem matéria a esse respeito, pois essas organizações têm plena consciência de que sem o apoio da opinião pública nenhuma transformação política pode ter lugar. As mentes precisam ser conquistadas para que haja um espaço de abertura para mudanças. Eles estão cientes de que a política moderna, a das democracias representativas, está alicerçada na opinião pública. Utilizam-se, nesse sentido, da democracia para subvertê-la, arruinando as suas instituições.

Para que se tenha ideia da enormidade que está sendo tramada, a dita nação guarani abarcaria partes dos seguintes Estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O foco é o Estado de Mato Grosso do Sul num primeiro momento e, logo após, Santa Catarina e Espírito Santo.

Cabe ressaltar que é em Mato Grosso do Sul que essa luta se vai travar prioritariamente. Eles reconhecem que perderam nesse Estado a primeira batalha política junto à opinião pública pela disputa desses territórios indígenas. Houve forte reação de proprietários rurais, parlamentares e do próprio governador, impedindo uma primeira tentativa de amputação de cerca de um terço de seu território. Naquele então, o discurso apresentado era de que se tratava apenas de uma nova demarcação, que corrigiria uma "injustiça" histórica. Em suma, afetaria apenas alguns proprietários. Ora, já naquela ocasião o que estava em pauta era a formação de uma nação guarani, projeto que ainda não dizia explicitamente o seu nome. Agora estão preparando a segunda batalha, com a bandeira guarani orientando os seus movimentos. Novas portarias da Funai se inscrevem nesse processo em curso.

A nação guarani não está, porém, restrita a esses Estados brasileiros, mas se estende a outros países: Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Segundo eles, a Bolívia já trilha esse caminho político, necessitando apenas ser apoiada no que vem fazendo, destruindo, na verdade, as frágeis instituições daquele país. O foco, aqui, seria o Paraguai, onde o processo se inicia com um presidente simpatizante da "causa" e que, via Teologia da Libertação, compartilha os mesmos pressupostos teóricos do Cimi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do MST. Entendem-se, portanto, melhor a sustentação dessas agremiações políticas ao presidente Lugo e a política adotada de apoio às invasões das terras dos brasiguaios. A identidade brasileira não lhes interessa.

Para granjear a simpatia da opinião pública internacional criaram um site global, hospedado nos EUA, assumido por uma ONG holandesa e alimentado pela regional do Cimi de Mato Grosso do Sul. Observe-se que é o próprio Cimi que elabora o conteúdo de um site internacional (www.guarani-campaign.eu), visando a interferir, dessa maneira, nos assuntos brasileiros, escolhendo como alvo o Estado de Mato Grosso do Sul. Aliás, o site é muito bem feito, começando por uma apresentação gráfica da América Latina sem fronteiras, sob o nome de Ameríndia. A verdadeira América Latina seria a pré-colombiana. Provavelmente pensam, no futuro, em expulsar todos os brancos e negros, europeus, africanos e asiáticos, que deram, pela miscigenação, a face deste nosso Brasil!

Como não poderia deixar de ser, o site comporta várias versões: em português, inglês e holandês, estando prevista a sua ampliação para o alemão. Para quem se preocupa com a opinião pública internacional, busca apoio político e financiamento na Europa e nos EUA, uma ferramenta desse tipo é vital. É ela que terminará alimentando as pressões exercidas sobre o Brasil e subsidiará, também, os formadores de opinião nacionais e internacionais.

Consoante com esse trabalho, foi elaborando um mapa da nação guarani, denominado Guarani Retã, que englobaria os Estados brasileiros acima listados e os países latino-americanos vizinhos. Chama a atenção o fato de a América Latina ser apresentada como um território verde, sem fronteiras nacionais, com o lema "terra sem males". Procedimento semelhante foi adotado com o mapa quilombola, elaborado pela Universidade de Brasília, que orienta hoje as ações da Fundação Palmares, do Incra e dos ditos movimentos sociais. A estratégia política é a mesma.

O Cimi, em suas publicações, reconhece ainda a aliança estratégica com o MST, que lhe ofereceu apoio logístico e organizacional em invasões e outras manifestações, como campanhas de abaixo-assinados. Exemplo recente seria Roraima, com "assessores" emessetistas "ajudando" os indígenas em plantações de arroz. Esses "brancos", aliás, podem lá entrar! Reconhecem, inclusive, que tal aliança foi operacional no Espírito Santo, na luta contra a Aracruz, pois, como se sabe, as plantações de eucaliptos e a indústria de papel e celulose são símbolos, a serem destruídos, do agronegócio.

Outros já estão na mira!

Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS.
E-mail: denisrosenfield@terra.com.br

Bispo de Pesqueira (PE) lamenta condenação de cacique e criminalização do povo Xukuru‏


DECLARAÇÃO DO BISPO DE PESQUEIRA

APÓS A CONDENAÇÃO DO CACIQUE MARCOS LUIDSON, LÍDER DO POVO XUKURU



Lamento muito a condenação do cacique Marcos Luidson, líder do povo Xukuru, assim como a prisão "preventiva" de Rinaldo Feitosa Vieira e a criminalização de várias lideranças do povo Xukuru.

Por exercermos a cidadania, respeitamos as decisões da justiça e a autoridade dos delegados e das polícias. A pergunta que surge, após esta afirmação de respeito, é se a justiça é exercida de forma isenta e imparcial e se as ações policiais são realizadas de forma respeitosa dos direitos humanos fundamentais, também a respeito das minorias, entre as quais incluímos os indígenas.

Não é um chavão repetir a afirmação que sempre são presos, punidos e condenados os mais pobres e os mais indefesos: é uma realidade! Como é possível condenar sumariamente uma liderança sem antes ter ouvido as testemunhas, cerceando assim o direito de defesa? Como é possível prender antecipadamente um acusado sem provas, só com o "pretexto" de que se trata de uma pessoa "perigosa"? Já declarei por escrito e reafirmo que o Rinaldo é uma das pessoas mais pacíficas que tenha conhecido e de boa família. Desde o direito romano vale o princípio que uma pessoa é considerada inocente de qualquer crime até que seja provado o contrário! Trata-se de um princípio universal, aceito em todos os códigos e em todas as culturas.

Temos a impressão que a justiça no nosso país seja um poder dentro do poder, exercido em certos casos arbitrariamente e sem nenhum controle social! Ainda numa sociedade que se proclama democrática, como a nossa, a violência policial e o desrespeito dos direitos humanos acontecem à luz do sol, deixando-nos pasmos e impotentes! Só a imprensa, às vezes denuncia de forma eclatante alguns desses abusos, e normalmente, passado o impacto da notícia, depois de uma semana a própria denúncia cai no esquecimento!

Costumo dizer, até brincando, que também os índios, como os brancos, não são isentos do "pecado original"! Se houve crimes, seja de índios como de brancos, seja de pobres como de ricos que sejam averiguados e punidos, atendendo a todas as formalidades da lei que garante para todos, brancos e índios, liberdade, defesa e apresentação de provas!

Criminalizar uma nação indígena significa minar a sua auto estima, exercer a tentativa da divisão interna de um povo e, portanto, enfraquecer a sua luta diminuindo a sua resistência diante da cultura dominante.

Há quase seis anos conheço cada dia mais profundamente o povo Xukuru. Preparamos um padre e um diácono, através de cursos especializados no conhecimento da cultura indígena a fim de atender pastoralmente e de forma inculturada esta nação indígena e sempre mais estou convicto de que a alma deste povo é pacífica, orgulhosa de resgatar a sua cultura, altaneira na defesa de seus direitos.

Por isso cheguei à conclusão que a criminalização sistemática de suas lideranças não passa de uma armação de elites incomodadas com a sua organização ou até de autoridades que, tendo encontrado limites no exercício arbitrário de seu poder, estão retribuindo desta forma, que considero desumana, injusta e prevaricatória, às atitudes que o povo Xukuru tomou, na defesa de seus direitos e de suas prerrogativas.

Faço votos que as autoridades competentes tomem as providências cabíveis e que a justiça seja exercida de acordo com os cânones do direito, isenta de todo tipo de interesses a fim de estabelecer um clima de paz e de concórdia entre a sociedade civil de Pesqueira e a nobre nação Xukuru.


Pesqueira, 28 de maio de 2009


+ Dom Francisco Biasin

Bispo de Pesqueira

Cacique do povo Xukuru é condenado antes de depoimento de suas testemunhas de defesa‏


Criminalização das lideranças indígenas de Pernambuco já foi denunciada à OEA



A Justiça Federal em Pernambuco condenou o cacique Marcos Luidson, do povo Xukuru, a 10 anos e quatro meses de prisão. A sentença foi publicada no dia 21 de maio, apesar do depoimento de uma testemunha de defesa de Marcos, o deputado federal Fernando Ferro (PT/PE) estar marcado para amanhã (28 de maio) em Brasília. Marcos foi condenado na ação que trata de um conflito ocorrido em 2003, dentro da terra Xukuru, agreste de Pernambuco.

Além do cacique, os indígenas Paulo Ferreira Leite, Armando Bezerra Coelho, Rinaldo Feitosa Vieira e Ronaldo Jorge de Melo foram condenados a quatro anos e oito meses de reclusão. Outros 26 Xukuru já haviam sido condenados, em janeiro de 2009, também acusados de participar do mesmo conflito. Os advogados dos indígenas recorreram da decisão ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, em Recife. Os Xukuru aguardam o julgamento do TRF em liberdade, exceto Rinaldo Vieira, que está preso desde 2008 acusado, sem provas, de envolvimento num assassinato.

A prisão de Rinaldo e a condenação dos 31 Xukuru são a expressão do processo de criminalização que o povo enfrenta há mais de uma década, por causa da reconquista da terra. Atualmente, pelo menos 43 Xukuru estão sendo processados; dois estão presos; 31 foram condenados e os outros dez aguardam julgamento. Os interesses de elites políticas e econômicas da região estão por trás da tentativa de desestruturar os Xukuru, por meio da criminalização de suas lideranças. Esse processo foi denunciado, em março de 2009, à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Julgamento questionado

No dia 7 de fevereiro de 2003, José Lourival Frazão (Louro Frazão), indígena Xukuru, assassinou dois jovens indígenas, Josenilson José dos Santos (Nilsinho) e José Adenilson Barbosa da Silva (Nilson), durante um atentado contra o cacique Marcos Xukuru, que conseguiu escapar. Naquele dia, a comunidade, indignada com o crime, se voltou, incontrolada, contra um grupo de famílias Xukuru ligadas ao assassino - todos aliados dos antigos invasores da terra indígena.

A investigação e o processo judicial sobre esse conflito foram questionados por antropólogos e entidades de defesa dos Direitos Humanos de Pernambuco. Os advogados de defesa dos Xukuru questionam o cerceamento de direito de defesa e o tamanho das penas, considerado exagerado. No caso da condenação do cacique Marcos Xukuru, a sentença foi publicada antes de se juntar ao processo os depoimentos de importantes testemunhas de defesa: o deputado federal Fernando Ferro e a Sub-procuradora Geral da República Raquel Dodge.


Marcy Picanço
Cimi - Assessoria de Comunicação
(61) 2106 1650/ 9979 7059
www.cimi.org.br

quarta-feira, 27 de maio de 2009

JUSTIÇA PERSEGUE POVO XUKURU DO ORORUBÁ

Foi publicada a última sentença dos cinco processos que resultaram nos incidentes ocorridos no dia 07 de fevereiro de 2003, na Terra Indígena Xukuru, quando da reação da Comunidade Indígena ao atentado contra vida de seu cacique e que resultou na morte de dois índios que o acompanhavam.

Os acusados nesse processo são PAULO FERREIRA LEITE, ARMANDO BEZERRA COELHO, RINALDO FEITOSA VIEIRA, RONNALDO JORGE DE MELO E MARCOS LUIDSON DE ARAÚJO.

Os quatro primeiros foram condenados a pena de quatro anos e oito meses de reclusão, no regime incialmente fechado, além de 34 dias multa. Já o cacique Marcos foi condenado a pena de 10 anos e quatro meses de reclusão, inicialmente no regime fechado, além de 33 dias multa. Todos deverão aguardar em liberdade o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Solidariamente, os réus foram condenados a pagar R$ 50000,00 de indenização pelos prejuízos causados.




Desde que se iniciaram as retomadas do povo Xukuru as terras que sempre foram deles e, que haviam sido usurpadas por grandes proprietários, fazendeiros e políticos da região, com forte apoio de políticos conhecidos nacionalmente, como é o caso do ex-vice Presidente da República Marco Maciel, o povo Xukuru vem sendo alvo de retaliações, vítimas de assassinatos, como ocorreu com o Cacique Xicão e outros, e agora, com manobras da Justiça, que de cega não tem nada, na tentativa de desmoralizar a luta LEGÍTIMA E INCONTESTÁVEL do povo Xukuru por seus direitos.


É perceptível e evidente a que propósitos a justiça pernambucana está servindo, condenando a prisão os líderes do povo Xukuru, inclusive seu Cacique Marcos Xukuru (foto).


A sociedade precisa mobilizar-se a fim de dar um basta neste retrocesso do desenvolvimento humano. Onde isso vai parar?? Se continuarmos aceitando ações inescrupulosas como estas e arbitrárias de um poder que deveria defender os que dela necessitam, em breve estaremos nos filiando a Klan e torcendo para que ressucitem Adolf Hittler.


ISSO TEM QUE PARAR. 500 JÁ FORAM SUFICIENTES.

BASTA!!


Caro Sandro e demais irmãos e irmãs no indigenismo,


Lamento muito, por ter sido esse o desfecho da situação deste processo. Estamos solidários com o povo Xukuru, de modo especial com os condenados por lutar por seus direitos. Hoje ao saber deste linchamento moral e condenatório ficamos mais do que triste com esse resultado, ficamos indignados. Aqueles que lutam encontram no Estado seus algozes mais perversos e cruéis. Força Xukuru, estamos juntos neste momento tão difícil da caminhada. Os moinhos satânicos têm imprimido nesta história uma força tão pesada que a dignidade humana é colocada numa prensa maquiada com a idéia de "justiça" que o sangue dos inocentes são suco de uva para aqueles que criminalizam os guerreiros da PAZ. Tamain e Tupã choram por esse massacre, mas a justiça deles há de vingar a justiça que os homens têm aplicado como vingança pela ousadia dos Xukuru em mudar a lógica fundiária desta região do agreste Pernanbucano.

Roberto Saraiva


POVO XUKURU, ESTAMOS COM VOCÊS! FORÇA GUERREIROS/AS!! CONTEM CONOSCO!!

SEMANA DO MEIO AMBIENTE: INCOERÊNCIAS E ANTAGONISMOS


De acordo com a divulgação do site da Prefeitura Municipal de Gravatá, a Semana do Meio Ambiente começa a ser comemorada neste dia 31 de maio, com uma programação que vai de palestras à plantação de mudas em um dos trechos que antes era Mata Ciliar.

Perfeito, se não fosse o grau de incongruência destas ações, das quais selecionamos as mais gritantes para comentar, a seguir:


VEJA A PROGRAMAÇÃO: (site da prefeitura)



DIA 31/05

Visita de consumidores das feiras agroecológicas do estado de PE a comunidade rural de São Severino. Encerrando a V Semana dos Alimentos Orgânicos. Abertura oficial da SMA.

DIA 01/06

09h

Inauguração da nova sede da Secretaria do Meio Ambiente e Des. Rural.


*APRESENTAMOS NESTE BLOG NÃO APENAS MINHA OPINIÃO PESSOAL, MAS DE BOA PARTE DA SOCIEDADE GRAVATAENSE. ALUGUEL SUPERFATURADO -FALTA DE PRIORIDADES!!



TARDE

Palestra na escola: Jonh Kennedy ( Corrija-se JOHN KENNEDY)

Tema: Ética e Ecologia

*PODE-SE CONSIDERAR O TEMA "ÉTICA" CURIOSO, TENDO EM VISTA A RESPOSTA QUE RECEBI DESTA SECRETARIA A UM APELO QUE ENVIEI PARA REALIZAR A COLETA SELETIVA NAS ESCOLAS DE FORMA ORDENADA.


LEIA:


Re: O antagonismo da Semana do Meio Ambiente‏
De: Sec. Agricultura de Gravatá (secagriculturadegravata@yahoo.com.br)
Enviada: terça-feira, 26 de maio de 2009 13:06:01
Para: Sunamita Silva de Oliveira Albuquerque Albuquerque (sunamitamagalialbuquerque@hotmail.com)

Senhora

JESUS TE AMA !!!!

*PRECISA COMENTAR??


DIA 02/06

Visita educativa: Reserva Natural (RPPN) Serra do Contente

Palestra na escola: Jesus Pequenino

Tema: Rio Ipojuca

*HÁ UM BELO BANNER NA SECRETARIA INFORMANDO QUE ESTA PARTICIPA DO COMITÊ DA BACIA DO IPOJUCA. PERGUNTA: O que está sendo feito para recuperar o rio aqui no município?


Particularmente, só ouço o assunto nesta época do ano, ou, quando há enchentes!!


TARDE

Plantio de Mudas Na escola Intermediaria Dom Paulo Hipólito de Souza Liborio, Distrito de Uruçu Mirim

DIA 03/06

7h30

Plantio de mudas Local: Margens do Rio Ipojuca (próximo à ponte da Fabrica)


*ESTA É UMA AÇÃO SOLICITADA POR ALUNOS ESCOLA JOHN KENNDY, VIRTUDE DO PROJETO "SABER E SABOR", QUE PREVÊ O REPLANTIO DE PARTE DA MATA CILIAR DO IPOPUCA,TODAVIA, ATÉ ESTA DATA, NÃO HOUVE NENHUMA COMUNICAÇÃO DA SEC. DE MEIO AMBIENTE COM A ESCOLA. PELO INFORME, O PEDIDO APRESENTADO EM FORMA DE OFÍCIO NÃO FOI CONSIDERADO (Falta de ética e respeito, talvez).



Mostra de atividades ambientais do Projeto Reflorestágua

DIA 04/06

Oficina para os Agentes de Saúde de áreas rurais. Tema: “Agrotóxicos”. Local: Circulo Operário


*DESDE O ANO PASSADO, SOLICITAMOS DA SECRETARIA APOIO PARA IMPLEMENTAR NO MUNICÍPIO A MERENDA ORGÂNICA, CUJA PROPOSTA FOI ENVIADA PELA CÂMARA DE VEREADORES, INICIANDO PELA ABSORÇÃO DA PRODUÇÃO ATUAL, TODAVIA, A NEGOCIAÇÃO ESTÁ SENDO FEITA DIRETAMENTE COM O GESTOR E OS AGRICULTORES, INTERMEDIADA POR MIM (Apresentei na Tribuna da Câmara o Projeto de Lei adotado pelo Estado do Paraná).



DIA 05/06

8h00

Caminhada ecológica: Catadores de Resíduos Sólidos do Programa Reciclar é Viver. Local: Bairro de São José Incentivando a coleta Seletiva


* DESDE ANO PASSADO SOLICITAMOS QUE A SEC. DE MEIO AMBIENTE FIRMASSE UM PARCERIA COM EDUCAÇÃO PARA REALIZAR A COLETA SELETIVA NAS ESCOLAS. A RESPOSTA DA SEC. A ESTA QUESTÃO ME FOI ENVIADA NO E'MAIL QUE REPRODUZI ACIMA.


*NÃO HÁ MENÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS NA CAMINHADA!


COMO REALIZAR UM PROCESSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL SEM A EDUCAÇÃO??



Cinema Ambiental Na escola: Francisco Galdino Chaves, Distrito de Russinhas Filme: “Carta da Terra”

DIA 06/05

Distribuição de mudas Local: feira agroecológica. A partir das 06h.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

509 ANOS DEPOIS - SAEM OS BUGREIROS, ENTRA A JUSTIÇA NA PERSEGUIÇÃO AOS NOSSOS ÍNDIOS


Kaiowá Guarani serão despejados para beira da estrada

Enviado por Edson Hely Silva - UFPE


Mais um despejo de uma comunidade do povo Kaiowá Guarani de Mato Grosso do Sul está marcado. Na terça-feira, dia 26 de maio, será um dia de muita tristeza, revolta e sofrimento para mais uma comunidade desse povo. Conforme determinação expedida pela Justiça Federal de Dourados, os indígenas deixarão o pequeno pedaço de seu sagrado território após a negociação firmada com Polícia Federal que já estava preparada para a retirada coercitiva dos indígenas com apoio da Polícia Militar.

Para o início deste dia está prevista o cumprimento do despejo de um pouco mais de uma centena de indígenas para beira da BR-163. A comunidade de Laranjeira Nhanderú está há quase um ano e meio em cerca de 450 ha, onde ainda restam os últimos resquícios de Mata Atlântica dessa região, em cujas árvores se abrigaram pacientemente durante este tempo. Segundo o Cimi (Conselho Indiginista Missionário, CPT (Comissão Pastoral da Terra) e outras entidades, ali, na terra de seus antepassados, no seu tekohá, aguardaram uma solução definitiva pelo Poder Público para poderem viver e trabalhar em paz com todos os seus direitos assegurados pela Constituição. Reconhecimento este que não veio, e que desencadeou mais uma violência: o despejo de um povo para a beira de uma rodovia.

\"Será mais uma grave injustiça que se estará submetendo uma comunidade Kaiowá Guarani no Mato Grosso do Sul. Até quando o Brasil e o mundo serão informados de tamanhas infâmias? É essa a forma escolhida para aumentar a violência, os assassinatos, os suicídios, a desnutrição, a fome e o genocídio desse povo?\", questionam as entidades.

Os movimentos sociais e entidades na luta pelos direitos humanos e garantia dos direitos dos povos indígenas no estado, vem se unir ao Movimento Indígena, no repúdio a mais esse ato, que consideram, ser \"de violência\" e exigir a continuidade dos trabalhos de identificação e demarcação de todas as terras Kaiowá Guarani, conforme o TAC firmado pelo Ministério Público Federal e FUNAI, e também os demais povos indígenas no estado, para que não se continue a perpetrar a negação de direito, e que geram o sofrimento e injustiça contra esse povo.

As entidades consideram absurada a proposta de troca dos legítimos 36.288 hectares do território tradicional do povo Terena em Miranda, já identificado e declarado pelo Governo Federal, por ínfimos 3.500 hectares de terra que sequer fazem parte de suas terras sagradas. \"Um absurdo repleto de ilegalidade e inconstitucionalidade, pois segundo o parágrafo 4º do artigo 231 da CF/88 as terras indígenas “são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis”\", afirmam.

\"Queremos também repudiar a discriminação e criminalização das lideranças e dos Movimentos Sociais que lutam pela vida na terra, pelo reconhecimento de um pedaço de chão para plantar e viver ou terem seus territórios reconhecidos conforme determina a Constituição Federal e a farta legislação internacional da qual o Brasil é signatário\", dizem na nota.

\"Só haverá justiça, democracia e paz, na avaliação das entidades, se forem reconhecidos os direitos básicos dos povos indígenas às suas terras tradicionais\", concluem as entidades.


NOTA DO EDITOR:
A cada matéria publicada pelos meios de comunicação deste país a respeito de nossos nativos, mais aumenta minha repulsa e indignação com a opção de retrocesso e passividade do povo brasileiro, em questões concernentes aos direitos do POVO INDÍGENA, que nas vias de fato (embora eles próprios não se considerem) são os legítimos e autênticos donos dessas terras.
Muitas vezes, chego a desejar em meio a todo esse escárnio, que tivessem eles poder de fogo e articulação, já que as coisas por aqui parecem só se resolver por meio de força bruta, ou, como faz o crime organizado, com muito dinheiro. Todos sabemos porque não se combate as drogas neste país, de forma incinsiva. A quem beneficiaria??!! Há muito dinheiro no tráfico, e não são os traficantes da favela os principais beneficiários. Pra estes, chega a polícia e as balas!
Enquanto formos hipócritas a este extremo, não haverá mudanças neste país. E onde vamos parar? Quem será a bola da vez? Há 509 anos que os "brancos" continuam dizendo o que é bom ou ruim para os índios, para os negros, para os pobres. Até quando permitiremos, nós, maioria de formiguinhas, que os gafanhotos nos explorem, sobrepujem e substimem nosso poder de reação?? ATÉ QUANDO SEREMOS APENAS TELESPCTADORES DA NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA??
R E A J A!
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Imagem: O livro negro do cristianismo - tortura de índios

domingo, 24 de maio de 2009

SUPERAÇÃO É A PALAVRA DA VEZ!


Os Jogos Escolares de Gravatá (JOEG), tem revelado talentos mirins natos. As crianças do município que tem disputado os jogos nas categorias Fraldinha (7 a 9 anos), e Pré-Mirim (10 a 13), independente dos resultados, provam que apesar de todas as dificuldades, já são vencedores. Os jogos são bem disputados, embora fique claro que em quadra, a "raça" supera a técnica. Os alunos destas categorias não dispõe de Professores de Educação Física, nem de quadra para treinar. São selecionados com uma semana de antecedência apenas e, contam com a colaboração dos funcionários da escola para minimizar a falta de técnica, orientando-os durante o jogo. Não há uma política séria para incentivar a prática de esportes durante o resto do ano. Quando o JOEG acaba, nossos heróis voltam a viver no anonimato. Até quando vamos só fazer de conta??






Escola Municipal John Kennedy x Escola Cônego Eugênio Vila Nova

7 x 0
(Categoria Fraldinhas)




Pré-Mirim da J.K x Capitão José Primo

1x1


sexta-feira, 22 de maio de 2009

SEIS GOLS NA TRILHA DA SUPERAÇÃO

Pré-Mirim da Escola John Kennedy com o treinador Cícero e o amigo da escola Drailton Batista



De forma surpreendente, a equipe do Pré-Mirim da Escola John Kennedy ganhou a partida contra a Escola Amenayde Farias, com uma goleada de 6 x 1.

Para crianças que tem na rua seu principal treinador, é um resultado expressivo, que enche de orgulho não só os educadores da escola, mas toda equipe, com menção especial ao dedicado funcionário Cícero, que na ausência de um professor de educação física, desempenha o papel de treinador da turma. PARABÉNS A TODOS!! Esporte é saúde! Esporte é vida! FORÇA MENINOS!!

Assembléia Xukuru aborda criminalização contra indígenas‏




Enviado po Edson Hely Silva




Mais de 500 pessoas participaram da IX Assembléia do Povo Xukuru, realizada entre os dias 17 e 20 de maio, na Aldeia Capim de Planta, Pernambuco. Com o tema “Fortalecer a organização para enfrentar a criminalização”, a Assembléia contou com a presença de representantes de 23 aldeias do povo Xukuru, povos indígenas Truká, Kambiwá, Kapinawá, Pankararu de Pernambuco; Potiguara da Paraíba, e Anacé do Ceará, além da grande presença de não-índios aliados, de universidades, entidades de pesquisa e outras organizações de apoio. “O que me impressionou nesta assembléia foi a grande quantidade de aliados presentes, se colocando a disposição na busca por soluções para os problemas enfrentados pelos Xukuru e por todos os povos indígenas do Brasil, de forma geral”, relata Eden Magalhães, secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que participou do encontro.


No primeiro dia de assembléia foi feita uma mesa de discussão sobre a luta do povo e os desafios da criminalização. Lideranças indígenas, representantes do Cimi e advogados fizeram parte da mesa, colocando historicamente as perseguições que o povo Xukuru vem sofrendo, o por quê destas perseguições e explicitando de que forma o povo pode se fortalecer para enfrentá-las. O assessor jurídico do Cimi, Paulo Machado Guimarães, ressaltou a importância dos povos se articularem. “O desafio é se articular para garantir a vitória. Se não estiverem unidos e informados não vão garantir a superação dos desafios. Depois que as terras são demarcadas os problemas ainda continuam existindo”. Dona Zenilda, liderança Xukuru, traduziu o sentimento de seu povo. “Nós vamos discutir nossas lutas com alegria, porque as forças encantadas nos ajudarão. Nós somos persistentes, não é uma minoria que vai nos fazer desistir. Nós não vamos desistir de dar continuidade porque nossas crianças e jovens eles precisam viver nessa terra, com seus usos e costumes”, ressaltou. Em seguida cantou: “Nós não derrubamos o sangue de ninguém, tivemos nosso sangue derrubado! Quem nasceu para viver lutando não vai morrer de braços cruzados!”.


Depois dos testemunhos, foram divididos grupos para se trabalhar o tema da criminalização em diversos aspectos, como saúde, educação, lideranças e aliados. Ao final, cada grupo elaborou propostas, perspectivas de ação e datas. Várias propostas já começam a ser colocadas em prática já no mês de junho deste ano, como a reunião do Fórum de Apoio aos Povos Indígenas de Pernambuco, que deverá discutir atos públicos, seminários e debates na TV Universitária para explicitar a questão Xukuru.


Na carta elaborada pela assembléia, o povo explicita suas preocupações e a necessidade de alianças na busca por soluções. “Estamos indignados e queremos dar um basta a essa situação! Exigimos que deixem nosso povo em paz! Queremos que todos saibam que não ficaremos calados. Estamos denunciando essa trama cruel e absurda contra nosso povo em Pernambuco, no Brasil e em âmbito internacional. Mesmo sabendo que aqueles que estão contra nosso povo detêm o poder político e econômico em nosso país, nós não temos medo e não estamos sós. Contamos com a força de Tamain e Tupã, os encantos e a natureza sagrada, temos também o apoio de aliados, que conhecem profundamente essa trama diabólica e cruel arquitetada contra o povo Xukuru”, diz o texto.


Apesar de terem quase toda sua terra tradicional em suas mãos, os Xukuru continuam sofrendo perseguições, com lideranças sendo criminalizadas no intuito de enfraquecer a luta do povo. Vivenciaram diversos assassinatos de lideranças, agora enfrentam a ofensiva da criminalização. Atualmente, há 43 pessoas sendo processadas. Desse total, 26 já foram condenadas, duas cumprem prisão preventiva e outras aguardam julgamento.


fonte: Cimi

OS BASTIDORES DO JOEG

JOGOS ESCOLARES DE GRAVATÁ (JOEG) – A PREFEITURA COMPRA O PEIXE, MAS OS ALUNOS DO MUNICÍPIO SÓ COMEM AS ESPINHAS!!








Para quem não tem filhos nas escolas do município, deve ter saído da abertura do JOEG acreditando que a prefeitura é uma incentivadora da prática de esportes dentre seus alunos, após assistir ao espetáculo preparado pelo pessoal da secretaria de educação do município.
Balões azuis, brancos e amarelos enfeitavam as laterais do palanque improvisado na Praça da Matriz, além de umas tiras de plástico, semelhantes aquelas usadas no folclore ou pastoril. A abertura do JOEG neste dia 21 de maio, contou até com a presença do locutor esportivo da Rede Globo de televisão Rembrandt Júnior (amigo da escola??), além de bandas marciais, rapazes fantasiados de gregos com asas (anjos??), capoeiristas e toda pompa para apresentar o gestor atual e Cia. Ltda. Que por sinal, permanece inalterada, desde a “saída” oficial do último gestor.
Tivemos até a apresentação de um campeão mundial de judô, aluno das SALESIANAS!!
Os bastidores, que revelam as verdades sobre o JOEG poderiam até passar despercebidos, se não fossem o olhar e ouvidos atentados de alguns professores, verdadeiramente comprometidos com a qualidade de ensino no município e, com o tratamento destinado as nossas crianças.


A VERDADE DOS FATOS:


1. As escolas do município selecionam com uma semana de antecedência algumas crianças que já tem habilidade inata para jogar.
2. Os alunos não dispõe de aulas de educação física regulares, com professores habilitados.
3. A maioria das escolas do município não dispõe de quadra esportiva (os nossos, nem de SALA DE AULA, pois estudam em quartos improvisados!!) – as exceções, construídas na década de 80 são as escolas de Uruçu-Mirim e Mandacaru, na zona rural e CAIC (que é do governo federal) na zona urbana. Note-se: Há em média 60 escolas no município!
4. A roupa para a competição dos atletas da Escola John Kennedy ,por exemplo, de acordo com a equipe da escola, foram comprados por ela.
5. Os alunos da escola John Kennedy são orientados por um funcionário da área de serviços administrativos, e que por pura boa-vontade os reúne, leva-os até a quadra do EPAF (Escola Professor Antônio Farias – estadual), quando se aproximam os jogos, para tentar dar-lhes alento, diante das competições a serem realizadas com as escolas particulares (RECREARTE, SALESIANAS, PEQUENO PRÍNCIPE).
6. As aulas de Educação Física, que tornaram-se obrigatórias depois de uma lei aprovada pelo governo, são ministradas, no ensino fundamental I (1ª a 4ª série), por professores leigos, como eu, por exemplo, e todos os outros, que não dispõe de formação na área.

PERGUNTO:

Quando as cortinas se fecharem (fim do JOEG 2009), e os holofotes não estiverem mais sobre nossos alunos, quando REMBRANDT JÚNIOR não estiver mais por aqui, que trato continuarão recebendo nossos pequenos heróis, que muitas vezes saem de casa sem ter consumido qualquer alimento (deveras ser nutritivo), que lhes garanta a força e energia necessária para disputar um jogo com crianças de classe média alta, que dispõe de professores habilitados de educação física, alimentação, quadra para treinar e apoio dos pais, como ocorre com o filho do gestor, que estuda na RECREARTE ??

REGISTRE-SE E DIVULGUE-SE:

1. A atitude nobre da coordenação da escola, em utilizar o próprio cartão de crédito para comprar os padrões utilizados pelos alunos da escola, a fim de não permitir que estes passassem por vexame com roupas inadequadas e, fossem ridicularizados diante de outros alunos com padrões até profissionais.


2. Aos pequenos/grandes heróis da Escola John Kennedy, que independente de qualquer resultado, já são VENCEDORES!! Eles matam um leão por dia! PARABÉNS!!


3. Ao funcionário Cícero - auxiliar de serviços administrativos - que se disponibliza para acompanhar nossos alunos e, os defende com paixão. PARABÉNS E OBRIGADA!
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É A ISSO QUE CHAMAM: O PROGRESSO VAI CONTINUAR, POR AMOR A GRAVATÁ?? É ESSA A VIDA MELHOR PARA TODOS??

quinta-feira, 21 de maio de 2009

CACIQUE XUKURU XICÃO: 12 ANOS PLANTADO EM TAMAIN!

Neste dia 20 de maio, completou-se 12 anos do assassinato do grande ĺíder Xukuru Xicão. É uma data importante não só para o Povo Xukuru, mas para toda sociedade brasileira, que embora ainda de forma bastante tímida (para não chamar de omissa), tem nestas datas fatídicas, a oportunidade de rever valores, conduta, justiça!
O Cacique Xicão foi assassinado na tentativa de coação realizada pelos fazendeiros da região, ao povo Xukuru, a fim de que desistissem de lutar por seus direitos, recuperando as terras que já lhes pertenciam, desde que estas terras se chamavam Pindorama e, que foram invadidas por fazendeiros e políticos inescrupulosos, que se aproveitaram da boa índole e boa fé dos Xukuru para tomar-lhes tudo, menos a honra!
Nesta semana, além da data que marca a morte de Xicão, o povo Xukuru se reuniu nos dias 17,18, 19 e 20 em forma de Assembléia para discutir assuntos inerentes a luta que eles vem travando, diariamente, para ter seus direitos respeitados.














FOTOS GENTILMENTE ENVIADAS PELO PROF. EDSON HELY SILVA - UFPE.

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